Nos interstícios do subcampo: Autoedição e empreendedorismo em músicos folk em Portugal no século XXI
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/31355 |
Resumo: | Este artigo aborda as práticas e valores de um conjunto de músicos em autoedição, dentro do universo peculiar da música popular de matriz rural em Portugal, no contexto das duas últimas décadas em que a produção de música sofre o impacto dos fenómenos de digitalização e desintermediação. Tomando como âncoras teóricas as teses de Bourdieu e de Becker sobre campos de produção cultural e mundos artísticos, respetivamente, bem como estudos recentes em torno das culturas musicais DIY (do-it-yourself), caracterizadas pela adesão a um conjunto de práticas e valores autónomos em relação aos circuitos dominantes de produção de música, e recorrendo a entrevistas semidirigidas a uma amostra de músicos, procuramos compreender o sentido das suas práticas em relação à edição e à sua articulação com outras atividades que desenvolvem para a disseminação da sua produção musical. Concluímos que a adesão a modos DIY de produção e distribuição de música nestes músicos, embora seja evidente em muitos casos, não é total ou incondicional, seja pelas ligações mais institucionais dentro de um subcampo de produção de música popular, seja pelas vantagens que muitos ainda encontram em estabelecer parcerias com editoras e distribuidoras. |
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Nos interstícios do subcampo: Autoedição e empreendedorismo em músicos folk em Portugal no século XXISubcampo de produção musicalMúsica popular de matriz ruralAutoediçãoEmpreendedorismo -- EntrepreneurshipDIYSubfield of music productionRural folk musicSelf-publishingSous-champ de la production musicaleMusique folk ruraleAutoéditionEntrepreneuriatSubcampo de producción musicalMúsica folk ruralAutoediciónEmprendimientoEste artigo aborda as práticas e valores de um conjunto de músicos em autoedição, dentro do universo peculiar da música popular de matriz rural em Portugal, no contexto das duas últimas décadas em que a produção de música sofre o impacto dos fenómenos de digitalização e desintermediação. Tomando como âncoras teóricas as teses de Bourdieu e de Becker sobre campos de produção cultural e mundos artísticos, respetivamente, bem como estudos recentes em torno das culturas musicais DIY (do-it-yourself), caracterizadas pela adesão a um conjunto de práticas e valores autónomos em relação aos circuitos dominantes de produção de música, e recorrendo a entrevistas semidirigidas a uma amostra de músicos, procuramos compreender o sentido das suas práticas em relação à edição e à sua articulação com outras atividades que desenvolvem para a disseminação da sua produção musical. Concluímos que a adesão a modos DIY de produção e distribuição de música nestes músicos, embora seja evidente em muitos casos, não é total ou incondicional, seja pelas ligações mais institucionais dentro de um subcampo de produção de música popular, seja pelas vantagens que muitos ainda encontram em estabelecer parcerias com editoras e distribuidoras.This article addresses the practices and values of a sample of self-edited musicians, within the peculiar universe of rural folk music in Portugal, in the context of the last two decades in which music production has suffered the impact of the phenomena of digitalization and disintermediation. Taking as theoretical anchors the theses of Bourdieu and Becker on the fields of cultural production and artistic worlds, respectively, as well as recent studies on DIY (do-it-yourself) musical cultures, characterized by an adherence to a set of practices and values which are autonomous in relation to the dominant circuits of music production, and using semi-directed interviews with a sample of musicians, we aim to understand the meaning of their practices in relation to publishing and its articulation with other activities which they develop to disseminate their music. We conclude that adherence to DIY modes of music production and distribution among these musicians, although evident in many cases, is not total or unconditional, either due to more institutional connections within a subfield of popular music production, or due to the advantages that many still find in establishing partnerships with labels and distributors.Cet article aborde les pratiques et les valeurs d’un groupe de musiciens auto-édités, au sein de l’univers particulier de la musique folk rurale au Portugal, pendant les deux premières décennies du XXème siècle, alors que la production musicale a subi l’impact des phénomènes de digitalisation et de désintermédiation. Nous prenons comme ancrages théoriques les thèses de Bourdieu et Becker sur la production culturelle et les mondes de l’art respectivement, ainsi que les études récentes autour des cultures musicales DIY (do-it-yourself), caractérisées par l’adhésion à un ensemble de pratiques et de valeurs autonomes face aux circuits dominants de production musicale. À partir d’entretiens semi-dirigés auprès d’un échantillon de musiciens, nous cherchons à comprendre le sens de leurs pratiques d’édition, ainsi que l’articulation avec d’autres activités qu’ils développent pour diffuser leur musique. Nous concluons que l’adhésion à des modes de production et de distribution musicales DIY, bien qu’évidente dans de nombreux cas, n’est pas totale ni inconditionnelle: soit en raison de liens plus institutionnels au sein d’un sous-champ de la production musicale populaire; soit en raison des avantages que beaucoup d’entre eux trouvent dans l’établissement de partenariats avec des éditeurs et des distributeurs officiels.Este artículo aborda las prácticas y valores de un grupo de músicos autoeditados, dentro del peculiar universo de la música folk rural en Portugal, en el contexto de las últimas dos décadas en las que la producción musical ha sufrido el impacto de los fenómenos de digitalización y desintermediación. Tomando como anclajes teóricos las tesis de Bourdieu y Becker sobre los campos de la producción cultural y los mundos artísticos, respectivamente, así como estudios recientes en torno a las culturas musicales DIY (do-it-yourself), caracterizadas por la adhesión a un conjunto de prácticas y valores autónomos en relación con los circuitos dominantes de producción musical, y mediante entrevistas semidirigidas a una muestra de músicos, buscamos comprender el significado de sus prácticas en relación con la edición y su articulación con otras actividades que desarrollan para difundir su música. Concluimos que la adhesión a modos DIY de producción y distribución musical entre estos músicos, aunque evidente en muchos casos, no es total o incondicional, ya sea debido a más conexiones institucionales dentro de un subcampo de la producción de música popular, o debido a las ventajas que muchos todavía estableciendo asociaciones con editores y distribuidores.Editora Mundos Sociais2024-03-14T12:17:39Z2023-01-01T00:00:00Z2023info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10071/31355por0873-6529https://doi.org/10.7458/SPP202310329213Nunes, Pedro Belchiorinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-17T01:17:27Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/31355Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T04:01:43.724589Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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