Abordagem espacial preliminar do sítio Algar da Água, Alvaiázere, distrito de Leiria, Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Peixe, Alexandre Roberto
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/28582
Resumo: O presente trabalho trata das práticas e experiências adquiridas durante a escavação, realizada em 2017 e 2018, nas primeiras intervenções arqueológicas no Algar da Água, localizado em Alvaiázere, no distrito de Leiria, como parte do projeto MEDICE – Memórias, Dinâmicas e Cenários da Pré-história à Época Clássica. A escolha do local deu-se pelo seu relevante interesse arqueológico, destacado ainda pela presença de arte rupestre proto-histórica. A finalidade da intervenção era compreender o estado de preservação do sítio e dos níveis de ocupação existentes. O levantamento da arte rupestre, resultou no registo de 44 painéis. As quadrículas foram definidas com 2m2 cada. O processo intrusivo da intervenção foi aplicado em 15 quadrículas na extremidade sul e este da gruta. As quadrículas foram definidas com 2m2 cada. Os vestígios de interesse arqueológico recuperados totalizaram 370 fragmentos cerâmicos de diversos períodos entre a pré/proto-história e a época Clássica/Medieval, dez artefactos líticos pré e proto-históricos e seis artefactos de metal, dentre eles, uma fivela de metal da época Clássica, além de variado material arque zoológico. O sítio revelou ainda três estruturas de lareira, integradas da Pré/Proto-história à época Clássica/Medieval. As analogias entre as cerâmicas do período mais antigo com as de outros sítios da região datados da pré ou proto-história, bem como a fivela, semelhante àquela encontrada na Gruta do Bacelinho, indica a existência de pelo menos dois períodos distintos de ocupação. Ainda que os resultados obtidos sejam preliminares e não apresentem um panorama completo da ocupação do sítio estes dois períodos em que a cavidade terá sido usada com maior frequência, intercalados com um intervalo de inutilização entre a proto-história e o período romano tardio, demonstram que o Algar da Água fazia parte da paisagem humana da área. A cultura material recuperada indica que a ocupação mais antiga teria uma importância mais ligada à aspetos rituais, como ocorre em diversas outras grutas estudadas no Alto Ribatejo, uma vez que ainda que não tenham sido atingidos estes níveis registamos nos níveis superiores o aparecimento de um pequeno fragmento de mandibula, com um dente humano de uma criança. Já a ocupação mais recente teria um caráter mais prático e quotidiano provavelmente utilizado como uma zona de abrigo e refúgio
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