O papel da antropologia decolonial e a antropologia decolonial de papel
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/45872 |
Resumo: | O texto deste artigo não é um material inédito. Originalmente o texto surge como partes de uma dissertação de mestrado em antropologia social. Como na maior parte dos países que possuem programas, títulos ou cursos de mestrado e de doutoramento, antes de alguém ser reconhecido como mestre ou como doutor em determinada área da ciência é necessário passar por uma banca de avaliação da tese ou da dissertação. A banca deverá julgar o mérito da proposta escrita e que é defendida pelo candidato. A banca possui a capacidade de reprovar o candidato à mestre ou doutor pelos motivos e sob os argumentos que julgar procedentes ou adequados. A largura desta subjetividade é tal, que sustentadas em ameaças de reprovação caso não faça as adequações necessárias (e em tempo hábil), não são raras as reescritas de significativa parte dos trabalhos contra a vontade da própria parte autora, ou em quantidade muito menos frequente, a ocorrência da violenta mutilação do texto original. A recusa a tais ordenações possui limitações e também consequências óbvias. A principal é não receber qualquer distinção pelos anos investidos em pesquisa. Mas possivelmente o mais grave resultado deste esforço implicaria no impedimento de qualquer continuidade de vida académica. A maior parte deste texto remete para a integralidade de dois capítulos que eu fui obrigado a remover completamente do texto final de minha dissertação. A primeira parte é um dos capítulos iniciais onde houve a obrigatoriedade de drástica edição. A quem interessar, a mutilada versão final da dissertação está disponível online.1 A versão que foi originalmente entregue à banca também.2 A comparação entre as versões pré e pós banca é estimulada, assim como é esperado que ao término da leitura deste artigo, seja possível compreender sobre os motivos da submissão deste conteúdo para a Réseau d’Études Décoloniales. E porque a banca propôs-me forçadas alterações. Pode ser considerado que em síntese a ideia central deste artigo é auxiliar na proposição de modos saudáveis de produzir e consumir conhecimento em antropologia de maneira remotamente crítica, consciente e esclarecida. Em outros termos, revelar o papel de uma antropologia decolonial, permitindo que não seja apenas uma versão no papel da dita antropologia decolonial. O texto que compõe este artigo sofreu alterações que foram julgadas necessárias para permitir alguma compreensão fora do espaço e do tempo onde foi originalmente concebido. O tema central de pesquisa original versava sobre as relações entre as antropologias brasileira e portuguesa. |
id |
RCAP_d7003022f9220bd48a119105629c620a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ul.pt:10451/45872 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
O papel da antropologia decolonial e a antropologia decolonial de papelO texto deste artigo não é um material inédito. Originalmente o texto surge como partes de uma dissertação de mestrado em antropologia social. Como na maior parte dos países que possuem programas, títulos ou cursos de mestrado e de doutoramento, antes de alguém ser reconhecido como mestre ou como doutor em determinada área da ciência é necessário passar por uma banca de avaliação da tese ou da dissertação. A banca deverá julgar o mérito da proposta escrita e que é defendida pelo candidato. A banca possui a capacidade de reprovar o candidato à mestre ou doutor pelos motivos e sob os argumentos que julgar procedentes ou adequados. A largura desta subjetividade é tal, que sustentadas em ameaças de reprovação caso não faça as adequações necessárias (e em tempo hábil), não são raras as reescritas de significativa parte dos trabalhos contra a vontade da própria parte autora, ou em quantidade muito menos frequente, a ocorrência da violenta mutilação do texto original. A recusa a tais ordenações possui limitações e também consequências óbvias. A principal é não receber qualquer distinção pelos anos investidos em pesquisa. Mas possivelmente o mais grave resultado deste esforço implicaria no impedimento de qualquer continuidade de vida académica. A maior parte deste texto remete para a integralidade de dois capítulos que eu fui obrigado a remover completamente do texto final de minha dissertação. A primeira parte é um dos capítulos iniciais onde houve a obrigatoriedade de drástica edição. A quem interessar, a mutilada versão final da dissertação está disponível online.1 A versão que foi originalmente entregue à banca também.2 A comparação entre as versões pré e pós banca é estimulada, assim como é esperado que ao término da leitura deste artigo, seja possível compreender sobre os motivos da submissão deste conteúdo para a Réseau d’Études Décoloniales. E porque a banca propôs-me forçadas alterações. Pode ser considerado que em síntese a ideia central deste artigo é auxiliar na proposição de modos saudáveis de produzir e consumir conhecimento em antropologia de maneira remotamente crítica, consciente e esclarecida. Em