A fórmula 'Nisi credideritis, non intelligetis' em Agostinho de Hipona

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Patativa de Sales, Antônio
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://ojs.letras.up.pt/index.php/civaug/article/view/4576
Resumo: Trata-se de uma análise bíblico-hermenêutica da fórmula Nisi credideritis, non intelligetis, usada por Agostinho de Hipona (350-430) como divisa, como leme norteador do seu labor filosófico-teológico. No corpus agostiniano, mesmo quando a referida fórmula não é mencionada ou utilizada abertamente, suas implicações são notadas nas entrelinhas, na intenção que procura unir fé (fides) e pensamento (ratio) em favor da interpretação e exposição da Escritura – através de tratados, comentários bíblicos, cartas, sermões, etc. Acontece que a fórmula Nisi credideritis, non intelligetis é obtida pelo Hiponense a partir de uma variante textual, ou mesmo de um erro na tradução de Isaías 7,9. Até que ponto esse «desvio exegético» do «sentido original» em uma intentio hermeneutica não compromete a obra escrita do Hiponense, sua honestidade moral e/ou intelectual? Palavras-chave: Hermenêutica, patrística, linguagem, teologia crista, filosofia cristã.   This paper presents a biblical and hermeneutical analysis of Augustine of Hippo’s (350-430 AD) formula Nisi credideritis, non intelligetis, employed by the author as a guiding motto to/ his theological and philosophical work. Even when the previously referred formula isn’t mentioned or openly used, its implications can nevertheless be perceived and felt within the Augustinian corpus. Augustine’s intention is to bring together faith (fides) and reason (ratio) to support his interpretation and exposition of the Writings – through treatises, biblical comments, letters, lectures and so on. In fact, Augustine obtains his Nisi credideritis, non intelligetis motto from a textual deviation – or even perhaps a mistranslation – of Isaiah 7,9. To what extent this «exegetical deviation» from the «original sense» in a intentio hermeneutica doesn’t compromise his opera and his moral and/or intellectual honesty? Keywords: Hermeneutics, patristics, language, Christian theology, Christian philosophy.   DOI: https://doi.org/10.21747/civitas /72018a1
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