PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO DA RAIVA HUMANA: EXPERIÊNCIA DE UM CENTRO NACIONAL
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25754/pjp.2019.12149 |
Resumo: | Introdução: a raiva é uma doença infeciosa aguda fatal, com período de incubação muito variável. Portugal é um país livre de raiva, certificado desde 1960, que cumpre um plano de vacinação recomendado, após contacto considerado de risco. Esta casuística tem como objetivos analisar os casos de potencial exposição a raiva em menores de 18 anos e avaliar o cumprimento, efeitos adversos da vacinação e evolução clínica. Métodos: estudo retrospetivo, descritivo, por consulta de processos clínicos de um centro de vacinação contra a raiva, entre 2013-2016, com confirmação da evolução clínica por contacto via telefone. Resultados: identificaram-se dez casos de profilaxia pós-exposição, oito dos quais nos últimos dois anos, todos importados, com menos de 16 anos, sendo nove portugueses e um chinês. Nove foram classificadas como exposições minor. A transmissão ocorreu através de cão (n=6), macaco (n=3) e morcego (n=1). Foi proposto esquema de cinco doses em nove e de quatro doses em um; 70% completaram o esquema vacinal (nº mínimo de tomas=4). O intervalo médio entre exposição e imunização foi de 3 dias (mediana=1). Foi documentada uma reação adversa cutânea e não houve reações graves. Registou-se um aumento de casos, não sendo possível avaliar a eficácia, por desconhecimento do estado infecioso dos animais. Discussão: nesta coorte verificou-se início precoce da profilaxia com ausência de efeitos adversos significativos. Tendo em consideração o aumento da mobilidade para áreas geográficas com risco de contacto com animais potencialmente infetados, é importante reforçar a prevenção através da educação em consulta e promoção do cumprimento vacinal. |
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PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO DA RAIVA HUMANA: EXPERIÊNCIA DE UM CENTRO NACIONALPROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO DA RAIVA HUMANA: EXPERIÊNCIA DE UM CENTRO NACIONALCase seriesIntrodução: a raiva é uma doença infeciosa aguda fatal, com período de incubação muito variável. Portugal é um país livre de raiva, certificado desde 1960, que cumpre um plano de vacinação recomendado, após contacto considerado de risco. Esta casuística tem como objetivos analisar os casos de potencial exposição a raiva em menores de 18 anos e avaliar o cumprimento, efeitos adversos da vacinação e evolução clínica. Métodos: estudo retrospetivo, descritivo, por consulta de processos clínicos de um centro de vacinação contra a raiva, entre 2013-2016, com confirmação da evolução clínica por contacto via telefone. Resultados: identificaram-se dez casos de profilaxia pós-exposição, oito dos quais nos últimos dois anos, todos importados, com menos de 16 anos, sendo nove portugueses e um chinês. Nove foram classificadas como exposições minor. A transmissão ocorreu através de cão (n=6), macaco (n=3) e morcego (n=1). Foi proposto esquema de cinco doses em nove e de quatro doses em um; 70% completaram o esquema vacinal (nº mínimo de tomas=4). O intervalo médio entre exposição e imunização foi de 3 dias (mediana=1). Foi documentada uma reação adversa cutânea e não houve reações graves. Registou-se um aumento de casos, não sendo possível avaliar a eficácia, por desconhecimento do estado infecioso dos animais. Discussão: nesta coorte verificou-se início precoce da profilaxia com ausência de efeitos adversos significativos. Tendo em consideração o aumento da mobilidade para áreas geográficas com risco de contacto com animais potencialmente infetados, é importante reforçar a prevenção através da educação em consulta e promoção do cumprimento vacinal.Introduction: Rabies is a fatal acute infectious disease with a variable incubation period. Portugal is a rabies’ free country, certified since 1960, with a recommended vaccination plan after risk contacts. The study aim was to analyse the potential cases of exposure to rabies, in children under 18 years old, evaluate compliance, adverse effects of vaccination and clinical outcomes. Methods: A retrospective, descriptive study with the review of clinical records from a Rabies Vaccination Centre, between 2013 and 2016; clinical outcomes were obtained by a telephone survey. The definitions of exposure were based in the World Health Organization (WHO) guidelines. Results: ten cases of post-exposure prophylaxis were identified in an age range of 2 to 15 years old, eight within the last two years, and all were imported from endemic countries: Angola, Indonesia, Brazil and China. Nine cases were minor contacts. Transmission occurred through dogs (n = 6), monkeys (n = 3) and bat (n = 1). A five-dose regimen vaccination was proposed in nine and a four-dose in one case; 70% completed the schedule (minimum number of doses = 4). The mean interval between exposure and immunization was 3 days (median = 1). One cutaneous reaction was documented but no serious reactions occurred. Discussion: In a period of 42 months, we had an average of 2.9 cases per year of children with potential rabies exposure in endemic countries. Early prophylaxis was administered to this cohort with no significant adverse effects.Sociedade Portuguesa de Pediatria2019-01-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25754/pjp.2019.12149por2184-44532184-3333Pinto, Patricia LipariSilva, ElisaMarques, José GonçaloMouzinho, Anainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-08-03T02:57:45Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/12149Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:25:26.353273Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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