Fluidoterapia: conhecimentos dos enfermeiros na gestão e administração de fluidos: Estágio e Relatório

• Autor(a) principal: Pires, Nuno Miguel Ferreira
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/10782
• topic: Fluidoterapia; doente crítico

Enquadramento: A utilização de fluidos na reanimação é uma das intervenções mais comuns durante abordagem ao doente crítico. As opções colocadas ao dispor são inúmeras e a opção de escolha pelo fluido mais adequado permanece controversa e incerta, certo é que a quantidade a administrar deve merecer uma análise cuidadosa. Os problemas decorrentes de uma prescrição e gestão indevida de fluidos são reais, podendo aumentar a morbilidade, prolongar o período de internamento acarretando um aumento de custos ao sistema de saúde. Objetivos: Analisar os conhecimentos dos enfermeiros na gestão e administração de fluidos ao doente crítico. Decorrente do objetivo geral foram definidos os objetivos específicos: descrever as experiências vividas pelos enfermeiros na gestão de fluidos; identificar as dificuldades sentidas pelos enfermeiros na gestão de fluidos; conhecer as opções dos enfermeiros na gestão de fluidos no doente crítico e conhecer a opinião dos enfermeiros sobre o processo de tomada de decisão de fluidos a escolher no seio da equipa multidisciplinar. Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório e descritivo. A amostra do estudo foi composta por enfermeiros de um serviço de urgência de um hospital do norte de Portugal, agrupados em “focus groups” para a recolha de dados. O tratamento e a análise dos dados foram baseados na análise de conteúdo. Resultados: Identificámos alguns comportamentos que os participantes desenvolvem na gestão da fluidoterapia, assim como os conhecimentos sobre o tema. Verificaram-se algumas condicionantes para uma gestão de fluidos eficaz. Registaram-se também algumas preocupações dos participantes com a prescrição indiscriminada da fluidoterapia. Conclusão: A fluidoterapia absorve uma parte importante do tempo que os enfermeiros destinam à vigilância e, diretamente, à prestação de cuidados. Os participantes deste estudo demonstram serem detentores de conhecimentos em algumas áreas da gestão da fluidoterapia, contudo reivindicam uma maior autonomia para esta intervenção. É fundamental focar a atenção para uma área que pode trazer benefícios ou prejuízos quer ao doente quer ao sistema de saúde.