Editorial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25756/rpf.v13i4.283 |
Resumo: | A atualidade no sector da saúde em Portugal tem sido dominada pela incapacidade em garantir a disponibilidade permanente de diversos serviços de saúde, nomeadamente na área da obstetrícia. O mês de junho foi também marcado por uma taxa de mortalidade consideravelmente acima da média registada nos últimos anos para o mesmo período, tendência que volta a verificar-se no final do mês de julho. Não são ainda conhecidas razões concretas para este registo, especulando-se que poderão estar agora a surgir os primeiros reflexos do atraso nos diagnósticos e respetiva implementação de cuidados, em consequência da limitação de contactos imposta nas fases mais alarmantes da pandemia. Em todo o caso, importará acompanhar nos próximos tempos se estamos perante uma preocupante tendência ou apenas um infeliz fenómeno limitado no tempo. A Guerra motivada pela invasão da Ucrânia já se prolonga há perto de seis meses, sem sinais de poder alcançar-se a breve trecho um desfecho para este conflito que, para lá de um desastre humanitário para a população daquele país, está a provocar incerteza económica e social em todo o globo. Pese embora pontes recentemente estabelecidas no sentido de retomar algumas exportações a partir daquele território, diversas matérias primas continuam no mercado mundial com uma disponibilidade muito escassa, impactando toda a cadeia de valor de produtos e serviços. O Conselho de Ministros aprovou o novo estatuto do Serviço Nacional de Saúde, que prevê uma direção executiva para coordenar toda a resposta assistencial no país, reconhecendo um “défice de organização” no setor. O primeiro-ministro prometeu uma reforma orgânica de fundo e afirmou que serão investidos 1.240 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência no sistema de saúde. A Revista Portuguesa de Farmacoterapia organizou a 22 junho a sua XI Reunião anual “Controvérsias com Medicamentos”. Se não teve a oportunidade de acompanhar em direto, pode aceder (https://formifarma.pt/xi-reuniao-anual-da-rpf/) a cada um dos painéis de discussão: “O impacto a nível Nacional e Europeu da nova legislação Europeia sobre medicamentos e dispositivos médicos” e “A reindustrialização da Europa e impacto nos sistemas de saúde”, nos quais diversos representantes de empresas e associações do sector tiveram oportunidade de comentar palestras de, respetivamente, Rui Santos Ivo, Presidente do INFARMED I.P. e Fernanda Ferreira Dias - Diretora-geral da Direção Geral de Atividades Económicas. Desejamos os maiores sucessos à nova equipa do Conselho Diretivo do INFARMED I.P., encabeçada pelo Presidente Rui Santos Ivo, que passa a contar com o médico Carlos Alberto Lima Alves como Vice-presidente e a farmacêutica Erica Rodrigues Viegas como Vogal. São muitos os desafios, num momento de mudanças no ambiente regulador europeu e de grande exigência para a atividade da Instituição. Este número da revista inclui o artigo original «Consulta Farmacêutica de Fibrose Pulmonar Idiopática: Impacto na Qualidade de Vida de Doentes de um Hospital Distrital», o artigo de revisão «Zolpidem e Distúrbios de Consciência: O Caminho para uma Nova Terapêutica», o artigo de opinião e debate «A Definição de Medicamento: A Perspetiva Farmacêutica» e a reunião de reflexão «O Cancro Cutâneo Não Melanoma (CCNM) – “Call to Action”». Disponibilizamos ainda as secções de documentos publicados, normas aprovadas e em consulta, legislação relevante, agenda e prémios para o próximo trimestre, que julgamos ser de relevante interesse para os nossos leitores. |
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