Stress, burnout e satisfação académicos em estudantes universitários

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Filipe, Inês
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/48154
Resumo: O stress pode causar danos irreparáveis, levando a estados como o burnout. O estudo deste fenómeno foi inicialmente direcionado para o contexto laboral, tendo-se desenvolvido, entretanto, um olhar mais abrangente. Isto permitiu a classificação de estados de outras populações, como é o caso dos estudantes universitários, como também sendo burnout. O percurso académico é fortemente marcado por inúmeros desafios e nem sempre os estudantes conseguem equilibrar as exigências da sua experiência académica com a sua vida pessoal. Este estudo pretende identificar as principais fontes de stress académico; avaliar a presença de burnout; identificar quais as variáveis sociodemográficas que mais se correlacionam com níveis mais elevados de burnout; avaliar o grau de satisfação académica sentida pelos alunos e aferir qual a relação entre a satisfação e o burnout. A amostra foi composta por 176 alunos das licenciaturas de Psicologia, Educação Básica, Gestão e Educação Física e Desporto e do mestrado de Psicologia Clínica e da Saúde através de um questionário que incluiu dados sociodemográficos, o Inventário de Burnout de Oldenburg para estudantes portugueses (OLBI-S), o Inventário de Fontes de Stress Académico (IFSAM) e o Questionário de Satisfação Académica (QSA). Os questionários foram aplicados presencialmente em contexto de sala de aula e através do Google Forms. Os dados foram analisados no Statistical Package for Social Sciences 28 (SPSS). Para a análise estatística, procedeu-se a análises descritivas, correlações paramétricas e não-paramétricas, análise de variância e testes de diferenças entre grupos. Os nossos resultados mostram que a fonte de stress mais prevalente foi “Preocupação com o sucesso académico”. Verificou-se uma taxa 16,9% alunos com burnout, 14,1% em exaustão e 11,4% com distanciamento. As variáveis sociodemográficas que se correlacionaram com o burnout foram: idade; género; deslocação; economia; média e Unidades Curriculares (UC) em atraso. A satisfação académica foi correlaciona-se positivamente com o burnout e foram encontradas diferenças entre grupos em relação à satisfação nos grupos Sem burnout e Com vii burnout; Sem burnout e Distanciados, sendo o grupo Sem burnout o que apresenta maior satisfação académica. Com base nos resultados obtidos, conclui-se que os participantes se sentem particularmente confortáveis em áreas da sua vida como as relações interpessoais além dos índices positivos na satisfação, saúde mental e adequação dos estudantes desta instituição à experiência académica. Verificou-se que a maioria das investigações em Portugal que se focam nas questões da saúde mental dos estudantes universitários incidem tendencialmente sobre estudantes de cursos da área da saúde, havendo escassez de investigação noutras áreas de aprendizagem, o que poderá constituir um obstáculo ao desenvolvimento de novos conhecimentos nestas temáticas. Este trabalho é um passo no sentido da exploração de fatores relacionados com o burnout em outras áreas que não as da saúde.
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