De volta às origens: a reinserção da filosofia nos currículos escolares brasileiros
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10437/8586 |
Resumo: | O ensino e a aprendizagem da filosofia é, antes de tudo, uma arte que desenvolve as faculdades de julgar e raciocinar em geral, e está atualmente revivida nas escolas em todos os níveis. O seu papel, como força reflexiva, assumiu relevância não só no passado, mas, sobretudo, no presente, porque o pensar filosófico possibilita o desenvolvimento de seres humanos mais criativos, críticos, reflexivos, independentes e comprometidos eticamente com as instituições humanas, em um novo mundo, movido pelo empreendedorismo, e põe em xeque o homem robotizado que apertava parafusos. Este novo mundo exige profissionais pro-ativos, capazes de pensar autonomamente e tomar decisões. Todavia, por que ensinar filosofia, se, de um lado, a juventude está apenas interessada em garantir o seu futuro, ouvindo os ditames do mercado, a partir de uma profissão que ofereça as garantias de sucesso, segurança e estabilidade imediatas, e de outro lado, a própria evolução científica e tecnológica nos oferecem facilidades que acabam criando os analfabetos funcionais e reintroduz o homem robô num mundo cibernético, para saber apertar, apenas, algumas teclas de computador. Deste modo, qual o sentido de se ensinar e estudar filosofia se o conhecimento científico e as inovações tecnológicas substituíram a sabedoria? Por que introduzir nos currículos escolares um saber que aparentemente não tem utilidade, numa sociedade em que o espírito dominante é o do utilitarismo, do consumo, do imediatismo e da acumulação de capitais e de riqueza se a riqueza da “mais-valia” da filosofia não combina com a “mais-valia” do mercado? |
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De volta às origens: a reinserção da filosofia nos currículos escolares brasileirosEDUCAÇÃOENSINO DA FILOSOFIABRASILEDUCATIONPHILOSOPHY TEACHINGBRAZILO ensino e a aprendizagem da filosofia é, antes de tudo, uma arte que desenvolve as faculdades de julgar e raciocinar em geral, e está atualmente revivida nas escolas em todos os níveis. O seu papel, como força reflexiva, assumiu relevância não só no passado, mas, sobretudo, no presente, porque o pensar filosófico possibilita o desenvolvimento de seres humanos mais criativos, críticos, reflexivos, independentes e comprometidos eticamente com as instituições humanas, em um novo mundo, movido pelo empreendedorismo, e põe em xeque o homem robotizado que apertava parafusos. Este novo mundo exige profissionais pro-ativos, capazes de pensar autonomamente e tomar decisões. Todavia, por que ensinar filosofia, se, de um lado, a juventude está apenas interessada em garantir o seu futuro, ouvindo os ditames do mercado, a partir de uma profissão que ofereça as garantias de sucesso, segurança e estabilidade imediatas, e de outro lado, a própria evolução científica e tecnológica nos oferecem facilidades que acabam criando os analfabetos funcionais e reintroduz o homem robô num mundo cibernético, para saber apertar, apenas, algumas teclas de computador. Deste modo, qual o sentido de se ensinar e estudar filosofia se o conhecimento científico e as inovações tecnológicas substituíram a sabedoria? Por que introduzir nos currículos escolares um saber que aparentemente não tem utilidade, numa sociedade em que o espírito dominante é o do utilitarismo, do consumo, do imediatismo e da acumulação de capitais e de riqueza se a riqueza da “mais-valia” da filosofia não combina com a “mais-valia” do mercado?The education and the learning of the philosophy is, above all, an art that develops the faculties of judge and think in general, and is at present revived in the schools in all of the levels. His paper, as reflexive force, assumed not alone relevance in the past, but, especially, in the present, because thinking philosophical makes possible the human beings' more creative, critical, reflexive, independent and committed development, ethically, with the human institutions in a new world moved by the entrepreneurship and that calls into question the man automaton that held tight bolts and, for such need, requires itself professionals for-assets, capable of think with autonomy. However, by that teach philosophy, if, of a side, the youth is barely interested in guarantee his future, hearing the dictates of the market, from a profession that offer the guarantees of success, security and immediate stability, and of another side, to own technological and scientific evolution facilities offer us that finish creating the functional illiterates and reintroduce the man robot in a world cybernetic for know to hold tight barely Keys of any computer. In this way, which the sense of be taught and study philosophy itself the scientific knowledge and the technological innovations replaced the wisdom? By that introduce us school curriculums a knowledge that apparently does not have utility, in a society in that the dominant spirit is the of the utilitarianism, of the consumption, of the immediacy and of the accumulation of capitals and of wealth itself the wealth of the "surplus value" of the philosophy does not combine with the "surplus value" of the market?Edições Universitárias Lusófonas2018-03-05T18:08:57Z2010-01-01T00:00:00Z2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/8586por2183-2102Santos, Marival Matos dosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-09T14:05:33Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/8586Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:13:16.303399Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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