Sensescape. Design Multissensorial, Como Experiência no Turismo Regenerativo

• Autor(a) principal: Raposinho, Duarte Nuno Almeida
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11110/2776
• topic: Pandemias; Turismo regenerativo; Design Regenerativo; Design de Produto; Estímulos Multissensoriais

A evolução do turismo a nível global, resultou na viabilidade do ato de viajar, onde a mobilidade com o fim de lazer e de recriação tornou-se numa verdade para a esmagadora maioria da população, porém com o aparecimento da pandemia Covid-19 as suas restrições bem como um novo perfil de turistas abriu portas a novos caminhos, que comportam as necessidades atuais e reestruturam o turismo de modo a torná-lo mais ético, responsável e centrado no bem comum dos sistemas vivos. O turismo regenerativo, assume a oportunidade que a pandemia proclamou, com a meta de romper com o turismo convencional. Localizado no espaço periférico da confusão urbana, pretende o bem-estar holístico de todos os intermediários da atividade através do desenvolvimento de experiências interativas, educacionais, criativas e conscientes, com recurso á oferta multifacetada fornecida pelos elementos do património natural, social e cultural do destino. Fundamentado pelas premissas do Design e Desenvolvimento Regenerativo é atribuído ao produto a importância de se tornar um meio de alcançar um fim, este pode, deve e tem a capacidade de promover práticas que ultrapassam a sustentabilidade convencional, ao preservar a pegada ecológica, e promover a resiliência transformadora, a colaboração e a esperança ativa nos seios de todos os processos e sistemas. O principal objetivo desta investigação é desenvolver um projeto de design de um produto, mais especificamente uma mochila turística intrinsecamente provida de elementos que captem estímulos multissensoriais, oriundos e identificativos do local onde a visita é realizada, que será a área envolvente à aldeia do Lindoso pertencente à sub-região do Alto Minho. Prever a forma como o produto pode transmitir o efeito multissensorial ao turista, com vista o seu deslumbramento, e a possibilidade de incutir comportamentos responsáveis durante e após a visita, são metas que o presente trabalho pretende alcançar. Como conclusão, espera-se fundamentar as boas práticas localizadas em conceitos relacionados com a renovação do turismo no contexto pós-pandémico e justificar a sua implementação no território português usufruindo de forma sustentável dos recursos tangíveis e intangíveis endógenos á localidade visitada, de forma a consciencializar o consumidor da necessidade da preservação do lugar e do seu património natural e cultural, enquanto o mesmo usufrui de experiências únicas, criativas e de elevado grau de intimidade e de interatividade.