A Saltar em Marte
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/5560 |
Resumo: | O filme documentário é o género cinematográfico do real, trabalha com imagens que procuram retratar o mundo como ele é. Estas imagens têm sempre a intervenção, em maior ou menor grau e de diferentes formas, do autor do filme e é esta intervenção que confere ao documentário o estatuto de arte. Robert Flaherty, Dziga Vertov e John Grierson são três ícones incontornáveis na história do filme documental, com contribuições diferentes, mas todas elas determinantes para o desenvolvimento e afirmação do género documental. A ideia de real que irremediavelmente está ligada ao documentário aumenta a responsabilidade deste género de filme, uma vez que as imagens e as ideias que transmite são facilmente tomadas como um retrato fiel da realidade. De facto, muitos documentários debruçam-se sobre a realidade do “outro” e é crucial perceber que se trata, sempre, de um determinado olhar sobre algo ou alguém. A pretensão de dar a voz ao “outro” que não a tem é uma questão igualmente delicada, pois esta tentativa de empoderamento do outro pode muito facilmente reiterar o ciclo de poder que pretende quebrar. O filme A Saltar em Marte foi a minha primeira experiência enquanto documentarista. Ao longo deste processo foram-me reveladas as dificuldades e os prazeres de realizar um filme, nomeadamente documental. O produto final não foi o mais desejado, mas os erros cometidos constituem-se hoje como aprendizagens que permitirão uma melhor abordagem a projectos cinematográficos futuros. |
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