Ambivalência(s) da adolescência e a importância do médico de família: um relato de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Magalhães,Ana Rita
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Penetra,Joana Montenegro, Domingues,Ana Catarina, Letra,Ana, Neto,Maria Glória, Martins,Nicoleta
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732020000200009
Resumo: Introdução: O médico de família (MF), além de estar apto a abordar as problemáticas mais prevalentes da adolescência, deve ainda promover a participação ativa e responsável do adolescente nas questões de saúde, fundamentando a sua ação numa intervenção individualizada e na confidencialidade. A consciência da orientação sexual, no caso da homossexualidade, surge normalmente no período da adolescência, podendo envolver um período de confusão e dúvida. A discriminação e os estereótipos associados ainda marcam muito quem se vê confrontado com a sua orientação sexual. Descrição do caso: Sexo masculino, 16 anos, consulta de vigilância de saúde a pedido da mãe que, dias antes, procura os elementos da equipa por noção de isolamento, tristeza e receio de problema psicológico grave com o filho. Durante abordagem conhecida pelo acrónimo HEEADSSS, sozinho, surge a dúvida sobre a própria sexualidade, admitindo pensar ser homossexual, com inúmeros receios, ambivalências e vergonha acerca deste assunto, que o têm levado a afastar-se da família, grupo de amigos e colegas. As dúvidas relacionadas com o futuro escolar e profissional também o deixam preocupado, sentindo-se sozinho num mundo com o qual não se identifica. Escuta ativa e confidencialidade, desmistificação de algumas temáticas e disponibilidade para consultas, assim como encaminhamento para consulta de psicologia fazem parte do plano conjunto centrado no adolescente, que apresenta franca melhoria do humor e motivação. Comentário: As dúvidas relativas à orientação sexual podem ser devastadoras no período da adolescência, condicionando isolamento, autoculpabilização e vergonha. O MF ocupa uma posição que favorece a deteção precoce e esclarecimento das questões relacionadas com a sexualidade, permitindo assim um crescimento e desenvolvimento saudáveis, em termos físicos, psicológicos e sociais.
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