Tempos anormais e novas fantasias. Novas tendências em direitos humanos, justiça e educação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.21814/rpe.7730 |
Resumo: | Depois de caraterizar os tempos atuais como tempos anormais, com a criação, pela ideologia mercantil, de novas fantasias, que prometem o céu na terra em termos de bem-estar, realização pessoal e de justiça, o autor percorre o terreno dos direitos humanos, da justiça, da educação e da escola,no sentido de desocultar novas interpretações, novos mitos, novas anormalidades que estão emergindo no seu interior, congruentes com o metabolismo do mercado, entendido este como metonímia do capitalismo global. Dentro desta visão, os direitos são encarados numa perspetiva de"multiuso", que os torna reorganizáveis a bel-prazer das exigências e das racionalidades dominantes da economia; do mesmo modo, a justiça tende a ser interpretada numa linha individualista e eficientista, ou seja, como um fator que contribui eficientemente para o equilíbrio das trocas comerciais e para a manutenção do equilíbrio da balança social. Por fim, a educação deve constituir-se num subsetor da economia, com uma formatação funcionalista ao serviço das necessidades sociais e económicas originárias do mundo mercantil. |
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Tempos anormais e novas fantasias. Novas tendências em direitos humanos, justiça e educaçãoTemps anormaux et nouvelles fantaisies. Les nouvelles tendances en matière de droits humains, de la justice et de l'éducationTempos anormais e novas fantasias. Novas tendências em direitos humanos, justiça e educaçãoArtigosDepois de caraterizar os tempos atuais como tempos anormais, com a criação, pela ideologia mercantil, de novas fantasias, que prometem o céu na terra em termos de bem-estar, realização pessoal e de justiça, o autor percorre o terreno dos direitos humanos, da justiça, da educação e da escola,no sentido de desocultar novas interpretações, novos mitos, novas anormalidades que estão emergindo no seu interior, congruentes com o metabolismo do mercado, entendido este como metonímia do capitalismo global. Dentro desta visão, os direitos são encarados numa perspetiva de"multiuso", que os torna reorganizáveis a bel-prazer das exigências e das racionalidades dominantes da economia; do mesmo modo, a justiça tende a ser interpretada numa linha individualista e eficientista, ou seja, como um fator que contribui eficientemente para o equilíbrio das trocas comerciais e para a manutenção do equilíbrio da balança social. Por fim, a educação deve constituir-se num subsetor da economia, com uma formatação funcionalista ao serviço das necessidades sociais e económicas originárias do mundo mercantil.After characterizing the current times as abnormal times, with the creation, by the ideology of the market, of new fantasies that promise heaven on earth interms of well-being, personal fulfillment and justice, the author makes an incursion in the land of human rights, justice, education and school, in order tounveil new interpretations, new myths, new abnormalities that are emerging within it, congruent with the market, understood as metonymy of global capitalism. In this view, rights are seen from a "multiuse" perspective, which makes them "malleable" at will and at the demands of the dominant rationality of the economy; likewise, justice tends to be construed from an individualistic and efficiency perspective, that is, as a factor that effectively contributes to the balance of trade and for maintaining the evenness of the social balance.Finally, education should constitute a sub-sector of the economy, with a functionalist format at the service of social and economic needs that come from the mercantile world.Après avoir caractérisé les temps actuels comme anormaux, avec la création,à travers de lidéologie mercantile, de nouvelles fantaisies qui promettent le ciel sur terre du point de vue du bien-être, de la réalisation personnelle et de la justice, l'auteur fait le tour sur les droits de l'homme, la justice, l'éducation et l'école à fin de mettre à jour de nouvelles interprétations, de nouveaux mythes,de nouvelles anormalités qui y surgissent, compatibles avec le métabolisme du marché, compris comme une métonymie du capitalisme global. Selon cepoint de vue, les droits sont considérés dans une perspective de"multifonction", qui les rend réorganisables au beau plaisir des exigences et des pensées dominantes de l'économie; de la même façon, la justice atendance à être interprétée sous une philosophie individualiste et d'efficacité, c'est à dire, comme un facteur qui contribue efficacement à l'équilibre des échanges commerciaux et à la manutention de l'équilibre de la balance sociale; finalement, l'éducation doit s'assumer comme un sous-secteur del'économie, avec une formatation fonctionnelle au service des besoins sociaux et économiques originaires du monde mercantile.Instituto de Educação - Universidade do Minho2015-12-04T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.21814/rpe.7730por2183-04520871-9187Estêvão, Carlos Vilarinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-06T09:37:14Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/7730Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:35:44.327406Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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