Determinação do estado imunitário para a rubéola numa população feminina com IgG duvidosa ou negativa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/93885 |
Resumo: | RESUMO: A rubéola é uma doença viral muitas vezes assintomática, no entanto, torna-se particularmente grave se a infeção ocorrer durante a gravidez, principalmente no 1º trimestre, podendo originar a tríade clássica de cataratas, anomalias cardíacas e surdez neurossensorial ou resultar em morte prematura. A determinação do estado imunitário para o vírus da rubéola é atualmente efetuada por imunoensaios comerciais que determinam a concentração da IgG específica. No entanto, e apesar dos testes disponíveis se encontrarem calibrados com o Padrão Internacional da OMS e os resultados serem dados em UI/mL, estes podem diferir e levar a interpretações incorretas. No presente trabalho foi utilizada técnica de Immunoblot (IB) para analisar 146 amostras previamente analisadas por dois imunoensaios comerciais no CMLGS e cujos resultados tinham sido negativos ou equívocos. Os resultados obtidos mostraram que na maioria (81%) das mulheres foram detetadas IgG para o vírus da rubéola, ao contrário do que tinha acontecido com os imunoensaios comerciais. As 24 amostras que foram negativas no IB também tinham sido nos dois imunoensaios comerciais. Analisando as duas variáveis, resultados obtidos com o IB e respostas sobre o estado vacinal, verificou-se a existência de uma correlação, estatisticamente significativa, dado que se observou que a maioria das mulheres com IB positivo tinham sido previamente vacinadas. Apenas num caso uma mulher afirmou estar vacinada, tendo o IB sido negativo. Os nossos resultados demonstram que a realização do IB pode diminuir substancialmente o número de resultados falsamente negativos sobre o estado imunitário para a rubéola na população feminina e as consequentes revacinações. A aplicação do IB em casos selecionados, nomeadamente nos casos em que o estado vacinal é desconhecido e que os testes de rotina foram negativos ou equívocos, deverá ser um assunto de discussão alargado e multidisciplinar, envolvendo as autoridades de saúde. Palavras-chave: rubéola, immunoblot, imunoensaios comerciais, IgG da rubéola, vacinação |
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Determinação do estado imunitário para a rubéola numa população feminina com IgG duvidosa ou negativaRubéolaImmunoblotImunoensaios comerciaisIgG da rubéolaVacinaçãoRubellaImmunoblotCommercial immunoassaysRubella IgGVaccinationCiências MédicasRESUMO: A rubéola é uma doença viral muitas vezes assintomática, no entanto, torna-se particularmente grave se a infeção ocorrer durante a gravidez, principalmente no 1º trimestre, podendo originar a tríade clássica de cataratas, anomalias cardíacas e surdez neurossensorial ou resultar em morte prematura. A determinação do estado imunitário para o vírus da rubéola é atualmente efetuada por imunoensaios comerciais que determinam a concentração da IgG específica. No entanto, e apesar dos testes disponíveis se encontrarem calibrados com o Padrão Internacional da OMS e os resultados serem dados em UI/mL, estes podem diferir e levar a interpretações incorretas. No presente trabalho foi utilizada técnica de Immunoblot (IB) para analisar 146 amostras previamente analisadas por dois imunoensaios comerciais no CMLGS e cujos resultados tinham sido negativos ou equívocos. Os resultados obtidos mostraram que na maioria (81%) das mulheres foram detetadas IgG para o vírus da rubéola, ao contrário do que tinha acontecido com os imunoensaios comerciais. As 24 amostras que foram negativas no IB também tinham sido nos dois imunoensaios comerciais. Analisando as duas variáveis, resultados obtidos com o IB e respostas sobre o estado vacinal, verificou-se a existência de uma correlação, estatisticamente significativa, dado que se observou que a maioria das mulheres com IB positivo tinham sido previamente vacinadas. Apenas num caso uma mulher afirmou estar vacinada, tendo o IB sido negativo. Os nossos resultados demonstram que a realização do IB pode diminuir substancialmente o número de resultados falsamente negativos sobre o estado imunitário para a rubéola na população feminina e as consequentes revacinações. A aplicação do IB em casos selecionados, nomeadamente nos casos em que o estado vacinal é desconhecido e que os testes de rotina foram negativos ou equívocos, deverá ser um assunto de discussão alargado e multidisciplinar, envolvendo as autoridades de saúde. Palavras-chave: rubéola, immunoblot, imunoensaios comerciais, IgG da rubéola, vacinaçãoABSTRACT: Rubella is a viral disease which, most of the times, is asymptomatic. However, when the infection occurs during pregnancy, especially during the 1st trimester, it may lead to the classical triad of symptoms: cataracts, cardiac anomalies and deafness. In worse cases it may also lead to premature death. Currently, the way to ascertain the immune response for the rubella virus is by using commercial immunoassays that determine the concentration of rubella IgG. However, although the available tests are calibrated to the WHO International Standard and the results are given in IU/mL, these can differ and lead to wrong interpretations. In this study, IB was used in order to compare the results of 146 samples previously analysed, in CMLGS, by the commercial immunoassays and whose results were either negative or equivocal. The results showed that the majority (81%) of the analysed women were immune to rubella virus, contrary to the results of the commercial immunoassays. The 24 negative samples were proven negative in both types of tests. By comparing the two variables, the results of the IB and the response to the vaccination status, it was possible to infer that there is a correlation between them, as most women with positive IB were previously vaccinated (only 1 woman said she was vaccinated and had a negative IB). Our results demonstrated that using IB can substantially diminish the number of false negatives about the immune state for rubella in the female population and subsequent revaccinations. The use of IB in select cases, especially cases where the vaccination status is unknown and the routine tests were negative or questionable, should be a point of a large and multidisciplinary discussion, involving the health authorities.Paixão, PauloChasqueira, Maria de JesusRUNCosta, Sara Isabel Margarido2022-10-14T00:30:59Z2020-012020-03-062020-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/93885TID:202451445porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:42:06Zoai:run.unl.pt:10362/93885Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:37:52.300127Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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