Mito do eterno retorno ou eterno retorno do mito?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/10230 |
Resumo: | Uma dificuldade para descobrir nas narrativas bíblicas de Gn 1-11 a presença de mitos de origem e a sua elevada espiritualidade poderia ligar-se à dúvida de que então essas narrações não seriam senão uma história imaginada. Na realidade, o mito, não sendo história acontecida, tem toda a grandeza de uma história verdadeira, porque o seu mundo é o mundo verdadeiro do sentido último das realidades da vida. Fazendo-as remontar à acção criadora divina e ao Ser absoluto, outorga-lhes significado transcendente, tornando-as mais reais. O ‘tempo’ primordial, absoluto e sagrado, do “princípio” vem renovar o tempo histórico e dar força aos seus actos. Por isso, a nossa cultura recorre constantemente e de forma salutar ao mito, como “reservatório simbólico”, para caldear a explicação conceptual das coisas com a compreensão profunda do seu sentido superior. |
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