Polimedicação, Depressão e Ansiedade em pessoas idosas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/8392 |
Resumo: | Introdução: O envelhecimento está, muitas vezes, associado a um aumento da morbilidade que, frequentemente leva à polimedicação do idoso. Por outro lado, a sintomatologia depressiva e ansiosa são muito comuns na velhice e nem sempre são devidamente atendidas. Este estudo pretende avaliar a sintomatologia depressiva e ansiosa em pessoas idosas, identificar situações de polimedicação e analisar a relação entre sintomatologia depressiva, sintomatologia ansiosa e polimedicação. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e descritivo desenvolvido com uma amostra de conveniência. Participaram no estudo 91 pessoas com idades compreendidas entre os 65 e 97 anos (M=78,41; DP=8,79). Foi utilizada a Escala de Depressão Geriátrica (Yesavage et al., 1982, adap. pop. portuguesa Pocinho, 2009), o Inventário de Ansiedade Geriátrica (Pachana et al.,2007, adapt. pop. portuguesa Ribeiro, 2011) e foi identificada e contabilizada a medicação utilizada nos últimos 6 meses. Resultados: Os resultados indicam que 70 participantes (83,3%) apresentavam sintomatologia depressiva e 31 (35,6%) sintomatologia ansiosa. Observou-se que as mulheres apresentavam um nível médio de sintomatologia depressiva inferior aos homens (p=0,049). Os participantes tomavam uma média de 5,44 medicamentos (DP=3,67), sendo que 53 estavam polimedicados (58,2%). Constatou-se que indivíduos polimedicados apresentavam um nível médio de sintomatologia depressiva inferior (M=16,38; DP=6,235) aos não polimedicados (M=21,17; DP=5,248), com significância estatística (p=0,000). Os indivíduos não polimedicados apresentavam um nível médio de sintomatologia ansiosa inferior (M=4,92; DP=5,83) aos polimedicados (M=8,71; DP=6,227), sendo esta diferença estatisticamente significativa (p=0,03). Observou-se ainda que, pessoas idosas medicadas com antidepressivo, apresentavam menos sintomatologia depressiva (p=0,004) e mais sintomatologia ansiosa (p=0,030). Conclusão: Este estudo alerta, por um lado, para o elevado número de pessoas idosas polimedicadas e, por outro lado, para a elevada prevalência de sintomatologia depressiva nos participantes que é menor nos idosos polimedicados. Apesar de mais reduzida, também se observa considerável sintomatologia ansiosa entre os participantes, sendo que é maior nos idosos polimedicados. Este estudo sugere, também, a necessidade de estudos mais específicos sobre o tema com amostras representativas. |
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Polimedicação, Depressão e Ansiedade em pessoas idosasAnsiedadeDepressãoIdosoPolimedicaçãoDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: O envelhecimento está, muitas vezes, associado a um aumento da morbilidade que, frequentemente leva à polimedicação do idoso. Por outro lado, a sintomatologia depressiva e ansiosa são muito comuns na velhice e nem sempre são devidamente atendidas. Este estudo pretende avaliar a sintomatologia depressiva e ansiosa em pessoas idosas, identificar situações de polimedicação e analisar a relação entre sintomatologia depressiva, sintomatologia ansiosa e polimedicação. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e descritivo desenvolvido com uma amostra de conveniência. Participaram no estudo 91 pessoas com idades compreendidas entre os 65 e 97 anos (M=78,41; DP=8,79). Foi utilizada a Escala de Depressão Geriátrica (Yesavage et al., 1982, adap. pop. portuguesa Pocinho, 2009), o Inventário de Ansiedade Geriátrica (Pachana et al.,2007, adapt. pop. portuguesa Ribeiro, 2011) e foi identificada e contabilizada a medicação utilizada nos últimos 6 meses. Resultados: Os resultados indicam que 70 participantes (83,3%) apresentavam sintomatologia depressiva e 31 (35,6%) sintomatologia ansiosa. Observou-se que as mulheres apresentavam um nível médio de sintomatologia depressiva inferior aos homens (p=0,049). Os participantes tomavam uma média de 5,44 medicamentos (DP=3,67), sendo que 53 estavam polimedicados (58,2%). Constatou-se que indivíduos polimedicados apresentavam um nível médio de sintomatologia depressiva inferior (M=16,38; DP=6,235) aos não polimedicados (M=21,17; DP=5,248), com significância estatística (p=0,000). Os indivíduos não polimedicados apresentavam um nível médio de sintomatologia ansiosa inferior (M=4,92; DP=5,83) aos polimedicados (M=8,71; DP=6,227), sendo esta diferença estatisticamente significativa (p=0,03). Observou-se ainda que, pessoas idosas medicadas com antidepressivo, apresentavam menos sintomatologia depressiva (p=0,004) e mais sintomatologia ansiosa (p=0,030). Conclusão: Este estudo alerta, por um lado, para o elevado número de pessoas idosas polimedicadas e, por outro lado, para a elevada prevalência de sintomatologia depressiva nos participantes que é menor nos idosos polimedicados. Apesar de mais reduzida, também se observa considerável sintomatologia ansiosa entre os participantes, sendo que é maior nos idosos polimedicados. Este estudo sugere, também, a necessidade de estudos mais específicos sobre o tema com amostras representativas.Introduction: For the most part, aging is related to an increase of morbility which