Trabalho não pago em tempos de pandemia: como as des/igualdades de género impactam a satisfação no trabalho pago

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ramos, Jéssica de Oliveira
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/23361
Resumo: Apesar dos avanços no caminho para a igualdade de género, as assimetrias entre mulheres e homens a nível de trabalho não pago ainda se verificam. Com a pandemia de Covid-19, o teletrabalho veio apresentar uma visão aparentemente otimista em relação à partilha do trabalho não pago entre casais, uma vez que promove o aumento de tempo passado em casa. Sabe-se que este trabalho aumentou consideravelmente durante este período, comparativamente ao período pré-pandemia. Embora o teletrabalho seja frequentemente associado a uma maior satisfação no trabalho, o aumento de trabalho não pago e a partilha do mesmo entre o casal poderá colocar em causa esta associação. Assim, pretendemos compreender de que forma a partilha des/igualitária do trabalho não pago impacta a associação entre os regimes de trabalho – teletrabalho e trabalho presencial – e a satisfação no trabalho, numa perspetiva de género. Para a recolha de dados, foi elaborado um questionário online, tendo-se obtido um total de 280 participantes, 158 mulheres e 122 homens, com uma média de idades de 45.73 (DP = 10.45). Os resultados revelaram que o trabalho não pago continua a ser maioritariamente assumido pelas mulheres, e que a partilha deste entre o casal não moderou a associação entre os regimes de trabalho e a satisfação no trabalho, sendo que o sexo dos/as participantes também não teve impacto nesta relação. De modo geral, observa-se a permanência de uma atribuição tradicional dos papéis de género, mas com ligeiras atenuações, que podem indicar sinais de evolução no sentido da igualdade de género.
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