A qualidade de vida na velhice: indicadores e seu significado para as pessoas idosas numa perspetiva autobiográfica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Stéphanie de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/28424
Resumo: O aumento da esperança média de vida nas sociedades contemporâneas contribuiu para um maior interesse no estudo de indicadores e políticas relacionadas com a qualidade de vida na velhice. Este estudo tem como objetivo articular a exploração das perceções que pessoas idosas têm sobre qualidade de vida com base numa abordagem temporal (passado, presente e futuro) das suas narrativas autobiográficas, com as perspetivas de profissionais e outros atores políticos locais sobre a qualidade de vida na velhice e as políticas implementadas ao nível local. Na presente contribuição, propomo-nos a articular uma abordagem qualitativa da qualidade de vida na velhice, a partir das narrativas autobiográficas de pessoas idosas e de entrevistas semiestruturadas com profissionais e atores políticos locais, a qual possibilita a identificação e aprofundamento de temas, significados e políticas relativos à qualidade de vida na velhice. A amostra é constituída por dois subgrupos: um subgrupo de pessoas idosas, constituído por 10 participantes com idades compreendidas entre os 65 e 76 anos, de ambos os sexos.; e um subgrupo de profissionais e atores políticos locais, constituído por 10 participantes com idades compreendidas entre os 23 e os 56 anos, de ambos os sexos. Os principais resultados sugerem que as pessoas idosas associam a sua qualidade de vida: ao contacto e união com os outros (suporte familiar, relação com os filhos e netos, relação/união conjugal; relação com figuras significativas do passado, relação com amigos ou vizinhos, relação com animais de estimação e perda/ausência da relação); à realização pessoal no passado, presente e futuro (realização profissional, sonhos e expectativas); à participação social /ocupação, à educação /experiências formativas; condições sociais e serviços; saúde; acontecimentos de vida não normativos; autonomia vs. dependência e reforma/rendimento. No passado os temas mais significativos são: a relação com os filhos e netos, o suporte familiar, relação união/conjugal, perda/ausência da relação, realização profissional, educação e experiências formativas; no presente salientam-se: a relação com os filhos e netos, as relações com os animais de estimação, a reforma/rendimento e as condições sociais/ serviços; no futuro: a relação com os filhos e netos; sonhos/expetativas; a autonomia vs. dependência e a saúde. Os profissionais e outros atores locais associam a qualidade de vida da pessoa idosa à participação social/ligação à comunidade ao apoio/serviços; à realização pessoal e expectativas, ao apoio familiar; à autonomia vs. dependência; relações pessoais e contacto com os outros; saúde; e anseios/preocupações. Espera-se que este estudo possa contribuir para uma compreensão mais fundamentada das prioridades a considerar na formulação de políticas sociais e públicas mais adequadas aos valores e necessidades das pessoas idosas.
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Na presente contribuição, propomo-nos a articular uma abordagem qualitativa da qualidade de vida na velhice, a partir das narrativas autobiográficas de pessoas idosas e de entrevistas semiestruturadas com profissionais e atores políticos locais, a qual possibilita a identificação e aprofundamento de temas, significados e políticas relativos à qualidade de vida na velhice. A amostra é constituída por dois subgrupos: um subgrupo de pessoas idosas, constituído por 10 participantes com idades compreendidas entre os 65 e 76 anos, de ambos os sexos.; e um subgrupo de profissionais e atores políticos locais, constituído por 10 participantes com idades compreendidas entre os 23 e os 56 anos, de ambos os sexos. Os principais resultados sugerem que as pessoas idosas associam a sua qualidade de vida: ao contacto e união com os outros (suporte familiar, relação com os filhos e netos, relação/união conjugal; relação com figuras significativas do passado, relação com amigos ou vizinhos, relação com animais de estimação e perda/ausência da relação); à realização pessoal no passado, presente e futuro (realização profissional, sonhos e expectativas); à participação social /ocupação, à educação /experiências formativas; condições sociais e serviços; saúde; acontecimentos de vida não normativos; autonomia vs. dependência e reforma/rendimento. No passado os temas mais significativos são: a relação com os filhos e netos, o suporte familiar, relação união/conjugal, perda/ausência da relação, realização profissional, educação e experiências formativas; no presente salientam-se: a relação com os filhos e netos, as relações com os animais de estimação, a reforma/rendimento e as condições sociais/ serviços; no futuro: a relação com os filhos e netos; sonhos/expetativas; a autonomia vs. dependência e a saúde. Os profissionais e outros atores locais associam a qualidade de vida da pessoa idosa à participação social/ligação à comunidade ao apoio/serviços; à realização pessoal e expectativas, ao apoio familiar; à autonomia vs. dependência; relações pessoais e contacto com os outros; saúde; e anseios/preocupações. Espera-se que este estudo possa contribuir para uma compreensão mais fundamentada das prioridades a considerar na formulação de políticas sociais e públicas mais adequadas aos valores e necessidades das pessoas idosas.The increasing life expectancy in contemporary societies has substantially contributed to a greater interest in the study of indicators and policies related to quality of life in later life. This study aims to explore the perceptions that older persons have about quality of life, based on a temporal approach of their autobiographical narratives (past, present and future). In the present contribution, we propose to articulate a qualitative approach, based on autobiographical narratives of older persons and semi-structured interviews with professionals and local political actors which will enable the identification and deepening of themes, meanings, and policies related to the quality of life in later life. The sample consists of two subgroups: a subgroup of elderly people consisting of 10 participants aged between 65 and 76 years, of both sexes; and a subgroup of local practitioners and political actors, consisting of 10 participants, aged 23 to 56, of both sexes. The main results suggest that older persons associate their quality of life with: contact and union with others (family support, relationship with children and grandchildren, relationship/marital union; relationship with significant figures of the past, relationship with friends or neighbors; relationship with pets; loss/absence of relationship); personal achievement in the past, present and future (professional achievement, dreams and expectations); social participation/occupation; education/training experiences; social conditions and services; non-normative life events; autonomy vs. dependency and retirement/income. In the past the most significant themes are: relationship with children and grandchildren, family support, marriage / marital relationship, loss/absence of relationship, professional fulfillment, education and formative experiences. In the present, the following themes are highlighted: the relationship with children and grandchildren, relationships with pets, retirement/income and social conditions/ services: In the future: the relationship with children and grandchildren; dreams /expectations; autonomy vs. addiction and health. Professionals and other local actors associate older people's quality of life with social participation/community connection; support/services; personal achievement and expectations, family support; autonomy vs. dependency; personal relationships and contact with others; and concerns. It is expected that this study can contribute to a more grounded understanding of the priorities to consider in formulating social and public policies that are more accurate to the values and needs of older persons.2020-05-07T16:30:59Z2019-12-19T00:00:00Z2019-12-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/28424porAlmeida, Stéphanie deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:54:59Zoai:ria.ua.pt:10773/28424Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:00:58.636906Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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