often leads to polymedication in the elderly. On the other hand, depressive and anxiety symptomatologies are extremely common amongst elderly patients and are not always well catered for. The main purpose of this study is to evaluate depressive and anxiety symptomatologies amongst seniors, recognise polymedication cases and analyse the relationship between depressive symptomatology, anxiety symptomatology and polymedication. Methods: This is a cross-sectional, descriptive study carried out using a convenience sampling method. A total of 91 people with ages between 65 and 97 (M=78.41; SD=8.79) participated in the study. Both the Geriatric Depression Scale (Yesavage et al., 1982, Portuguese version Pocinho, 2009) and the Geriatric Anxiety Inventory (Pachana et al., 2007, Portuguese version Ribeiro, 2011) have been applied and medication used in the past six months has been identified and registered. Results: Our results suggest that 70 participants (83,3%) have experienced depressive symptomatology and 31 (35,6%) have experienced anxiety symptomatology. In comparison to men, women showed a lower mean level of depressive symptomatology (p=0,049). In this study, all participants took a mean of 5,44 pills daily (SD=3,67) and 53 of them were polymedicated (58,2%). Working with statistical significance (p=0,000), when in contrast to non-polymedicated patients (M=21,17; SD=5,248), polymedicated individuals showed a lower mean level of depressive symptomatology (M=16.38; SD=6.235). The difference between polymedicated patients (M=8,71; SD=6,227) and non-polymedicated individuals who showed a lower mean level of anxiety symptomatology (M=4,92; SD=5,83), was found to be statistically significant (p=0,03). Moreover, senior patients medicated with antidepressants showed lower levels of depressive symptomatology (p=0,004) and higher levels of anxiety symptomatology (p=0,030). Conclusion: This study warns about the high number of polymedicated seniors and the high prevalence of depressive symptomatology in participants, which is proven to be lower in polymedicated elderly patients. Albeit lower, anxiety symptomatology amongst participants is higher in polymedicated seniors. This study also suggests the need of further research studies on this topic along with representative samplings.Afonso, Rosa Marina Lopes Brás MartinsLoureiro, Marli GomesuBibliorumPinto, Catarina Sofia Correia2020-01-16T16:40:05Z2018-05-172018-03-192018-05-17T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8392TID:202362132porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:48:21Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8392Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:48:44.215311Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Introdução: O envelhecimento está, muitas vezes, associado a um aumento da morbilidade que, frequentemente leva à polimedicação do idoso. Por outro lado, a sintomatologia depressiva e ansiosa são muito comuns na velhice e nem sempre são devidamente atendidas. Este estudo pretende avaliar a sintomatologia depressiva e ansiosa em pessoas idosas, identificar situações de polimedicação e analisar a relação entre sintomatologia depressiva, sintomatologia ansiosa e polimedicação. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e descritivo desenvolvido com uma amostra de conveniência. Participaram no estudo 91 pessoas com idades compreendidas entre os 65 e 97 anos (M=78,41; DP=8,79). Foi utilizada a Escala de Depressão Geriátrica (Yesavage et al., 1982, adap. pop. portuguesa Pocinho, 2009), o Inventário de Ansiedade Geriátrica (Pachana et al.,2007, adapt. pop. portuguesa Ribeiro, 2011) e foi identificada e contabilizada a medicação utilizada nos últimos 6 meses. Resultados: Os resultados indicam que 70 participantes (83,3%) apresentavam sintomatologia depressiva e 31 (35,6%) sintomatologia ansiosa. Observou-se que as mulheres apresentavam um nível médio de sintomatologia depressiva inferior aos homens (p=0,049). Os participantes tomavam uma média de 5,44 medicamentos (DP=3,67), sendo que 53 estavam polimedicados (58,2%). Constatou-se que indivíduos polimedicados apresentavam um nível médio de sintomatologia depressiva inferior (M=16,38; DP=6,235) aos não polimedicados (M=21,17; DP=5,248), com significância estatística (p=0,000). Os indivíduos não polimedicados apresentavam um nível médio de sintomatologia ansiosa inferior (M=4,92; DP=5,83) aos polimedicados (M=8,71; DP=6,227), sendo esta diferença estatisticamente significativa (p=0,03). Observou-se ainda que, pessoas idosas medicadas com antidepressivo, apresentavam menos sintomatologia depressiva (p=0,004) e mais sintomatologia ansiosa (p=0,030). Conclusão: Este estudo alerta, por um lado, para o elevado número de pessoas idosas polimedicadas e, por outro lado, para a elevada prevalência de sintomatologia depressiva nos participantes que é menor nos idosos polimedicados. Apesar de mais reduzida, também se observa considerável sintomatologia ansiosa entre os participantes, sendo que é maior nos idosos polimedicados. Este estudo sugere, também, a necessidade de estudos mais específicos sobre o tema com amostras representativas. |
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