Perceção e memória de faces em epilepsias occipitais e temporais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/8409 |
Resumo: | A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por uma predisposição persistente para a ocorrência de crises epiléticas e pelo conjunto das consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais associadas a esta condição (ILAE). Cerca de 25% dos casos são refratários à terapêutica farmacológica e candidatos a cirurgia (Elger, 2008). Nestes casos é crucial determinar a integridade funcional das áreas cerebrais adjacentes ao foco epilético, no sentido de as preservar. O diagnóstico das epilepsias occipitais e temporais constitui, no entanto, um grande desafio, como resultado da rápida propagação da atividade para os restantes lobos cerebrais, no primeiro caso (cf. Leal et al., 2007), e pela dificuldade de lateralização do foco, no segundo caso (Baxendale & Thompson, 2010). Considerando que uma das funções com representação cerebral alargada é a do processamento de faces (Haxby, Hoffman & Gobbini, 2000), o processamento deste estímulo poderá constituir um excelente teste de funcionamento de áreas occipitais e temporais. O presente trabalho testa a validade da utilização de uma prova de perceção de faces (Philadelphia Face Perception Battery; Thomas et al., 2008) e de uma prova de memória de faces (Cambridge Face Memory Test; Duchaine & Nakayama, 2006), para a identificação de focos epiléticos. A comparação de diferentes grupos clínicos, e destes com uma amostra de participantes saudáveis, permitiram demonstrar o importante contributo que estas provas podem oferecer para a localização de epilepsias occipitais e para a lateralização das epilepsias temporais. |
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Perceção e memória de faces em epilepsias occipitais e temporaisEpilepsias occipitaisEpilepsias temporaisProcessamento de facesOccipital EpilepsyTemporal EpilepsyFace processingA epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por uma predisposição persistente para a ocorrência de crises epiléticas e pelo conjunto das consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais associadas a esta condição (ILAE). Cerca de 25% dos casos são refratários à terapêutica farmacológica e candidatos a cirurgia (Elger, 2008). Nestes casos é crucial determinar a integridade funcional das áreas cerebrais adjacentes ao foco epilético, no sentido de as preservar. O diagnóstico das epilepsias occipitais e temporais constitui, no entanto, um grande desafio, como resultado da rápida propagação da atividade para os restantes lobos cerebrais, no primeiro caso (cf. Leal et al., 2007), e pela dificuldade de lateralização do foco, no segundo caso (Baxendale & Thompson, 2010). Considerando que uma das funções com representação cerebral alargada é a do processamento de faces (Haxby, Hoffman & Gobbini, 2000), o processamento deste estímulo poderá constituir um excelente teste de funcionamento de áreas occipitais e temporais. O presente trabalho testa a validade da utilização de uma prova de perceção de faces (Philadelphia Face Perception Battery; Thomas et al., 2008) e de uma prova de memória de faces (Cambridge Face Memory Test; Duchaine & Nakayama, 2006), para a identificação de focos epiléticos. A comparação de diferentes grupos clínicos, e destes com uma amostra de participantes saudáveis, permitiram demonstrar o importante contributo que estas provas podem oferecer para a localização de epilepsias occipitais e para a lateralização das epilepsias temporais.Epilepsy is a neurological condition characterized by an enduring predisposition for the occurrence of seizures and by a set of neurobiological, cognitive, psychological and social consequences associated with those seizures (ILAE). About 25% of cases are refractory to drug therapy and become surgery candidates (Elger, 2008). In those cases, it is crucial to establish the functional integrity of the brain areas adjacent to the epileptic focus, in order to preserve them. However, the diagnosis of occipital and temporal epilepsies is difficult to perform, as consequence of the rapid spread of anomalous electric activity to other cerebral lobes, in the first case (cf. Leal et al., 2007), and the difficulty of lateralizing the focus of that activity, in the second case (Baxendale & Thompson, 2010). Considering that one of the functions with more extensive cerebral representation is that of face processing (Haxby, Hoffman & Gobbini, 2000), the processing of this stimulus may constitute an excellent functional test of temporal and occipital areas. The current study tests the validity of a face perception test (Philadelphia Face Perception Battery; Thomas et al., 2008) and of a face memory test (Cambridge Face Memory Test; Duchaine & Nakayama, 2006) as tools to help identifying epileptic foci. The comparison of different clinical groups, and of those with a sample of healthy participants, demonstrated the contribution of those tests for the location of occipital epilepsies and for the lateralization of temporal epilepsy.2015-01-30T16:43:42Z2013-01-01T00:00:00Z20132013-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/8409TID:201063840porGomes, Jessica Freireinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:32:56Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/8409Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:14:48.594320Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por uma predisposição persistente para a ocorrência de crises epiléticas e pelo conjunto das consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais associadas a esta condição (ILAE). Cerca de 25% dos casos são refratários à terapêutica farmacológica e candidatos a cirurgia (Elger, 2008). Nestes casos é crucial determinar a integridade funcional das áreas cerebrais adjacentes ao foco epilético, no sentido de as preservar. O diagnóstico das epilepsias occipitais e temporais constitui, no entanto, um grande desafio, como resultado da rápida propagação da atividade para os restantes lobos cerebrais, no primeiro caso (cf. Leal et al., 2007), e pela dificuldade de lateralização do foco, no segundo caso (Baxendale & Thompson, 2010). Considerando que uma das funções com representação cerebral alargada é a do processamento de faces (Haxby, Hoffman & Gobbini, 2000), o processamento deste estímulo poderá constituir um excelente teste de funcionamento de áreas occipitais e temporais. O presente trabalho testa a validade da utilização de uma prova de perceção de faces (Philadelphia Face Perception Battery; Thomas et al., 2008) e de uma prova de memória de faces (Cambridge Face Memory Test; Duchaine & Nakayama, 2006), para a identificação de focos epiléticos. A comparação de diferentes grupos clínicos, e destes com uma amostra de participantes saudáveis, permitiram demonstrar o importante contributo que estas provas podem oferecer para a localização de epilepsias occipitais e para a lateralização das epilepsias temporais. |
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