Risco de divórcio e conflito conjugal: o efeito moderador da satisfação coparental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matos, Carla Marisa dos Santos
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/7826
Resumo: A investigação tem demonstrado a relação entre o conflito conjugal e o risco de dissolução conjugal. No entanto, pouco tem sido estudado sobre o potencial efeito moderador da satisfação conjugal e da satisfação coparental nesta associação. O presente estudo teve dois objetivos. Em primeiro, examinar se indicadores sociodemográficos e o conflito conjugal iriam predizer o risco de divórcio em mães e pais casados ou em união de facto. Em segundo, testar se a associação entre o conflito conjugal e o risco de divórcio seria moderada pela satisfação conjugal e a satisfação coparental. Usando um design transversal, procedeu-se a um procedimento online de recolha de dados, onde as participantes responderam a questões sobre o risco divórcio, relação coparental e indicadores de qualidade conjugal. Estar envolvido numa relação conjugal heterossexual e com, pelo menos um filho, com o atual parceiro conjugal foram utilizados como critérios de inclusão. Participaram no estudo 512 participantes. O estudo encontrou que os indicadores sociodemográficos não contribuíram para a variância no risco de divórcio, sendo que o conflito conjugal explicou significativamente parte da variância no risco de divórcio. Verificou-se também que a associação entre o conflito conjugal e o risco de divórcio foi moderada pela satisfação coparental, e que participantes com elevada satisfação coparental e com baixo conflito conjugal apresentaram menores níveis de risco de divórcio, em comparação com os pais com baixa satisfação coparental e com baixo conflito conjugal. No entanto, pais com elevada satisfação coparental e com elevados níveis de conflito conjugal relataram maior risco de divórcio do que os participantes com baixa satisfação coparental e elevado conflito conjugal. A satisfação conjugal não apresentou um efeito moderador na associação entre conflito conjugal e risco de divórcio. Investigações futuras devem testar os mecanismos pelos quais pais com baixa satisfação coparental e elevado conflito conjugal apresentam menor risco de divórcio que aqueles com elevada satisfação coparental, usando, para o efeito, design longitudinais e medidas observacionais.
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Usando um design transversal, procedeu-se a um procedimento online de recolha de dados, onde as participantes responderam a questões sobre o risco divórcio, relação coparental e indicadores de qualidade conjugal. Estar envolvido numa relação conjugal heterossexual e com, pelo menos um filho, com o atual parceiro conjugal foram utilizados como critérios de inclusão. Participaram no estudo 512 participantes. O estudo encontrou que os indicadores sociodemográficos não contribuíram para a variância no risco de divórcio, sendo que o conflito conjugal explicou significativamente parte da variância no risco de divórcio. Verificou-se também que a associação entre o conflito conjugal e o risco de divórcio foi moderada pela satisfação coparental, e que participantes com elevada satisfação coparental e com baixo conflito conjugal apresentaram menores níveis de risco de divórcio, em comparação com os pais com baixa satisfação coparental e com baixo conflito conjugal. No entanto, pais com elevada satisfação coparental e com elevados níveis de conflito conjugal relataram maior risco de divórcio do que os participantes com baixa satisfação coparental e elevado conflito conjugal. A satisfação conjugal não apresentou um efeito moderador na associação entre conflito conjugal e risco de divórcio. Investigações futuras devem testar os mecanismos pelos quais pais com baixa satisfação coparental e elevado conflito conjugal apresentam menor risco de divórcio que aqueles com elevada satisfação coparental, usando, para o efeito, design longitudinais e medidas observacionais.Research has demonstrated the relationship between marital conflict and the risk of marital dissolution. However, little has been studied about the potential moderating effect of marital satisfaction and satisfaction coparental in this association. This study had two objectives. First, examine whether sociodemographic indicators and marital conflict would predict the risk of divorce on mothers and fathers married or in union. Second, to test if the association between marital conflict and the risk of divorce would be moderated by marital satisfaction and satisfaction coparental. Using a cross-sectional design, we proceeded to an online procedure for data collection, where participants answered questions about the risk divorce, coparental relationship and marital quality indicators. Being involved in a heterosexual marriage relationship and with at least one child, with the current marital partner were used as inclusion criteria. Participated in the study 512 participants. The study found that the socio-demographic indicators did not contribute to the variance in the risk of divorce, and marital conflict significantly explained part of the variance in the risk of divorce. It was also found that the association between marital conflict and the risk of divorce was moderated by coparental satisfaction, and that participants with high coparental satisfaction and low marital conflict had lower levels of divorce risk compared to parents with low coparental and low marital conflict satisfaction. However, parents with high coparental satisfaction and high levels of marital conflict reported a higher risk of divorce than participants with low coparental satisfaction and high marital conflict. The marital satisfaction did not show a moderating effect on the association between marital conflict and the risk of divorce. Future research should test the mechanisms by which parents with low satisfaction and high coparental marital conflict have a lower risk of divorce than those with high coparental satisfaction using for this purpose, longitudinal design and observational measures.2017-03-31T17:10:08Z2016-01-01T00:00:00Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/7826TID:201539721porMatos, Carla Marisa dos Santosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-09T14:09:50Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/7826Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:16:43.008876Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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