Ovarian cancer zebrafish avatar for personalized therapy
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/145675 |
Resumo: | O cancro do ovário é o 5º cancro mais comum, e a principal causa de morte por cancros ginecológicos em mulheres, a nível mundial. A alta mortalidade deste tipo de cancro deve-se aos sintomas não específicos da doença que levam a um diagnóstico tardio e que podem levar à formação de metástases. As células de cancro de ovário disseminam-se frequentemente para as cavidades peritoneal e pleural, e a sua presença, leva à acumulação de líquido ascítico ou efusões pleurais nestas cavidades. Este líquido é composto por células tumorais, mesoteliais, endoteliais, imunes, fibroblastos e adipócitos. A composição do líquido ascítico, assim como a proporção de cada tipo de célula varia entre os doentes e pode influenciar a resposta à terapia. Apesar da grande heterogeneidade observada entre os doentes, o tratamento deste tipo de cancro é igual para todos os doentes - cirurgia (com o objetivo de reduzir ao máximo o tumor), e quimioterapia, acompanhada por manutenção com inibidores da PARP: Olaparib e Niraparib. Contudo, devido à heterogeneidade de cada cancro, o tratamento nem sempre é eficaz. Com o intuito de desenvolver uma terapia personalizada para cada doente, o nosso laboratório está a desenvolver um teste – os zAvatars - que visam orientar os oncologistas na escolha da melhor terapia para cada doente. Os zAvatars consistem em xenoenxertos de células tumorais de doentes em embriões de peixe zebra. O presente projeto teve como objetivo contribuir para o desenvolvimento do modelo de zAvatars de cancro do ovário. Tanto o Olaparib quanto o Niraparib fazem parte das diretrizes gerais de tratamento do cancro de ovário. Apesar do Olaparib ter sido o primeiro inibidor das PARP a ser desenvolvido, atualmente o Niraparib é a principal escolha dos oncologistas. Em estudos anteriores o nosso laboratório já tinha desenvolvido um protocolo para o Olaparib nos zAvatars, mas não para o Niraparib. Como tal, neste projeto, comecei por testar a eficácia do Niraparib no modelo de xenoenxerto de peixe zebra, com o objetivo de vir a usar este inibidor da PARP para tratar os zAvatars de cancro do ovário. Os nossos resultados demonstraram a citotoxicidade do Niraparib neste modelo. De seguida, gerámos os zAvatars de cancro do ovário com células obtidas a partir do líquido ascítico ou efusão pleural de 6 doentes e avaliámos, não só a resposta à terapêutica, como também a composição celular dos tumores, comparando com as células isoladas de cada doente, através de esfregaços. Os nossos resultados demostraram que é possível identificar o mesmo tipo de células, em esfregaços e nos zAvatars, nomeadamente células tumorais e macrófagos. Estas células foram identificadas através do uso de marcadores moleculares como o PAX8, o CA125 e o CD68. Ainda nos esfregaços e através do uso do marcador α-SMA foi possível identificar fibroblastos. Após a caracterização do modelo, submetemos os zAvatars, às mesmas terapias indicadas para cada doente. Neste trabalho irei apenas apresentar os resultados para um dos doentes, uma vez que os restantes foram realizados pela minha orientadora, a Drª Marta Estrada. No doente apresentado verificámos que os tratamentos não afetaram a capacidade de implantação, metastização ou morte celular dos tumores nos zAvatars. De um modo geral, com o presente trabalho é possível concluir que, nos zAvatars, 3 dias após a injeção, existe uma boa representação dos diferentes tipos de células presentes na amostra de líquido inicial, uma vez que foi possível observar os mesmos marcadores moleculares nos esfregaços (amostra inicial) e nos zAvatars correspondentes. |
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Ovarian cancer zebrafish avatar for personalized therapyOvarian cancerZebrafish avatarPesonalized therapyDomínio/Área Científica::Ciências MédicasO cancro do ovário é o 5º cancro mais comum, e a principal causa de morte por cancros ginecológicos em mulheres, a nível mundial. A alta mortalidade deste tipo de cancro deve-se aos sintomas não específicos da doença que levam a um diagnóstico tardio e que podem levar à formação de metástases. As células de cancro de ovário disseminam-se frequentemente para as cavidades peritoneal e pleural, e a sua presença, leva à acumulação de líquido ascítico ou efusões pleurais nestas cavidades. Este líquido é composto por células tumorais, mesoteliais, endoteliais, imunes, fibroblastos e adipócitos. A composição do líquido ascítico, assim como a proporção de cada tipo de célula varia entre os doentes e pode influenciar a resposta à terapia. Apesar da grande heterogeneidade observada entre os doentes, o tratamento deste tipo de cancro é igual para todos os doentes - cirurgia (com o objetivo de reduzir ao máximo o tumor), e quimioterapia, acompanhada por manutenção com inibidores da PARP: Olaparib e Niraparib. Contudo, devido à heterogeneidade de cada cancro, o tratamento