Agualva, 2009!: vivências de uma cheia e atribuições de responsabilidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.3/3111 |
Resumo: | Dissertação de Mestrado, Engenharia do Ambiente, 12 de Junho de 2014, Universidade dos Açores. |
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Agualva, 2009!: vivências de uma cheia e atribuições de responsabilidadeAlterações ClimáticasCatástrofes NaturaisClimaRisco AmbientalAgualva (Açores)Dissertação de Mestrado, Engenharia do Ambiente, 12 de Junho de 2014, Universidade dos Açores.Esta investigação procura identificar os condicionantes de eventos meteorológicos extremos na freguesia da Agualva, ilha Terceira, Açores, estimar a sua probabilidade de ocorrência, evidenciar as principais vulnerabilidades da freguesia e apreender o modo como estas situações são avaliadas pela população, visando promover uma modificação de práticas que possibilite gerir e atuar de modo mais eficaz perante fenómenos desta natureza. O estudo dividiu-se em duas fases. Na primeira fase, procedeu-se ao levantamento do registo de eventos extremos desta natureza, que tenham ocorrido nessa localidade e ao nível ilha, e na segunda fase, entrevistaram-se cidadãos afetados por um evento pontual, bem como peritos, órgãos do poder local e municipal. Os resultados sugerem que, com base nos 500 anos em análise, enquanto a probabilidade de ocorrência de um evento atmosférico extremo noutra freguesia da ilha Terceira é de apenas 2,7%, na freguesia da Agualva é de 33%, o que significa que o potencial de risco nessa localidade é muito maior do que noutra localidade da ilha. Da análise das entrevistas, foi possível concluir que a maioria dos cidadãos entrevistados consideram que o evento ocorrido em 2009 na freguesia da Agualva foi muito grave e que a sua causalidade foi a força da natureza, tem consciência que poderá voltar a ocorrer um evento desse tipo, devido à orografia do terreno e também por não ter sido um acontecimento isolado. Quanto à controlabilidade, é uma relação entre a incerteza e a vulnerabilidade social, contudo para os entrevistados não se pode controlar uma ocorrência desta natureza. No que se refere à gestão do risco, no período antecedente conseguem identificar os fatores de risco, mas o conhecimento sobre o mesmo não existe, fazendo com que reajam apenas depois do evento. Já no período de ocorrência do evento, reconhecem a existência da coordenação das entidades e autoridades como positiva daí depositarem muita confiança nas mesmas, enquanto no período sucedente ao evento, os cidadãos manifestam um discurso preventivo com a implementação de medidas de reforço de infraestruturas. Finalmente no período pós-catástrofe os cidadãos sentem segurança perante as obras de requalificação que já foram implementadas, contudo sugerem a fiscalização mais regular com aplicação de coimas elevadas, com o objetivo de sancionar a população que apresenta comportamentos anti-ambientais. É de realçar o papel da proteção civil na gestão da catástrofe, uma vez que foi a entidade coordenadora das demais entidades. O trabalho dos agentes sociais, quer assistentes sociais como voluntários, foi eficaz e reconhecido por todos os cidadãos entrevistados. Tanto as autoridades como as entidades que estiveram a prestar auxilio à população, veem da parte dos cidadãos depositado um elevado grau de confiança, devido à sua prestação imediata.ABSTRACT: This research seeks to identify the determinants of extreme meteorological events in Agualva parish, Terceira Island, Azores, estimate its probability of occurrence, point out parish’s main vulnerabilities and capture the way these situations are assessed by the population in order to promote a change of practices and enable a more effective management of such phenomena. The study was divided into two phases. In the first phase, records of extreme events of this kind, occurred at the parish and island level, were collected. In the second phase, one-off event affected citizens, as well as, experts, local and municipal authorities were interviewed. Results suggest that, based on the 500 years analyzed, the probability of occurrence of an atmospheric extreme event in another parish of the island is only of 2.7% while in Agualva is 33% which means that the potential risk in that parish is much greater than in another location of the island. From the analysis of the interviews it was possible to conclude that most citizen interviewees consider that the event, occurred in Agualva in 2009, was a very serious one, it was caused by the force of nature and believe these kind of events can happen again, once it was not an isolated event and due to terrain’s orography. Regarding controllability it is accounted for a relation between uncertainty and social vulnerability, nevertheless, according to the interviewees it is impossible to control an occurrence of this nature Concerning risk management, with reference to the pre-event phase, citizens identify risk factors but do not acknowledge taking preventive measures, acting only when the event occurs. As to the disaster phase, citizens recognized a positive coordination between entities during the event and thus showed great trust on the authorities. In the succeeding period citizens manifested a preventive discourse laid on the strengthening of infrastructures. Finally at the pos-event citizens feel safe with the implemented requalification works but claim for inspections on a more regular basis followed by the application of substantial monetary fines for those who have anti-environmental behaviors. It is worth noting the role of civil protection in the management of the catastrophe, once it was the coordinating entity. The work carried out by social agents, either social workers or volunteers, was effective and recognized as such by all the citizens respondents. Both the authorities and entities which provided assistance to the population are regarded as highly trustworthy by the citizens due to its immediate response.Rodrigues, António Félix FloresArroz, Ana Margarida MouraRepositório da Universidade dos AçoresNeves, Isabel de Jesus Cunha2014-07-09T09:37:04Z2014-06-122014-06-12T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.3/3111201430215porNeves, Isabel de Jesus Cunha. "Agualva, 2009!: vivências de uma cheia e atribuições de responsabilidade". 2014. 126 p.. (Dissertação de Mestrado em Engenharia do Ambiente). Angra do Heroísmo: Universidade dos Açores, 2013.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-12-20T14:31:01Zoai:repositorio.uac.pt:10400.3/3111Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:25:42.503305Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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