O conceito de 'República' na historiografia da I República portuguesa (1910-1926) desde 1974
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/4107 |
Resumo: | Tese de mestrado em Política comparada, apresentada à Universidade de Lisboa, através do Instituto de Ciências Sociais em 2011 |
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O conceito de 'República' na historiografia da I República portuguesa (1910-1926) desde 1974Primeira República, 1910-1926 (Portugal)HistoriografiaNeo-republicanismoRegimes políticosConceitos políticosDemocraciaTeses de mestrado - 2011Tese de mestrado em Política comparada, apresentada à Universidade de Lisboa, através do Instituto de Ciências Sociais em 2011A presente dissertação tem o objectivo de analisar a utilização do conceito de ‘república’ na historiografia da I República portuguesa (1910-1926) desde 1974. Analisámos a bibliografia que se centrou na análise do regime da I República, classificando e dividindo-a em três categorias, de acordo com as suas conclusões acerca da natureza política do regime. Analisámos a utilização e compreensão do conceito de ‘república’ dos autores em cada uma dessas categorias, para assim observarmos a importância que estes historiadores atribuíram a este conceito para definir o regime político da I República, i.e. se o utilizaram e, quando o fizeram, de que modo a definição do conceito de ‘república’ influenciou a conclusão desses historiadores acerca da natureza política do regime. Usámos, para a análise da bibliografia, a sistematização da forma do Estado republicano desenvolvida pelo neo-republicanismo, nomeadamente por Philip Pettit, enquanto referência conceptual de ‘república’, permitindo-nos uma análise pormenorizada da historiografia nas várias características do Estado republicano e, também, uma diferenciação efectiva entre os conceitos de ‘república’ e de ‘democracia’. Concluímos que não existe, na historiografia da I República desde 1974, uma definição explícita do conceito de ‘república’ que permita uma mais correcta avaliação da natureza política do regime entre 1910 e 1926. Isto não significa, contudo, que a avaliação dos historiadores não tivesse em conta algumas das características da forma do Estado republicano, mas que essas avaliações foram parciais, valorizando apenas um conjunto de aspectos e desprezando outros. Avançamos duas possíveis explicações. A primeira é que a historiografia da I República desde 1974 foi construída tendo como referência o conceito de ‘democracia’ e não o conceito de ‘república’, o que justificaria a pouca atenção que os historiadores atribuíram à forma do Estado republicano e ao funcionamento das suas instituições. A segunda é que o contacto da disciplina da História com a disciplina da Ciência Política, que alguns historiadores adoptaram, não foi correctamente direccionado e não resultou, por isso, na construção pela disciplina da História dos conceitos políticos necessários para a análise do regime político da I República portuguesa.This dissertation aims to analyze the use of the term 'republic' in the historiography of the Portuguese First Republic (1910-1926) since 1974. We reviewed the literature that focused on the analysis of the regime of the First Republic, sorting and dividing it into three categories according to their conclusions about the political nature of the regime. We examined the use and understanding of the concept of 'republic' by the authors of each of these categories, in order to observe the importance that these historians have attributed to this concept to define the political regime of the First Republic. We used for the analysis of the literature the construction of a republican state developed by the neo-republicanism theory, particularly by Philip Pettit, as a conceptual framework of 'republic', allowing us a detailed analysis of the historiography and also an effective differentiation between the concepts of 'republic' and 'democracy'. We conclude that there isn’t, in the historiography of the First Republic since 1974, an explicit definition of the concept of 'republic' that enables an accurate assessment of the political nature of the regime between 1910 and 1926. This does not mean, however, that their assessments do not take account of some of the features of the shape of a Republican state, but that these assessments were biased, valuing only one set of aspects and neglecting others. We advance two possible explanations. The first is that the historiography of the First Republic since 1974 was built with reference to the concept of 'democracy' instead to the concept of 'republic', which explains the little attention that historians have attributed the shape of the republican state and the functioning of its institutions. The second is that the History, as a discipline of knowledge, was unable to promote its own political concepts in order to correctly understand the Portuguese political regime.Ramos, RuiRepositório da Universidade de LisboaCristo, Alexandre Homem2011-09-15T10:18:21Z20112011-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/4107porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T15:44:56Zoai:repositorio.ul.pt:10451/4107Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:29:50.204611Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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