Medo ou humor em campanhas antitabágicas? Efeitos na perceção da sua eficácia, políticas antitabágicas, desejo e suscetibilidade em fumar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reis, Eduardo Silva
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/10344
Resumo: Este estudo investigou os efeitos de dois tipos de campanhas antitabágicas em vídeo na perceção da sua eficácia em prevenir comportamentos tabágicos. Cento e oito participantes de ambos os géneros (58 do género feminino), diferenciados pelos comportamentos tabágicos (54 fumadores e 54 não-fumadores) foram aleatoriamente atribuídos a uma de duas condições: uma com anúncios que induziam humor (N=56), e outra em que induziam medo (N=52). Através do programa FLOWSENSE, os participantes registaram continuamente que emoções estavam a sentir e qual a sua intensidade enquanto visualizavam as campanhas. Foram também obtidos dados fisiológicos relativos ao ritmo cardíaco, nível de condutância dérmica e nível de oxigénio no sangue. Posteriormente mediu--se o desejo de fumar, o grau de concordância com políticas antitabágicas e a perceção de eficácia das campanhas. Os resultados mostraram que os participantes expostos à condição de medo sentiram mais frequentemente, com mais intensidade e por mais tempo Medo e Tristeza, tendo menos vontade de fumar e avaliando as campanhas como mais eficazes, enquanto que aqueles expostos à condição de Humor sentiram mais intensamente Alegria. Em qualquer condição, fumadores apoiaram menos significativamente políticas antitabágicas. Não foram observadas diferenças entre condições para os níveis fisiológicos registados. Este estudo comprovou estudos existentes e oferece uma análise mais profunda sobre como as emoções são evocadas em mensagens persuasivas, explorando o seu fluxo ao longo da exposição, mas é necessária mais investigação de modo a aumentar a sua eficácia.
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