As mortes-doenças evitáveis, como expressão de genocídio?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tognoni, Gianni
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/1100
Resumo: A palavra-chave pela qual se pode começar é «evitável», uma vez que permite definir o problema de modo muito sintético: a saúde, ou seja, o viver, o adoecer e o morrer já não são, hoje em dia, expressão de um destino evolutivo «natural», mas de um produto que é medido, previsto e programado pelos processos de decisão da sociedade. O «direito humano» à fruição da saúde torna-se, cada vez mais, uma variável dependente do modo como a saúde-pública (a tecnologia e a política que se ocupa da gestão da «implementação do que pode garantir o direito à saúde») é interpretada, decidida e administrada pela sociedade, como qualquer outro âmbito da economia, da política e do mercado. Os dados concretos afirmam, sem qualquer dúvida, que a maioria dos problemas de saúde-cuidados de saúde não estão relacionados com falta de conhecimento mas com problemas de acesso a soluções que são perfeitamente acessíveis. As mortes-doenças que afectam grande parte do mundo são, de facto, «evitáveis». Se, ano após ano, esta evitabilidade não se tornar realidade, é lícito, ou obrigatório, perguntarmo-nos, se e a que nível existem responsabilidades? Existem qualificações adequadas para esta responsabilidade que está relacionada com um dos «direitos humanos»?
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