Terapia cognitivo comportamental no tratamento da depressão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fonseca, Márcia Alexandra Cruz
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/8533
Resumo: Contextualização: A depressão é um transtorno mental comum, com mais de 300 milhões de pessoas afetadas. É uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo e na sua forma mais grave, pode levar ao suicídio. O sexo feminino é o mais afetado. Existem vários tratamentos eficazes, nomeadamente os psicossociais, que são indicados para a depressão ligeira e os farmacológicos (antidepressivos), que podem ser eficazes no tratamento da depressão moderada-grave, mas não são a primeira linha de tratamento para os casos de depressão ligeira. Nesta revisão da literatura vai-se abordar mais especificamente a terapia cognitivo comportamental como forma de tratamento da patologia depressiva. Objetivo: Verificar se a terapia cognitivo comportamental é eficaz no tratamento da depressão. Metodologia: Para a elaboração desta revisão foram analisados artigos indexados na base de dados da Pubmed, entre outras, assim como livros e estudos publicados em revistas científicas. Resultados: Foram descritos os fundamentos da terapia cognitivo comportamental no tratamento da depressão e revisadas as evidências da sua eficácia. Discutiu-se igualmente o uso de tratamento farmacológico concomitante à TCC. A eficácia desta está bem estabelecida no tratamento dos transtornos depressivos, na diminuição do risco de uma nova tentativa de suicídio e no tratamento da depressão que não responde ao tratamento habitual. Conclusões: A TCC é uma das abordagens que apresenta evidências empíricas de eficácia no tratamento da depressão, oferecida de forma isolada ou em combinação com a farmacoterapia. Evidências científicas demonstraram que a TCC diminui o risco de uma nova tentativa de suicídio para metade em pacientes que já o tentaram e, portanto, deve ser o tratamento preferido para todos os pacientes com depressão. No entanto, os antidepressivos podem ser tratamentos eficazes de segunda linha para pacientes que não respondem à TCC. Por esse motivo, dever-se-á ponderar esta estratégia no tratamento desta doença.
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