Evolução morfológica e hidrodinâmica a curta e média escala temporal: setor costeiro entre Poço da Cruz e Mira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Azevedo, Cátia Alexandra Cardoso
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/16435
Resumo: A costa noroeste de Portugal é caraterizada pela sua elevada fragilidade ao clima de agitação marítima que, em junção com o défice sedimentar sentido nas últimas décadas, a tornam vulnerável à erosão costeira. O objetivo geral deste trabalho pretende estabelecer a relação entre as condições de agitação marítima e a evolução morfológica entre as praias do Poço da Cruz e a Praia de Mira. Deste modo foram consideradas duas escalas temporais de análise: média escala temporal, ordem da década e, curta escala temporal, período final do inverno marítimo de 2014. Na escala temporal média foram analisados dados topográficos adquiridos em campanhas de monitorização realizadas entre 2003 e 2015, e dados de clima de agitação simulados para um ponto ao largo da zona de estudo, para o mesmo período. Na análise de curta escala temporal, os dados topográficos foram adquiridos em levantamentos realizados entre março e abril de 2015 e os dados de clima de agitação são observados e provenientes da boia ondógrafo de Leixões. Entre 2003 e 2015 a variabilidade morfológica observada no setor em estudo pode ser dividida em duas fases. A primeira de 2003 a 2010 com perdas de volume que atingem os 150 m3/m e a segunda, de 2011 até ao presente, com variações de volume absoluto relacionadas com a sazonalidade e respondendo ao clima de agitação. A divisão do segmento de costa em seções permitiu compreender que o setor não responde de maneira uniforme às condições de agitação, com o recuo mais acentuado da linha de costa a norte e menos a sul. A análise de curta escala mostra que Hs maiores, associadas a eventos de temporal, induzem perda de sedimento na face da praia e que, Hs menores - inferiores a 3 metros, proporcionam um aumento da cota altimétrica. Também neste período se observa uma resposta desigual à agitação marítima, nos diferentes perfis.
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