Autoavaliação dos profissionais de exercício físico na prescrição do mesmo a doentes crónicos: estudo-piloto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, Adriana Maria Moita
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/12710
Resumo: Introdução: Os benefícios da prática regular de atividade física têm um impacto notável quer ao nível da prevenção de doenças crónicas não-transmissíveis quer ao nível da gestão e tratamento das mesmas. Os profissionais de exercício físico constituem uma classe profissional fundamental para a prescrição de exercício físico a doentes crónicos, porém é essencial uma formação que lhes permita adequar as prescrições de exercício físico ao doente, considerando as limitações e barreiras que podem advir de determinada patologia crónica para a prática de exercício físico. Materiais e métodos: Utilizou-se uma amostra de 100 profissionais de exercício físico com formação em Portugal. Foi construído um questionário com 20 perguntas, para estudar como os profissionais de exercício físico autoavaliavam a sua formação e capacidades na área do exercício e saúde e a comunicação interprofissional entre médicos e profissionais de exercício físico. Aplicaram-se os testes Qui-quadrado e teste Exato de Fisher para avaliar os objetivos descritos previamente. Resultados: Os resultados demonstraram que a maioria dos inquiridos (80%) reconheceu a necessidade individualização do ramo exercício e saúde durante o curso de técnico especialista de exercício físico, e os profissionais com habilitações literárias mais avançadas referiram mais frequentemente esta necessidade (p= 0.008). Relativamente à comunicação interprofissional, o grau de concordância foi máximo (Mediana= 5,0; AIQ=1,0) em relação à existência de unidades curriculares sobre o conhecimento médico relacionado com o exercício físico durante a formação académica e à existência de comunicação direta com os médicos prescritores, e o nível mediano mais baixo foi registado no que toca à recetividade dos médicos em estabelecer uma comunicação direta e a capacidade de entenderem a terminologia usada pelos profissionais de exercício (Mediana= 3,0; AIQ= 1,0). Conclusão: A maioria dos profissionais de exercício físico reconhece a necessidade de individualizar o ramo Exercício e Saúde já durante os cursos de técnicos de especialista de exercício físico e na Licenciatura em Educação Física ou Desporto. A comunicação interprofissional com a classe médica é essencial, tal como criar unidades curriculares durante a sua formação para assim lhes ser possível um melhor entendimento das patologias crónicas.
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Foi construído um questionário com 20 perguntas, para estudar como os profissionais de exercício físico autoavaliavam a sua formação e capacidades na área do exercício e saúde e a comunicação interprofissional entre médicos e profissionais de exercício físico. Aplicaram-se os testes Qui-quadrado e teste Exato de Fisher para avaliar os objetivos descritos previamente. Resultados: Os resultados demonstraram que a maioria dos inquiridos (80%) reconheceu a necessidade individualização do ramo exercício e saúde durante o curso de técnico especialista de exercício físico, e os profissionais com habilitações literárias mais avançadas referiram mais frequentemente esta necessidade (p= 0.008). Relativamente à comunicação interprofissional, o grau de concordância foi máximo (Mediana= 5,0; AIQ=1,0) em relação à existência de unidades curriculares sobre o conhecimento médico relacionado com o exercício físico durante a formação académica e à existência de comunicação direta com os médicos prescritores, e o nível mediano mais baixo foi registado no que toca à recetividade dos médicos em estabelecer uma comunicação direta e a capacidade de entenderem a terminologia usada pelos profissionais de exercício (Mediana= 3,0; AIQ= 1,0). Conclusão: A maioria dos profissionais de exercício físico reconhece a necessidade de individualizar o ramo Exercício e Saúde já durante os cursos de técnicos de especialista de exercício físico e na Licenciatura em Educação Física ou Desporto. A comunicação interprofissional com a classe médica é essencial, tal como criar unidades curriculares durante a sua formação para assim lhes ser possível um melhor entendimento das patologias crónicas.Introduction: The benefits of regular physical activity have a notable impact both in terms of prevention of non-communicable chronic diseases and in terms of their management and treatment. Physical exercise professionals constitute a fundamental professional class for the prescription of physical exercise to chronic patients, however, training in the prescription of exercise to chronic patients is essential, considering the limitations and barriers that may arise from a certain chronic pathology to the practice of physical exercise. Materials and methods: A sample of 100 physical exercise professionals trained in Portugal was used. A questionnaire with 20 questions was constructed to study how physical exercise professionals self-assessed their own training and skills in the area of exercise and health as well as interprofessional communication between physicians and physical exercise professionals. Chi-square test and Fisher's Exact test were applied to assess the previously described objectives. Results: The results showed that the majority of the inquired professionals (80%) recognized the need to emphasize and separate the exercise and health field during the course of specialist physical exercise technician, and professionals with more advanced educational qualifications mentioned this need more often (p= 0.008). Regarding interprofessional communication, the degree of agreement was maximum (Median= 5.0; AIQ=1.0) regarding the existence of curricular units on medical knowledge related to physical exercise during academic training and the existence of direct communication with prescribing physicians, and the lowest median level was recorded for physicians' receptiveness to establishing direct communication and their ability to understand the terminology used by exercise professionals (Median=3.0; AIQ=1.0) . Conclusion: Most physical exercise professionals recognize the need to individualize the Exercise and Health branch already during the courses of physical exercise specialist technicians and in the Degree in Physical Education or Sport. Interprofessional communication with the medical profession is essential, as is the creation of curricular units during their training in order to enable them to better understand chronic pathologies.Barata, José Luís Ribeiro ThemudouBibliorumDias, Adriana Maria Moita2023-01-23T10:03:40Z2022-05-252022-04-292022-05-25T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/12710TID:203182103porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:55:58Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/12710Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:52:15.299353Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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