Dermatite atópica felina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Rui Manuel Couto de
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/2998
Resumo: A atopia está definida como uma tendência, de predisposição genética, para o desenvolvimento de uma reacção de hipersensibilidade do tipo I a alergénios ambientais. A Dermatite atópica (DA) está definida como uma doença alérgica cutânea, inflamatória e pruriginosa, predisposta geneticamente, e com manifestações clínicas características, que está associada a anticorpos IgE a alergénios ambientais. Nos felinos reconhece-se a presença de DA desde 1982, contudo, os mais recentes estudo colocam em causa a existência de uma verdadeira Dermatite atópica felina (DAF). O objectivo desta dissertação foi de agrupar os mais recentes conhecimentos da DAF e exemplificar algumas das dificuldades que o Médico Veterinário encontra na abordagem e terapêutica desta doença através do seguimento de seis casos clínicos suspeitos de DAF atendidos no Hospital Clinic Veterinari da Universitat Autònoma de Barcelona. A DAF é uma doença crónica, podendo ser sazonal ou perene. O sinal clínico comum a todos os casos é o prurido; as lesões clínicas mais comuns são a alopécia auto-induzida, prurido cervicofacial, dermatite miliar e lesões do complexo eosinofílico felino. O diagnóstico é essencialmente clínico, uma vez que os testes diagnósticos alérgicos apresentam bastantes limitações no gato, e baseia-se por exclusão de diagnósticos diferenciais. As opções terapêuticas existentes incluem tratamento sintomático e etiológico. Os casos clínicos descritos apresentavam uma história clínica e uma sintomatologia compatíveis com DAF. Após o despiste de diagnósticos diferenciais, iniciou-se tratamento sintomático, tendo-se registado algumas dificuldades na obtenção de uma dose mínima efectiva para o tratamento de manutenção. No gato está por provar uma predisposição genética da doença; existe um estudo que afirma a possibilidade de uma predisposição familiar. O papel da IgE na patogenia da doença também permanece obscuro, dado que os valores de IgE específicas de alergénios nos gatos normais não são diferentes daqueles observados nos gatos suspeitos de DAF. A eficácia da imunoterapia foi avaliada em estudos abertos, não controlados, o que dificulta a avaliação da sua utilidade no tratamento da DAF. Com base nestas informações existe a proposta de alteração do termo DAF para Síndrome dermatite alérgica felina (SDAF), enquanto não forem totalmente elucidadas as dúvidas existentes.
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A DAF é uma doença crónica, podendo ser sazonal ou perene. O sinal clínico comum a todos os casos é o prurido; as lesões clínicas mais comuns são a alopécia auto-induzida, prurido cervicofacial, dermatite miliar e lesões do complexo eosinofílico felino. O diagnóstico é essencialmente clínico, uma vez que os testes diagnósticos alérgicos apresentam bastantes limitações no gato, e baseia-se por exclusão de diagnósticos diferenciais. As opções terapêuticas existentes incluem tratamento sintomático e etiológico. Os casos clínicos descritos apresentavam uma história clínica e uma sintomatologia compatíveis com DAF. Após o despiste de diagnósticos diferenciais, iniciou-se tratamento sintomático, tendo-se registado algumas dificuldades na obtenção de uma dose mínima efectiva para o tratamento de manutenção. No gato está por provar uma predisposição genética da doença; existe um estudo que afirma a possibilidade de uma predisposição familiar. O papel da IgE na patogenia da doença também permanece obscuro, dado que os valores de IgE específicas de alergénios nos gatos normais não são diferentes daqueles observados nos gatos suspeitos de DAF. A eficácia da imunoterapia foi avaliada em estudos abertos, não controlados, o que dificulta a avaliação da sua utilidade no tratamento da DAF. Com base nestas informações existe a proposta de alteração do termo DAF para Síndrome dermatite alérgica felina (SDAF), enquanto não forem totalmente elucidadas as dúvidas existentes.Atopy is defined as a tendency, genetically predisposed, to the development of a hipersensitivity reaction Type I envolving environmental allergens. Atopic dermatitis (AD) is defined as a allergic skin disease, inflammatory and pruritic, genetically predisposed, with caracteristic clinic manifestations, associated with IgE antibodies to environmental allergens. The presence of AD in cats is recognized since 1982, however, more recent studies call into question the existence of a real feline atopic dermatitis (FAD). The aim of this thesis was to group the most recent knowledge of FAD and exemplify some of the difficulties that the veterinarian encounters in the approach and treatment of this disease through the following of six clinical cases suspected of FAD seen at the Hospital Clinic Veterinari of the Universitat Autònoma de Barcelona. DAF is a chronic disease, that can be seasonal or perennial. The commom clinical sign seen in all cases is pruritus; the most commom clinical lesions are self-induced alopecia, cervicofacial pruritus, miliary dermatitis and feline eosinofilic dermatoses. The diagnosis is essentially clinical, since allergic diagnostic tests have many limitations in the cat; and is based on exclusion of differential diagnoses. The existing treatment options include symptomatic and etiologic treatment. The clinical cases described had a medical history and symptoms compatible with FAD. After exclusion of differential diagnoses, symptomatic treatment was initiated, and there were some difficulties in obtaining a minimun effective dose for maintenance treatment. In the cat there is still to prove a genetic predisposition of the disease; there is a study that affirms the possibility of a familiar predisposition. The role of IgE in the pathogenesis of the disease also remains unclear, since the values of allergen-specific IgE in normal cats have no significant differance from those observed in cats suspected of FAD. The effectiveness of immunotherapy has been evaluated in open label studies, making it difficult to evaluate its usefulness in the treatment of FAD. Based on this information there is a proposal to amend the FAD term for Feline allergic dematitis syndrome (FADS), until there is a clarification of the current doubts.2014-03-06T13:28:30Z2014-03-06T00:00:00Z2014-03-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/2998porSousa, Rui Manuel Couto deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T13:00:55Zoai:repositorio.utad.pt:10348/2998Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:07:14.220310Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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