nem sempre é eficaz. Com o intuito de desenvolver uma terapia personalizada para cada doente, o nosso laboratório está a desenvolver um teste – os zAvatars - que visam orientar os oncologistas na escolha da melhor terapia para cada doente. Os zAvatars consistem em xenoenxertos de células tumorais de doentes em embriões de peixe zebra. O presente projeto teve como objetivo contribuir para o desenvolvimento do modelo de zAvatars de cancro do ovário. Tanto o Olaparib quanto o Niraparib fazem parte das diretrizes gerais de tratamento do cancro de ovário. Apesar do Olaparib ter sido o primeiro inibidor das PARP a ser desenvolvido, atualmente o Niraparib é a principal escolha dos oncologistas. Em estudos anteriores o nosso laboratório já tinha desenvolvido um protocolo para o Olaparib nos zAvatars, mas não para o Niraparib. Como tal, neste projeto, comecei por testar a eficácia do Niraparib no modelo de xenoenxerto de peixe zebra, com o objetivo de vir a usar este inibidor da PARP para tratar os zAvatars de cancro do ovário. Os nossos resultados demonstraram a citotoxicidade do Niraparib neste modelo. De seguida, gerámos os zAvatars de cancro do ovário com células obtidas a partir do líquido ascítico ou efusão pleural de 6 doentes e avaliámos, não só a resposta à terapêutica, como também a composição celular dos tumores, comparando com as células isoladas de cada doente, através de esfregaços. Os nossos resultados demostraram que é possível identificar o mesmo tipo de células, em esfregaços e nos zAvatars, nomeadamente células tumorais e macrófagos. Estas células foram identificadas através do uso de marcadores moleculares como o PAX8, o CA125 e o CD68. Ainda nos esfregaços e através do uso do marcador α-SMA foi possível identificar fibroblastos. Após a caracterização do modelo, submetemos os zAvatars, às mesmas terapias indicadas para cada doente. Neste trabalho irei apenas apresentar os resultados para um dos doentes, uma vez que os restantes foram realizados pela minha orientadora, a Drª Marta Estrada. No doente apresentado verificámos que os tratamentos não afetaram a capacidade de implantação, metastização ou morte celular dos tumores nos zAvatars. De um modo geral, com o presente trabalho é possível concluir que, nos zAvatars, 3 dias após a injeção, existe uma boa representação dos diferentes tipos de células presentes na amostra de líquido inicial, uma vez que foi possível observar os mesmos marcadores moleculares nos esfregaços (amostra inicial) e nos zAvatars correspondentes.Ovarian Cancer (OC) is the 5th most common type of cancer in women worldwide and the leading cause of death from gynecologic cancer. The high mortality rate of OC is mostly due to the non-specific symptoms of this disease that culminate in a late-stage diagnosis, which may lead to the presence of metastasis. This cancer can typically disseminate to the peritoneal or pleural cavities. The shedding of the tumor cells from the primary tumors to these cavities leads to the accumulation of malignant ascitic fluid or malignant pleural effusion in these sites. These liquids are composed by tumor cells, fibroblasts, adipocytes, mesothelial, endothelial, and immune cells, varying between patients. Despite the high heterogeneity among patients, OC treatment is still based on the “one-size-fits-all” approach and the treatment consists of maximal surgery reduction combined with carboplatin+paclitaxel chemotherapy and maintenance with PARP inhibitors (Olaparib or Niraparib). Due to the heterogeneity of each cancer, treatment may prove to be successful for some patients but not for others. To personalize treatment, our lab is developing the zAvatars model to guide oncologists in the choice of the best treatment for each patient. zAvatars are patient derived zebrafish xenografts, where tumor cells from patients are directly injected into 2days post fertilization zebrafish embryos. zAvatars are then treated with the different therapy options and response to therapy is accessed after 3-4 days. The major goal of this work is to contribute to the development of the OC zebrafish Avatar model. Although Olaparaib was the first PARP inhibitor to be developed, Niraparib is now the main choice of oncologists. Our lab has previously developed a protocol to test Olaparib but not Niraparib. Thus, in this research project, I started by validating Niraparib efficacy, in order to use this PARP inhibitor as a possible OC treatment option for zAvatars. Our results showed that, indeed, we can evaluate the cytotoxicity of Niraparib in zAvatars. Next, we proceeded to generate OC zAvatars with the cells obtained from the ascitic fluid or malignant pleural effusions of 6 OC patients. In the generated zAvatars, not only we studied the response to therapy but also characterized the cells present in the tumors to validate the representativeness of the patient tumor in the zAvatar model. Our results showed that in general it was possible to identify the same type of cells