Treino intervalado de alta intensidade: Monitorização e efeito entre géneros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bento, André Filipe Paulino da Silva
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.12207/4699
Resumo: Introdução: A literatura reporta várias evidências sobre a eficiência do HIIT. Identificar as respostas específicas entre géneros é importante, procurando proporcionar uma sobrecarga adequada para maximizar os resultados e minimizar a predisposição para a lesão. Com base numa extensa consulta da literatura mais recente (últimos 5 anos), definiu-se como objetivo geral desta investigação verificar o impacto do treino HIIT em indivíduos saudáveis e fisicamente activos. Objectivos: Delinear um programa de treino HIIT sem recurso a ergómetros, com base numa revisão de literatura, que responda ao desafio de monitorizar a intensidade do protocolo e avaliar o seu impacto. Medir o efeito desse protocolo em sujeitos praticantes deste tipo de treino em contexto recreacional, prescrito em função de um teste de esforço progressivo maximal. Materiais e métodos: Algoritmo PUBMED [(hiit) OR ((((((High-Intensity Interval) AND Title/Abstract OR High Intensity Interval) AND Title/Abstract OR High-Intensity Intermittent) AND Title/Abstract OR high intensity intermittent[Title/Abstract])))], que resultou no seguinte protocolo: quatro séries de sete exercícios calisténicos holísticos (4x7x30’’ intervalados com 15’’ de pausa), separadas por 45’’ de pausa. Onze mulheres (35.4±8.3 anos) e nove homens praticantes de HIIT (36.6±8.0 anos) completaram 4 semanas de exercício 3 vezes por semana. Resultados: Verificou-se uma grande heterogeneidade na literatura relativamente aos protocolos HIIT implementados. Estudos sugerem um rácio óptimo work-to-rest de 2:1, sendo a maioria com recurso a ergómetros. Quanto ao efeito do protocolo, apenas as mulheres cumpriram o protocolo (p = .017). Indivíduos com maior tempo de permanência acima de 90% FCVO2máx apresentam maior subida no aptidão cardiorrespiratória (r = .478, p < .05). Apenas as mulheres melhoraram a sua aptidão aeróbia (VO2máx relativo p = .002; VO2máx absoluto z = -2.491; p = .005). Apenas os homens tiveram uma descida estatisticamente significativa (p = .046). Conclusão: Com a ausência de cargas externas, e optando por um protocolo holístico e poliarticular, tornou-se um desafio quantificar a intensidade do trabalho para cada indivíduo. Assim, optou-se pela estratégia do all-out bouts que implicava realizar o maior número de repetições dos exercícios propostos e monitorizar a resposta cardíaca (% FCVO2máx). O efeito do HIIT foi diferente entre géneros. Os resultados significativos traduzem alguma polaridade quanto às principais variáveis, e apresentam ainda diferenças na intensidade volitiva.
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