Análise do Sinal Eletroencefalográfico e dos Índices de Conforto Térmico: Caso Prático
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/11282 |
Resumo: | O conforto térmico é definido como uma condição mental que expressa a satisfação com as condições térmicas e que é avaliada de forma subjetiva pelo indivíduo. A sensação de conforto térmico depende de alguns parâmetros como a temperatura do ar, temperatura média radiante, velocidade do ar e humidade relativa. No entanto, quando estes parâmetros atingem valores extremos para o ser humano podem acarretar problemas fisiológicos, torna-se assim pertinente avaliar de que forma é que o conforto térmico influencia o sinal eletroencefalográfico (EEG), a frequência cardíaca e a variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Neste sentido, o presente estudo tem como objetivo analisar e relacionar a resposta eletroencefalográfica, a frequência cardíaca e a variabilidade da frequência cardíaca (VFC), e os índices de conforto térmico, nomeadamente o índice PMV (Predicted Mean Vote), PPD (Predicted Percentage Dissatisfied) e WBGT (Wet Bulb Globe Temperature), assim como analisar as respostas fisiológicas à aclimatação. Desta forma, adotou-se uma metodologia de ensaio que consistiu na realização de duas sessões com ambientes térmicos diferentes, uma com um ambiente quente e outra com um ambiente confortável, que contaram com a participação de cinco voluntários. Os resultados do presente estudo indicam que as condições térmicas, caracterizadas através dos índices de conforto térmico calculados neste estudo, como sejam os índices de PMV, PPD e WBGT, tiveram alguma influência na amplitude do EEG, na frequência cardíaca e na VFC. Verificou-se que amplitudes mais elevadas das ondas Alfa, Beta e Gama, e das métricas cognitivas Engagement e Attention Control foram predominantes na sessão em que os índices de conforto térmico indicavam um ambiente térmico confortável. O mesmo aconteceu com a variabilidade da frequência cardíaca. No que diz respeito à amplitude da onda Delta, e à frequência cardíaca, estas apresentaram valores superiores quando os índices de PMV, PPD e WBGT indicaram desconforto, correspondendo, neste caso, a um ambiente quente. Em relação à atividade da onda Teta e da métrica cognitiva Mental Attentiveness, não se conseguiu observar uma relação com os índices de conforto térmico. Quanto à aclimatação, confirmou-se que foi diferente nos dois ambientes e a resposta à aclimatação foi mais oscilatória no ambiente confortável. Espera-se assim, que este projeto, possa contribuir para o conhecimento e compreensão do tema em estudo, e ainda incentivar a continuação de trabalhos nesta área. |
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Análise do Sinal Eletroencefalográfico e dos Índices de Conforto Térmico: Caso PráticoAclimataçãoConforto TérmicoEegFrequência CardíacaPmvPpdVfcWbgtDomínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::BioengenhariaO conforto térmico é definido como uma condição mental que expressa a satisfação com as condições térmicas e que é avaliada de forma subjetiva pelo indivíduo. A sensação de conforto térmico depende de alguns parâmetros como a temperatura do ar, temperatura média radiante, velocidade do ar e humidade relativa. No entanto, quando estes parâmetros atingem valores extremos para o ser humano podem acarretar problemas fisiológicos, torna-se assim pertinente avaliar de que forma é que o conforto térmico influencia o sinal eletroencefalográfico (EEG), a frequência cardíaca e a variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Neste sentido, o presente estudo tem como objetivo analisar e relacionar a resposta eletroencefalográfica, a frequência cardíaca e a variabilidade da frequência cardíaca (VFC), e os índices de conforto térmico, nomeadamente o índice PMV (Predicted Mean Vote), PPD (Predicted Percentage Dissatisfied) e WBGT (Wet Bulb Globe Temperature), assim como analisar as respostas fisiológicas à aclimatação. Desta forma, adotou-se uma metodologia de ensaio que consistiu na realização de duas sessões com ambientes térmicos diferentes, uma com um ambiente quente e outra com um ambiente confortável, que contaram com a participação de cinco voluntários. Os resultados do presente estudo indicam que as condições térmicas, caracterizadas através dos índices de conforto térmico calculados neste estudo, como sejam os índices de PMV, PPD e WBGT, tiveram alguma influência na amplitude do EEG, na frequência cardíaca e na VFC. Verificou-se que amplitudes mais elevadas das ondas Alfa, Beta e Gama, e das métricas cognitivas Engagement e Attention Control foram predominantes na sessão em que os índices de conforto térmico indicavam um ambiente térmico confortável. O mesmo aconteceu com a variabilidade da frequência cardíaca. No que diz respeito à amplitude da onda Delta, e à frequência cardíaca, estas apresentaram valores superiores quando os índices de PMV, PPD e WBGT indicaram desconforto, correspondendo, neste caso, a um ambiente quente. Em relação à atividade da onda Teta e da métrica cognitiva Mental Attentiveness, não se conseguiu observar uma relação com os índices de conforto térmico. Quanto à aclimatação, confirmou-se que foi diferente nos dois ambientes e a resposta à aclimatação foi mais oscilatória no ambiente confortável. Espera-se assim, que este projeto, possa contribuir para o conhecimento e compreensão do tema em estudo, e ainda incentivar a continuação de trabalhos nesta área.Thermal comfort is defined as a mental condition that expresses satisfaction with thermal conditions and that is assessed subjectively by the individual. The sensation of thermal comfort depends on some parameters such as air temperature, average radiant temperature, air speed and relative humidity, however when these parameters reach extreme values for humans, they can cause physiological problems, therefore the evaluation of how thermal comfort influences the electroencephalographic signal being pertinent (EEG). Consequently, the present study aims to compare the electroencephalographic response, heart rate and heart rate variability with the thermal comfort indexes, namely the PMV (Predicted Mean Vote), PPD (Predicted Percentage Dissatisfied) and WBGT (Wet Bulb Globe Temperature) index and observe the physiological responses to acclimatization. Thus, a test methodology was adopted that consisted of recreating two sessions with different thermal environments, one with a warm environment and another with a comfortable environment, with the participation of five volunteers. The results of the present study suggest the thermal comfort markers under study, such as the PMV, PPD and WBGT indices, have an influence on the amplitude of the EEG, heart rate and heart rate variability. It was found that higher amplitudes of the Alpha, Beta and Gamma wave, and of the cognitive metrics Engagement and Attention Control were predominant in the session in which the thermal comfort indexes indicated a comfortable thermal environment. The same happened with heart rate variability. Regarding the Delta amplitude and the heart rate, these showed higher values when the PMV, PPD and WBGT indices indicated discomfort, corresponding, in this case, to a warm environment. Regarding the activity of the Theta wave and the cognitive metric Mental Attentiveness, it was not possible to observe a relationship with the thermal comfort index. It was concluded that the response to acclimatization was more oscillatory in the comfortable environment. Thus, it is hoped that this project can contribute to another step in the knowledge and understanding of the subject under study and encourage the continuation of work in this area.Pires, Luis Carlos CarvalhoGouveia, Ana Isabel Antunes Dias RodriguesuBibliorumMarques, Ana Catarina Silva2021-11-12T16:52:24Z2021-04-162021-02-022021-04-16T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/11282TID:202786030porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:53:43Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/11282Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:51:06.913383Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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