Preocupações de mães e pais, na gravidez, parto e pós-parto
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.12/6080 |
Resumo: | Este artigo apresenta uma investigação desenvolvida com o objectivo de estudar as preocupações dos pais com determinados acontecimentos adversos de vida, no período de transição para a parentalidade, em particular, a ocorrência de diferenças de género na presença, intensidade e variação das preocupações parentais ao longo do período em estudo. Para esse efeito o Questionário de Preocupações com Acontecimentos de Vida (QPAV) foi administrado a uma amostra de mulheres e homens (N=250) nos 1.º, 2.º e 3.º trimestres de gravidez, 15 dias e 3 meses após o parto. Os resultados mostram que tanto as mães como os pais apresentam um mesmo perfil de preocupações e que as áreas económico-financeira (rendimento familiar) e da actual gravidez dominam as preocupações parentais. Quer nas mulheres quer nos homens, as preocupações exibem igual estabilidade ao longo do tempo, à excepção das relativas a situações adversas no contexto familiar e interpessoal e à actual gravidez que sofrem um decréscimo ao longo da gravidez e puerpério. As diferentes preocupações que mães e pais exibem durante o período de transição para a parentalidade podem assumir um impacto diferencial no aumento da sintomatologia ansiosa característica deste período. Assim, enquanto que a manutenção das preocupações económico- sociais, ao longo do tempo, poderá estar a contribuir para uma forma de stress crónico, as preocupações relativas a aspectos familiares e interpessoais e à actual gravidez, em particular respeitantes à saúde e bem-estar do bebé, são mais pontuais, parecendo estar mais relacionadas com as tarefas desenvolvimentais que marcam esta fase. Por isso mesmo, tendem a diminuir à medida que as mães e os pais se vão adaptando ao novo papel parental. Acreditamos que intervenção dos técnicos e investigadores na área da saúde reprodutiva, com vista à promoção do ajustamento dos pais nesta fase exigente das suas vidas, sairá favorecida com a compreensão das vicissitudes que caracterizam a vivência psicológica da transição para a parentalidade. Tal intervenção deverá envolver todos os elementos do processo em causa e focalizar- se nas maiores áreas de preocupação parental. Deste modo, garantir-se-á uma prestação de cuidados adequados aos pais e a diminuição da morbilidade associada a este período de vida. |
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Quer nas mulheres quer nos homens, as preocupações exibem igual estabilidade ao longo do tempo, à excepção das relativas a situações adversas no contexto familiar e interpessoal e à actual gravidez que sofrem um decréscimo ao longo da gravidez e puerpério. As diferentes preocupações que mães e pais exibem durante o período de transição para a parentalidade podem assumir um impacto diferencial no aumento da sintomatologia ansiosa característica deste período. Assim, enquanto que a manutenção das preocupações económico- sociais, ao longo do tempo, poderá estar a contribuir para uma forma de stress crónico, as preocupações relativas a aspectos familiares e interpessoais e à actual gravidez, em particular respeitantes à saúde e bem-estar do bebé, são mais pontuais, parecendo estar mais relacionadas com as tarefas desenvolvimentais que marcam esta fase. Por isso mesmo, tendem a diminuir à medida que as mães e os pais se vão adaptando ao novo papel parental. Acreditamos que intervenção dos técnicos e investigadores na área da saúde reprodutiva, com vista à promoção do ajustamento dos pais nesta fase exigente das suas vidas, sairá favorecida com a compreensão das vicissitudes que caracterizam a vivência psicológica da transição para a parentalidade. Tal intervenção deverá envolver todos os elementos do processo em causa e focalizar- se nas maiores áreas de preocupação parental. Deste modo, garantir-se-á uma prestação de cuidados adequados aos pais e a diminuição da morbilidade associada a este período de vida.The aim of the research presented was to study parental concerns related to specific adverse life events, during transition to parenthood, in particular, differences between mothers and fathers concerning the occurrence, intensity and variation of these concerns over the period of time considered. To reach these aims, the Concerns with Life Events Questionnaire (CLEQ) was filled in by a sample of women and men (N=250) at the 1st, 2nd and 3rd pregnancy trimesters, 15 days after delivery and at 3rd postpartum month. Results showed that both mothers and fathers exhibit the same profile related to concerns and that economical area (familiar income) and the present pregnancy dominate parental concerns. Both in women and men, concerns reveal identical stability over time, except for adverse life events concerning to family and interpersonal context and to the present pregnancy, which decrease over pregnancy and postpartum period. The different concerns revealed by mothers and fathers during transition to parenthood can have a differential impact in the usual increase of anxiety observed in this period. The temporal stability found in economic and social concerns can contribute to a type of cronic stress. Concerns related to familiar and interpersonal situations and to the present pregnancy, in particular concerning to infant’s health and well-being, are more pontual and can be associated to the developmental tasks which caractherize this period. Due to that they decrease with the adaptation to the parental role. We believe that the intervention of health professionals and researchers, with the purpose of promote parental adjustment during this demanding phase of their lives and decrease morbidity associated to transition to parenthood, should be focused in the major areas of parental concerns.ISPA – Instituto UniversitárioRepositório do ISPAConde, AnaFigueiredo, Bárbara2018-01-22T12:33:18Z2007-01-01T00:00:00Z2007-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.12/6080porAnálise Psicológica, 25 (3), 381-398.0870-8231info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T16:41:48Zoai:repositorio.ispa.pt:10400.12/6080Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:23:55.426228Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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