Estudo da impulsividade na Doença de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Ana Isabel da Silva Moreira Barros
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/82084
Resumo: Trabalho de Projeto do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
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spelling Estudo da impulsividade na Doença de ParkinsonImpulsivity and Parkinson's DiseaseDoença de ParkinsonImpulsividadeSinais Não MotoresUPDRSParkinson DiseaseImpulsivityNon Motors SymptomsUPDRSTrabalho de Projeto do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaIntrodução: A impulsividade é um sinal não motor comum com efeitos disruptivos na saúde global dos doentes com DP. A impulsividade foi definida segundo dois domínios: motor (subdividido em reativo e proactivo) e cognitivo. Até ao conhecimento atual, não existem estudos que avaliem os domínios da impulsividade num contexto agudo e são raros os estudos que incorporam e inter-relacionam os diferentes domínios da impulsividade em diferentes estados motores On/Off da DP. Objetivo: O presente estudo piloto tem por objetivo avaliar os domínios da impulsividade de forma aguda em doentes com DP candidatos a terapias avançadas (DBS e Apomorfina subcutânea) e em doentes sob terapêutica com DBS. Adicionalmente pretende-se perceber se os diferentes domínios da impulsividade são diferencialmente afetados em doentes com DP no estado On/Off quando comparados com indivíduos saudáveis.Métodos: Selecionaram-se 12 indivíduos com diagnóstico clínico de DP em contexto de consulta especializada de Doenças do Movimento-DBS do Serviço de Neurologia dos CHUC e 13 indivíduos saudáveis de idade e escolaridade equiparáveis ao grupo de doentes com DP. O grupo de doentes com DP foi posteriormente dividido em dois grupos: o grupo com os doentes candidatos a terapêuticas avançadas, subdividido no subgrupo L-Dopa Challenge (4 doentes) e no subgrupo Apomorfina Challenge (4 doentes); e o grupo com os doentes sob terapêutica com DBS (4 doentes). Foram recolhidos prospectivamente os dados demográficos, o score motor (MDS-UPDRS-III), cognição (MOCA), apatia (AES) e depressão major (BDI-II). Indivíduos com disfunção cognitiva, apatia ou depressão foram excluídos. Todos os doentes com DP foram avaliados com variação do estado Off para On de acordo com o protocolo de cada terapêutica para a DP. Para avaliação da impulsividade foram realizadas três tarefas computacionais: a tarefa Go/NoGo (GNG) para avaliar o domínio reativo da impulsividade motora; a tarefa AX Continuous Performance Task (AX-CPT) para avaliar o domínio reativo e proactivo da impulsividade motora; e a tarefa Ballon Analogue Risk Taking (BART) para avaliar o domínio cognitivo da impulsividade.Resultados: Os doentes com DP apresentaram comportamentos semelhantes ao grupo de controlo no domínio motor da impulsividade. Quanto à impulsividade cognitiva o grupo de doentes com DP arriscou mais no estado On comparativamente ao estado Off. Em relação à influência aguda das diferentes terapêuticas para a DP nos domínios da impulsividade com variação do estado On/Off, todas parecem demonstrar uma tendência a maior impulsividade motora e cognitiva no estado On. A exceção foi o subgrupo L-Dopa Challenge que apresentou comportamento semelhante (domínio reativo) em ambos os estados On/Off. Para todas as terapêuticas antiparkinsónicas aplicadas no domínio proactivo da impulsividade motora, o estado Off parece predispor a maior impulsividade comparativamente ao estado On. Quando se comparou a influência aguda das diferentes terapêuticas para a DP nos domínios da impulsividade o subgrupo L-Dopa Challenge apresentou maior tendência à impulsividade. Paradoxalmente, o subgrupo Apomorfina Challenge evidenciou menor tendência à impulsividade mas foi o subgrupo que apresentou maior influência no desempenho das tarefas comportamentais.Conclusão: Este estudo mostra que a impulsividade é um conceito complexo, multifatorial que parece ser influenciada pelas diferentes terapêuticas para a DP. Os domínios reativos e cognitivos da impulsividade são preferencialmente afetados por doentes com DP sob terapêutica/estimulação no estado On comparativamente ao estado Off. A sensibilidade do sistema cognitivo de recompensa à punição parece estar ausente no estado On nos doentes com DP, nomeadamente