Estudos experimentais de fluidos reoespessantes

• Autor(a) principal: Rocha, Ana Rita Santos
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/35949
• topic: Fluídos reoespessantes; Compósitos verdes; Viscosidade; Cortiça; Resistência ao impacto; Proteções de segurança

Os fluidos reoespessantes são um tipo de fluidos cuja viscosidade aumenta consideravelmente quando sujeitos a uma carga exterior. O estudo destes fluidos tem se desenvolvido bastante nos últimos anos, de maneira a que uma das suas potenciais aplicações em engenharia é o desenvolvimento de amortecedores e de compósitos absorvedores de energia de impacto. Com base nas necessidades de desenvolvimento sustentável globais, é cada vez mais crucial a busca de materiais sustentáveis e o seu emprego em diversos tipos de aplicações, substituindo recursos não renováveis. Nesta perspetiva, a dissertação segue no âmbito do estudo experimental de fluidos reoespessantes. Isto traduziu-se no levantamento de fluidos já existentes na literatura, juntamente com a formulação de novos compósitos verdes aprimorados pelos mesmos, avaliando as suas propriedades reológicas. Assim, pretendeu-se garantir a utilização de materiais com menor impacto ambiental, que garantam identicamente a segurança associada a aplicações de proteção e de absorção de energia. O tema foi estudado através da componente experimental, com a realização de testes dinâmicos e estáticos. Após a formulação dos novos compósitos verdes que juntam cortiça com fluidos reoespessantes, avançou-se para a parte experimental. Esta foi executada por meio da utilização de uma torre de queda para testes de impacto, onde foram realizados ensaios de maneira a observar os danos causados e a obter valores da energia absorvida pelas amostras. Seguidamente foram realizados testes quasi-estáticos dos quais foram obtidos os valores necessários para se finalizar a caracterização mecânica dos compostos. Os ensaios realizados permitiram concluir que quando a percentagem de fluido existente na amostra é superior a 20%, ocorre uma desaglomeração da mesma, fazendo com que os resultados sejam pouco interessantes e viáveis. Por outro lado, as amostras cuja percentagem de fluido é inferior à referida anteriormente apresentaram bons resultados, capazes de aguentar multi-impactos e cargas. Concluiu-se que apesar da impregnação de fluido na cortiça levar a uma diminuição da energia absorvida, permite uma possível alteração das suas propriedades mecânicas e, por consequência, uma adaptação desta a fins específicos.