Sépsis neonatal – análise retrospectiva de 2004 a 2006 da Maternidade Bissaya Barreto
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.4/1496 |
Resumo: | Introdução: As doenças infecciosas são uma causa frequente de morbi- -mortalidade no período neonatal. O conhecimento da epidemiologia de cada unidade é um factor decisivo para o sucesso da antibioterapia empírica. Objectivos: Caracterizar os episódios de sépsis neonatal (SNN) ocorridos de Janeiro de 2004 a Dezembro de 2006 na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN) da Maternidade Bissaya Barreto. Material e métodos: Estudo descritivo retrospectivo dos processos clínicos dos recém-nascidos com o diagnóstico de SNN. Definiu-se sépsis com confirmação laboratorial se dois ou mais critérios clínicos compatíveis, associados a um dos seguintes critérios laboratoriais: a) identificação de qualquer agente patogénico bacteriano na hemocultura ou no líquor cefalo-raquídeo; b) identificação de Staphylococcus coagulase negativo na presença de proteína C reactiva >2,0 mg/dl ou plaquetas <100.000/μl ou relação neutrófilos imaturos / neutrófilos totais >0,2. Definiu-se sépsis clínica quando se verificou: instituição de terapêutica antibiótica durante 5 dias, hemocultura negativa ou não pedida, ausência de infecção noutro local e dois ou mais critérios clínicos compatíveis. No caso de sépsis clínica deveria haver pelo menos também um dos seguintes: proteína C reactiva >2,0 mg/dl; leucócitos >30.000 ou <5.000/μl; relação neutrófilos imaturos / neutrófilos totais >0,2; plaquetas <100 000/μl. Considerou-se SNN precoce ou tardia, respectivamente se início até ou após as 72 horas de vida. Resultados: Cumpriram critérios de inclusão 61 episódios infecciosos (16 precoces e 45 tardios), correspondendo a 58 recém-nascidos. Destes, 50% apresentavam peso de nascimento inferior a 1500 gramas. A idade gestacional variou entre as 25 e as 41 semanas, com mediana de 30 semanas. Da amostra considerada, 45 (73,8%) foram sépsis com confirmação laboratorial e 16 (26,2%) foram sépsis clínicas. Os gérmens isolados foram 26 (57,8%) Staphylococcus coagulase negativos – 17 (37,8%) Staphylococcus epidermidis, 9 (20,0%) outros Staphylococcus coagulase negativos; 9 (20,0%) Escherichia coli; 6 (13,3%) Staphylococcus aureus; 2 (4,4%) Streptococcus do grupo B; 1 (2,2%) Proteus mirabilis; 1 (2,2%) Cândica albicans.A percentagem de resistências da Escherichia coli à ampicilina foi de 77,8%. Houve dois Staphylococcus aureus meticilino-resistentes, ambos sensíveis à vancomicina. Faleceram 6 recém-nascidos com SNN. Comentários: Os nossos resultados estão de acordo com os estudos nacionais e internacionais sobre SNN, salientando-se contudo o diminuto número de Streptococcus do grupo B isolados e o maior número de Escherichia coli, com uma elevada percentagem de estirpes ampicilino- resistentes. A mortalidade relacionada com a SNN encontra-se dentro dos dados referidos na literatura. |
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Sépsis neonatal – análise retrospectiva de 2004 a 2006 da Maternidade Bissaya BarretoNeonatal sepsis – a retrospective analysis 2004 to 2006 of Bissaya Barreto MaternityRecém-NascidoSepsisResistência aos AntibióticosIntrodução: As doenças infecciosas são uma causa frequente de morbi- -mortalidade no período neonatal. O conhecimento da epidemiologia de cada unidade é um factor decisivo para o sucesso da antibioterapia empírica. Objectivos: Caracterizar os episódios de sépsis neonatal (SNN) ocorridos de Janeiro de 2004 a Dezembro de 2006 na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN) da Maternidade Bissaya Barreto. Material e métodos: Estudo descritivo retrospectivo dos processos clínicos dos recém-nascidos com o diagnóstico de SNN. Definiu-se sépsis com confirmação laboratorial se dois ou mais critérios clínicos compatíveis, associados a um dos seguintes critérios laboratoriais: a) identificação de qualquer agente patogénico bacteriano na hemocultura ou no líquor cefalo-raquídeo; b) identificação de Staphylococcus coagulase negativo na presença de proteína C reactiva >2,0 mg/dl ou plaquetas <100.000/μl ou relação neutrófilos imaturos / neutrófilos totais >0,2. Definiu-se sépsis clínica quando se verificou: instituição de terapêutica antibiótica durante 5 dias, hemocultura negativa ou não pedida, ausência de infecção noutro local e dois ou mais critérios clínicos compatíveis. No caso de sépsis clínica deveria haver pelo menos também um dos seguintes: proteína C reactiva >2,0 mg/dl; leucócitos >30.000 ou <5.000/μl; relação neutrófilos imaturos / neutrófilos totais >0,2; plaquetas <100 000/μl. Considerou-se SNN precoce ou tardia, respectivamente se início até ou após as 72 horas de vida. Resultados: Cumpriram critérios de inclusão 61 episódios infecciosos (16 precoces e 45 tardios), correspondendo a 58 recém-nascidos. Destes, 50% apresentavam peso de nascimento inferior a 1500 gramas. A idade gestacional variou entre as 25 e as 41 semanas, com mediana de 30 semanas. Da amostra considerada, 45 (73,8%) foram sépsis com confirmação laboratorial e 16 (26,2%) foram sépsis clínicas. Os gérmens isolados foram 26 (57,8%) Staphylococcus coagulase negativos – 17 (37,8%) Staphylococcus epidermidis, 9 (20,0%) outros Staphylococcus coagulase negativos; 9 (20,0%) Escherichia coli; 6 (13,3%) Staphylococcus aureus; 2 (4,4%) Streptococcus do grupo B; 1 (2,2%) Proteus mirabilis; 1 (2,2%) Cândica albicans.A percentagem de resistências da Escherichia coli à ampicilina foi de 77,8%. Houve dois Staphylococcus aureus meticilino-resistentes, ambos sensíveis à vancomicina. Faleceram 6 recém-nascidos com SNN. Comentários: Os nossos resultados estão de acordo com os estudos nacionais e internacionais sobre SNN, salientando-se contudo o diminuto número de Streptococcus do grupo B isolados e o maior número de Escherichia coli, com uma elevada percentagem de estirpes ampicilino- resistentes. A mortalidade relacionada com a SNN encontra-se dentro dos dados referidos na literatura.RIHUCMaia, CPaúl, AMesquita, JSantos-Silva, INegrão, FFaria, D2013-01-31T18:14:10Z20072007-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.4/1496porSaúde Infantil. 2010; 32(1): 28-32info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-11T14:22:46Zoai:rihuc.huc.min-saude.pt:10400.4/1496Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:03:59.629167Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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