no grupo de doentes com DP sob terapêutica com DBS. O subgrupo L-Dopa Challenge parece associar-se a maior impulsividade motora (domínio reativo) enquanto o subgrupo Apomorfina Challenge a menor impulsividade motora e cognitiva. Estudos com amostras de maior dimensão e estudos de imagem funcional poderão melhorar a compreensão dos fenómenos responsáveis pelos comportamentos impulsivos.Introduction: Impulsivity it’s a non-motor symptom with disruptive effect in PD patient’s global health. It was defined according to two domains: motor (subdivided in reactive and proactive) and cognitive. Nowadays there aren’t studies that evaluate these domains of impulsivity in an acute context and few relating the different domains of impulsivity at different states On/Off of the disease. Objective: The present pilot study evaluates impulsivity domains in an acute context in PD candidates to advanced therapies (DBS and subcutaneous Apomorphine) and in PD patients undergo DBS therapy. Additionally it’s intended to understand, by a comparative study between PD on an On/Off state and healthy patients, if impulsivity domains are affected differentially. Methods: 12 diagnosed patients with PD disease, recruited from a Movement Disorders Unit - CHUC, and 13 healthy controls matched for age and level of education. The PD group was divided into two groups: the candidates to advanced therapy group, which was subdivided into L-Dopa Challenge (4 patients) and Apomorphine Challenge (4 patients), and the patients undergo DBS therapy group (4 patients). Demographics, motor score (UPDRS-III), cognition (MoCA), depressive symptoms (BDI-II) and apathy (AES) were prospectively collected; patients with cognitive impairment, apathy or depression were excluded. PD patients were evaluated with variation Off to On according to each therapeutic disease protocol. Three computerized tasks were used to assess impulsivity: 1) Go/NoGo (GNG), to assess the reactive impulsivity domain; 2) the AX Continuous Performance Task (AX-CPT), to assess both the reactive and proactive domains; 3) the Ballon Analogue Risk Taking (BART) task, to study the cognitive domain of impulsivity.Results: For the motor domain of impulsivity, PD patients presented the same behavior as the control group. For the cognitive impulsivity, PD patients tend to take more risks in an On state comparatively to an Off state. Regarding the acute influence of different therapies for PD, they all tend to show more impulsivity in an On state. Regardless L-Dopa Challenge subgroup which presented the same behavior at both states (reactive domain). At the proactive domain of impulsivity, the Off state seems to be more influent leading to impulsivity for all the therapies used. When comparing the acute influence of the different therapies for the impulsivity domains, the L-Dopa Challenge subgroup is the one with more tendencies to impulsivity. On the other hand, Apomorphine Challenge subgroup presented less tendencies to impulsivity, but at the same time, was the subgroup presenting more influence in behavioral tasks performance. Conclusion: this study shows that impulsivity it’s a multifactorial, complex concept that seems to be influenced by different PD therapies. This study showed that the domains of reactive and cognitive impulsivity are preferentially affected in PD undergoes stimulation/therapy at state On comparatively to state Off. The sensitivity of the cognitive reward system to punition contingencies is absent in the On state, namely at PD patients undergo DBS therapy. The motor impulsivity appears to be more related to L-Dopa Challenge subgroup (reactive domain), while the opposite occurs for the Apomorphine subgroup that induces less impulsivity either motor or cognitive. A study with larger sample and functional imaging studies is needed to better understand impulsivity behavior.2017-05-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/82084http://hdl.handle.net/10316/82084TID:202045498porRibeiro, Ana Isabel da Silva Moreira Barrosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-02-18T11:20:31Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/82084Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:04:03.575668Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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