Autoridades tradicionais, insegurança alimentar e gestão de recursos: Um estudo de caso no Reino Felupe de Suzana (Guiné-Bissau)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/3900 |
Resumo: | Os países africanos, com populações maioritariamente dependentes de uma agricultura de pequena escala persistentemente desvalorizada, têm sido incapazes de garantir a segurança alimentar das suas populações. Esta situação precária foi exponencialmente agravada com a recente crise dos cereais de 2007-2008. Na tentativa de identificar e compreender as estratégias das sociedades rurais africanas para garantir a segurança alimentar e os problemas que à sua volta e em consequência desta crise dos cereais se fizeram e fazem sentir, tornou-se relevante tentar compreender o que está na sua génese, as suas consequências e as formas como as populações mais afectadas lidam com estes fenómenos, designadamente a sociedade Joola-felupe, escolhida como objecto de análise. A maioria das populações rurais em África não participa nem se reconhece nos Estados africanos, modelo importado, ao contrário do que se verifica com as Autoridades Tradicionais. Presentes desde sempre nestas sociedades e tendo sido ao longo do tempo capazes de se adaptar às exigências do momento são, consequentemente, legitimadas pelas suas comunidades como responsáveis pela gestão e manutenção da segurança social comunitária e sua reprodução material e espiritual. Pretende-se, pois, perceber se, na actual realidade, as Autoridades Tradicionais da sociedade em análise deterão ainda a capacidade necessária para gerir de forma sustentável o espaço e os indivíduos de maneira a garantir a segurança alimentar. |
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Autoridades tradicionais, insegurança alimentar e gestão de recursos: Um estudo de caso no Reino Felupe de Suzana (Guiné-Bissau)Segurança alimentar - Food securitySoberania alimentarAutoridades tradicionaisSociedade FelupeOriziculturaFood sovereigntyTraditional authoritiesFelupe societyRice growingSeguridad alimentariaSoberanía alimentariaAutoridades tradicionalesSociedad FelupeRiciculturaOs países africanos, com populações maioritariamente dependentes de uma agricultura de pequena escala persistentemente desvalorizada, têm sido incapazes de garantir a segurança alimentar das suas populações. Esta situação precária foi exponencialmente agravada com a recente crise dos cereais de 2007-2008. Na tentativa de identificar e compreender as estratégias das sociedades rurais africanas para garantir a segurança alimentar e os problemas que à sua volta e em consequência desta crise dos cereais se fizeram e fazem sentir, tornou-se relevante tentar compreender o que está na sua génese, as suas consequências e as formas como as populações mais afectadas lidam com estes fenómenos, designadamente a sociedade Joola-felupe, escolhida como objecto de análise. A maioria das populações rurais em África não participa nem se reconhece nos Estados africanos, modelo importado, ao contrário do que se verifica com as Autoridades Tradicionais. Presentes desde sempre nestas sociedades e tendo sido ao longo do tempo capazes de se adaptar às exigências do momento são, consequentemente, legitimadas pelas suas comunidades como responsáveis pela gestão e manutenção da segurança social comunitária e sua reprodução material e espiritual. Pretende-se, pois, perceber se, na actual realidade, as Autoridades Tradicionais da sociedade em análise deterão ainda a capacidade necessária para gerir de forma sustentável o espaço e os indivíduos de maneira a garantir a segurança alimentar.African countries, with their populations largely dependent on the persistently undervalued small scale agriculture, have been unable to guarantee the food security of their populations. This precarious situation has been exponentially exacerbated by the recent 2007-2008’ cereal crisis. In an attempt to identify and understand the strategies of rural societies in Africa to ensure food security and the problems felt around them and as a result of this cereal crisis, it became important trying to understand what’s in its genesis, its consequences and how those affected populations cope with these phenomena, in particular the Joola-felupe society, the object of analysis in this study. Most rural populations in Africa don’t review themselves in the African State, an imported model, contrary to what happens with the Traditional Authorities. Always present in these societies, they have been able to adapt to each moment in time and, therefore, are legitimated by their communities as responsible for the management and maintenance of the community’s social security and its material and spiritual reproduction. The aim is therefore to understand whether in the current situation and reality, the Traditional Authorities will hold the necessary capacity to sustainably manage the space and the individuals in order to ensure food safety.Los países africanos, con poblaciones dependientes en gran parte de una agricultura de pequeña escala persistentemente desvalorizada, han sido incapaces de garantizar la seguridad alimentaria de sus poblaciones. Esta situación precaria se ha agravado exponencialmente con la crisis de los cereales de 2007-2008. Intentando identificar y comprender las estrategias de las sociedades rurales africanas para garantizar la seguridad alimentaria y los problemas que le rodean, y como consecuencia de esta crisis de los cereales se produjeron y son patentes actualmente, se ha vuelto relevante intentar comprender lo que la origina, sus consecuencias, y las formas como las poblaciones más afectadas lidian con estos fenómenos, todo ello a través de la sociedad Joola-felupe, que se ha elegido como objeto de análisis. La mayoría de las poblaciones rurales en África no participan ni se reconocen en los Estados africanos, modelo importado, al contrario de lo que pasa con las Autoridades Tradicionales. Siempre presentes en estas sociedades han sido a lo largo del tiempo capaces de adaptarse a las exigencias del momento siendo, consecuentemente, legitimadas por las comunidades como responsables por la gestión y manutención de la seguridad social comunitaria y su reproducción material y espiritual. Se pretende entender si, en la realidad actual, las Autoridades Tradicionales de la sociedad en análisis tendrán la capacidad necesaria para gestionar de manera sostenible el espacio y los individuos de manera que garanticen la seguridad alimentaria.2012-10-29T19:06:04Z2010-01-01T00:00:00Z20102010-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/3900porBayan, Lúcia Maria Teixeira Lopes do Rêgoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:59:23Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/3900Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:31:11.259284Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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