in the smears and in zAvatars, namely, tumor cells and macrophages, identified by the PAX8, CA125, and CD68 staining. Also, in the smears it was possible to detect cancer associated fibroblasts (CAFs) using the α-SMA marker. After characterizing our model, we aimed at validating the zebrafish xenografts as a screening platform for OC therapies. In this dissertation, I will only present the results regarding one of the patients, since the results for the other patients were obtained by my supervisor, Dr. Marta Estrada. In the results presented for that patient, it was demonstrated that neither tumor implantation, metastasis capacity, cell death, nor tumor size were affected by the treatments. Overall, with the present work, we can conclude that tumors in zAvatars have a good representation of the different cell types present in the initial tumor sample. More specifically, we were able to observe the same cell markers in the smears and in the matching zAvatars.Estrada, MartaRUNAmorim, Filipa Alexandra Mesquita2022-11-162025-11-16T00:00:00Z2022-11-16T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/145675TID:203102835enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T05:19:15Zoai:run.unl.pt:10362/145675Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:50:05.740202Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O cancro do ovário é o 5º cancro mais comum, e a principal causa de morte por cancros ginecológicos em mulheres, a nível mundial. A alta mortalidade deste tipo de cancro deve-se aos sintomas não específicos da doença que levam a um diagnóstico tardio e que podem levar à formação de metástases. As células de cancro de ovário disseminam-se frequentemente para as cavidades peritoneal e pleural, e a sua presença, leva à acumulação de líquido ascítico ou efusões pleurais nestas cavidades. Este líquido é composto por células tumorais, mesoteliais, endoteliais, imunes, fibroblastos e adipócitos. A composição do líquido ascítico, assim como a proporção de cada tipo de célula varia entre os doentes e pode influenciar a resposta à terapia. Apesar da grande heterogeneidade observada entre os doentes, o tratamento deste tipo de cancro é igual para todos os doentes - cirurgia (com o objetivo de reduzir ao máximo o tumor), e quimioterapia, acompanhada por manutenção com inibidores da PARP: Olaparib e Niraparib. Contudo, devido à heterogeneidade de cada cancro, o tratamento nem sempre é eficaz. Com o intuito de desenvolver uma terapia personalizada para cada doente, o nosso laboratório está a desenvolver um teste – os zAvatars - que visam orientar os oncologistas na escolha da melhor terapia para cada doente. Os zAvatars consistem em xenoenxertos de células tumorais de doentes em embriões de peixe zebra. O presente projeto teve como objetivo contribuir para o desenvolvimento do modelo de zAvatars de cancro do ovário. Tanto o Olaparib quanto o Niraparib fazem parte das diretrizes gerais de tratamento do cancro de ovário. Apesar do Olaparib ter sido o primeiro inibidor das PARP a ser desenvolvido, atualmente o Niraparib é a principal escolha dos oncologistas. Em estudos anteriores o nosso laboratório já tinha desenvolvido um protocolo para o Olaparib nos zAvatars, mas não para o Niraparib. Como tal, neste projeto, comecei por testar a eficácia do Niraparib no modelo de xenoenxerto de peixe zebra, com o objetivo de vir a usar este inibidor da PARP para tratar os zAvatars de cancro do ovário. Os nossos resultados demonstraram a citotoxicidade do Niraparib neste modelo. De seguida, gerámos os zAvatars de cancro do ovário com células obtidas a partir do líquido ascítico ou efusão pleural de 6 doentes e avaliámos, não só a resposta à terapêutica, como também a composição celular dos tumores, comparando com as células isoladas de cada doente, através de esfregaços. Os nossos resultados demostraram que é possível identificar o mesmo tipo de células, em esfregaços e nos zAvatars, nomeadamente células tumorais e macrófagos. Estas células foram identificadas através do uso de marcadores moleculares como o PAX8, o CA125 e o CD68. Ainda nos esfregaços e através do uso do marcador α-SMA foi possível identificar fibroblastos. Após a caracterização do modelo, submetemos os zAvatars, às mesmas terapias indicadas para cada doente. Neste trabalho irei apenas apresentar os resultados para um dos doentes, uma vez que os restantes foram realizados pela minha orientadora, a Drª Marta Estrada. No doente apresentado verificámos que os tratamentos não afetaram a capacidade de implantação, metastização ou morte celular dos tumores nos zAvatars. De um modo geral, com o presente trabalho é possível concluir que, nos zAvatars, 3 dias após a injeção, existe uma boa representação dos diferentes tipos de células presentes na amostra de líquido inicial, uma vez que foi possível observar os mesmos marcadores moleculares nos esfregaços (amostra inicial) e nos zAvatars correspondentes. |
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