outros termos, revelar o papel de uma antropologia decolonial, permitindo que não seja apenas uma versão no papel da dita antropologia decolonial. O texto que compõe este artigo sofreu alterações que foram julgadas necessárias para permitir alguma compreensão fora do espaço e do tempo onde foi originalmente concebido. O tema central de pesquisa original versava sobre as relações entre as antropologias brasileira e portuguesa.Red DecolonialRepositório da Universidade de LisboaVirgilio, Jefferson2021-01-20T12:19:01Z20202020-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/45872porVirgílio, J. (2020). O papel da antropologia decolonial e a antropologia decolonial de papel. Revue d'études décoloniales, v. 5, n. 1.2551-5896info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:47:53Zoai:repositorio.ul.pt:10451/45872Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:58:13.072676Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
O papel da antropologia decolonial e a antropologia decolonial de papel |
title |
O papel da antropologia decolonial e a antropologia decolonial de papel |
spellingShingle |
O papel da antropologia decolonial e a antropologia decolonial de papel Virgilio, Jefferson |
title_short |
O papel da antropologia decolonial e a antropologia decolonial de papel |
title_full |
O papel da antropologia decolonial e a antropologia decolonial de papel |
title_fullStr |
O papel da antropologia decolonial e a antropologia decolonial de papel |
title_full_unstemmed |
O papel da antropologia decolonial e a antropologia decolonial de papel |
title_sort |
O papel da antropologia decolonial e a antropologia decolonial de papel |
author |
Virgilio, Jefferson |
author_facet |
Virgilio, Jefferson |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Repositório da Universidade de Lisboa |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Virgilio, Jefferson |
description |
O texto deste artigo não é um material inédito. Originalmente o texto surge como partes de uma dissertação de mestrado em antropologia social. Como na maior parte dos países que possuem programas, títulos ou cursos de mestrado e de doutoramento, antes de alguém ser reconhecido como mestre ou como doutor em determinada área da ciência é necessário passar por uma banca de avaliação da tese ou da dissertação. A banca deverá julgar o mérito da proposta escrita e que é defendida pelo candidato. A banca possui a capacidade de reprovar o candidato à mestre ou doutor pelos motivos e sob os argumentos que julgar procedentes ou adequados. A largura desta subjetividade é tal, que sustentadas em ameaças de reprovação caso não faça as adequações necessárias (e em tempo hábil), não são raras as reescritas de significativa parte dos trabalhos contra a vontade da própria parte autora, ou em quantidade muito menos frequente, a ocorrência da violenta mutilação do texto original. A recusa a tais ordenações possui limitações e também consequências óbvias. A principal é não receber qualquer distinção pelos anos investidos em pesquisa. Mas possivelmente o mais grave resultado deste esforço implicaria no impedimento de qualquer continuidade de vida académica. A maior parte deste texto remete para a integralidade de dois capítulos que eu fui obrigado a remover completamente do texto final de minha dissertação. A primeira parte é um dos capítulos iniciais onde houve a obrigatoriedade de drástica edição. A quem interessar, a mutilada versão final da dissertação está disponível online.1 A versão que foi originalmente entregue à banca também.2 A comparação entre as versões pré e pós banca é estimulada, assim como é esperado que ao término da leitura deste artigo, seja possível compreender sobre os motivos da submissão deste conteúdo para a Réseau d’Études Décoloniales. E porque a banca propôs-me forçadas alterações. Pode ser considerado que em síntese a ideia central deste artigo é auxiliar na proposição de modos saudáveis de produzir e consumir conhecimento em antropologia de maneira remotamente crítica, consciente e esclarecida. Em outros termos, revelar o papel de uma antropologia decolonial, permitindo que não seja apenas uma versão no papel da dita antropologia decolonial. O texto que compõe este artigo sofreu alterações que foram julgadas necessárias para permitir alguma compreensão fora do espaço e do tempo onde foi originalmente concebido. O tema central de pesquisa original versava sobre as relações entre as antropologias brasileira e portuguesa. |
publishDate |
2020 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2020 2020-01-01T00:00:00Z 2021-01-20T12:19:01Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10451/45872 |
url |
http://hdl.handle.net/10451/45872 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Virgílio, J. (2020). O papel da antropologia decolonial e a antropologia decolonial de papel. Revue d'études décoloniales, v. 5, n. 1. 2551-5896 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Red Decolonial |
publisher.none.fl_str_mv |
Red Decolonial |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799134527647383552 |