Uniformização de dados digitais — “Digital Format Data”: vantagens e aplicação na prática geotécnica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, Beatriz Cunha
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/21336
Resumo: A presente dissertação foca‐se na importância da uniformização e digitalização dos dados geotécnicos. O AGS é o formato de transferência de dados mais desenvolvido e o mais aceite no mercado. Foi adotado em vários países como a Nova Zelândia, Austrália, Alemanha, Grécia e Hong Kong, entre outros. Este formato foi criado pela ‘Association of Geotechnical and Geoenvironmental Specialists’ (Associação de Especialistas de Geotecnia e Geoambiente, AGS) que reconheceu a falta de uniformização na partilha de dados geotécnicos entre empresas e instituições. Este formato foi desenvolvido pela primeira vez no Reino Unido em 1992, e passou por melhorias significativas ao longo dos últimos 30 anos. A digitalização de dados geotécnicos é geralmente apresentada em ficheiros “tipo pdf” que impossibilitam a integração e manuseamento dos dados. Deste modo, os dados são considerados apenas informação, uma vez que para o serem realmente usados deverão ter a capacidade imediata de incorporação e manipulação. O AGS estabelece um padrão para transferência de dados geotécnicos para as investigações in situ e atividades relacionadas à realização de qualquer projeto geotécnico, ou seja, com sondagens, ensaios laboratoriais e de campo, e dados de monitorização. O formato apresenta um Dicionário de dados bem definido, uma nomenclatura consistente, aplica normas como ASTM, BS, ISRM e o Eurocódigo que facilitam e incentivam a sua utilização, como também, a capacidade de manipulação de elevado volume de dados e construção de bases de dados. O AGS possui Grupos de dados que contêm uma série de rubricas, tanto os grupos como as rubricas são selecionados de acordo com elementos específicos que são obtidos durante uma investigação. Esta dissertação analisa o conjunto de grupos LOCA, as especificidades do formato AGS e a sua aplicação num caso prático de prospeção geotécnica com a seleção de grupos e rubricas para a introdução de dados de ensaios SPT, CPTU e DPSH, descrições geológicas e recolha de amostras. A aplicação do AGS para a uniformização de transferência de dados geotécnicos será no futuro incontornável e imprescindível para a internacionalização das empresas portuguesas, sobretudo nos mercados anglosaxónicos.
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A digitalização de dados geotécnicos é geralmente apresentada em ficheiros “tipo pdf” que impossibilitam a integração e manuseamento dos dados. Deste modo, os dados são considerados apenas informação, uma vez que para o serem realmente usados deverão ter a capacidade imediata de incorporação e manipulação. O AGS estabelece um padrão para transferência de dados geotécnicos para as investigações in situ e atividades relacionadas à realização de qualquer projeto geotécnico, ou seja, com sondagens, ensaios laboratoriais e de campo, e dados de monitorização. O formato apresenta um Dicionário de dados bem definido, uma nomenclatura consistente, aplica normas como ASTM, BS, ISRM e o Eurocódigo que facilitam e incentivam a sua utilização, como também, a capacidade de manipulação de elevado volume de dados e construção de bases de dados. O AGS possui Grupos de dados que contêm uma série de rubricas, tanto os grupos como as rubricas são selecionados de acordo com elementos específicos que são obtidos durante uma investigação. Esta dissertação analisa o conjunto de grupos LOCA, as especificidades do formato AGS e a sua aplicação num caso prático de prospeção geotécnica com a seleção de grupos e rubricas para a introdução de dados de ensaios SPT, CPTU e DPSH, descrições geológicas e recolha de amostras. A aplicação do AGS para a uniformização de transferência de dados geotécnicos será no futuro incontornável e imprescindível para a internacionalização das empresas portuguesas, sobretudo nos mercados anglosaxónicos.This dissertation focuses on the importance of standardisation and digitisation of geotechnical data. AGS is the industry’s most widely developed and accepted data transfer format. It has been adopted in several countries, including New Zealand, Australia, Germany, Greece, and Hong Kong. This format was created by the Association of Geotechnical and Geoenvironmental Specialists (AGS), which recognized the lack of standardization in sharing geotechnical data between companies and institutions. This format was first developed in the United Kingdom in 1992 and has significantly improved over the past 30 years. However, the digitalization of geotechnical data is usually presented in “pdf‐type” files, making it impractical to integrate and handle the data. In this way, data is considered only information since, to be used, it must have the immediate capability to be incorporated and manipulated. The AGS sets a standard for geotechnical data transfer for in‐situ investigations and activities related to the realization of any geotechnical project, i.e., with boreholes, laboratory tests and monitoring data. The format presents a welldefined data Dictionary and a consistent nomenclature and applies standards like ASTM, BS, ISRM and Eurocode that facilitate and encourage its use, as well as the ability to manipulate large volumes of data and build databases. The AGS has Data Groups containing several headings; both groups and headings are selected according to specific elements obtained during an investigation. This dissertation analyses the LOCA group set, the specificities of the AGS format and its application in a practical case of geotechnical exploration with the selection of groups and headings for inputting data from SPT, CPTU and DPSH tests, geological descriptions, and sample collection. The application of the AGS for the standardization of geotechnical data transfer will, in the future, be inevitable and crucial for the internationalization of Portuguese companies, especially in Anglo‐Saxon markets.Chaminé, Helder Gil Iglésias de OliveiraRepositório Científico do Instituto Politécnico do PortoCruz, Beatriz Cunha20222025-11-14T00:00:00Z2022-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.22/21336TID:203112270porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-13T13:17:10Zoai:recipp.ipp.pt:10400.22/21336Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:41:24.327746Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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