Perceção das puérperas sobre as técnicas não farmacológicas de alívio da dor

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Ana Cristina Esteves
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/7794
Resumo: Introdução: Este relatório pretende descrever o percurso do estágio de natureza profissional enquanto estudante do 6º CMESMO e 11º CPLESMO. A sua conceção tem por base uma análise retrospetiva do processo de aquisição e desenvolvimento de competências inerentes à aquisição do título de EEESMO pela Ordem dos Enfermeiros. O estágio foi desenvolvido em contextos que permitiram cuidar a mulher /família durante o ciclo gravídico-puerperal: a sala de partos; promoção de saúde da mulher, o puerpério; patologia da gravidez; ginecologia e neonatologia. O presente relatório descreve as experiências vividas durante o estágio, as intervenções realizadas, o seu confronto com a melhor evidência científica, bem como a análise crítica e reflexiva, a qual possibilitou não só o meu crescimento enquanto futura EEESMO, como o meu crescimento pessoal. No presente relatório apresentamos ainda um estudo de investigação com o tema “Perceção das puérperas sobre as técnicas não farmacológicas de alívio da dor” uma vez que consideramos que a gestão da dor durante o trabalho de parto é um dever dos profissionais de saúde e um direito das parturientes. Esta é uma forma de promoção de uma vivência gratificante e positiva de um dos momentos mais marcantes na vida de uma mulher/casal, pelo que optamos pelo estudo da perceção da dor após aplicação de técnicas não farmacológicas. Objetivos: Os objetivos principais deste estudo são avaliar quais as técnicas não farmacológicas de alívio de dor mais implementadas, qual o impacto destas técnicas no alívio da dor, qual o impacto das variáveis sociais (idade, profissão, residência, situação profissional, estado civil e habilitações literárias) na perceção da dor após a aplicação das técnicas não farmacológicas de alívio da dor e qual o impacto das variáveis obstétricas (número de gravidezes, número de filhos, gravidez atual, programas de preparação para o parto e parentalidade e tipo de parto) na perceção da dor após a aplicação das técnicas não farmacológicas de alívio da dor. Métodos: Este é um estudo analítico, descritivo-correlacional, transversal, quantitativo, com amostra não probabilística, intencional por conveniência constituída por 200 puérperas, com uma média de idade de 29,67 anos (Dp=5,43). O instrumento de colheita de dados foi um questionário que permitiu fazer a caracterização sociodemográfica (idade, profissão, residência, situação profissional, estado civil e habilitações literárias), obstétrica (número de gravidezes, número de filhos, gravidez atual, programas de preparação para o parto e tipo de parto) da amostra. Foi ainda incluída uma escala “Impacto das técnicas não farmacológicas no alívio da dor no trabalho de parto” (construída para o efeito). Resultados: Foram encontrados os seguintes valores de alpha global para cada técnica não farmacológica (Bola de pilates = 0,852; Deambulação = 0,849; Massagem = 0,920; Duche quente = 0,904; Musicoterapia = 0,964. As técnicas não farmacológicas de alívio da dor mais implementadas e motivadas pelos enfermeiros foram o duche quente (25%), a deambulação (28,5%) e a bola de pilates (33%). A contrapressão revelou-se a técnica mais eficaz, seguida do duche quente e da deambulação. Segue-se a bola de pilates e a massagem. Constatou-se um claro domínio das participantes em que o nível da dor diminuiu após aplicação das técnicas. As variáveis sóciodemográficas que influenciaram a perceção da dor, após a aplicação das técnicas não farmacológicas de alívio da dor foi apenas a situação profissional, nomeadamente para o duche quente (p=0.016). As variáveis obstétricas que influenciaram a perceção da dor, após aplicação das técnicas não farmacológicas foi apenas o número de gravidezes, nomeadamente para a massagem (p=0.050) e os programas de preparação para o parto, na deambulação (p=0,050). Conclusão: Os Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, pelo papel privilegiado que desempenham no acompanhamento da parturiente, têm o dever de informar as mulheres sobre as técnicas não farmacológicas de alívio da dor existentes, colocando-as ao dispor e em prática, durante o trabalho de parto, contribuindo desta forma para uma experiência mais gratificante do trabalho de parto e parto e também para uma transição positiva para a parentalidade. Palavras-chave: Dor; Trabalho de parto; Parturientes; Técnicas não farmacológicas.
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O presente relatório descreve as experiências vividas durante o estágio, as intervenções realizadas, o seu confronto com a melhor evidência científica, bem como a análise crítica e reflexiva, a qual possibilitou não só o meu crescimento enquanto futura EEESMO, como o meu crescimento pessoal. No presente relatório apresentamos ainda um estudo de investigação com o tema “Perceção das puérperas sobre as técnicas não farmacológicas de alívio da dor” uma vez que consideramos que a gestão da dor durante o trabalho de parto é um dever dos profissionais de saúde e um direito das parturientes. Esta é uma forma de promoção de uma vivência gratificante e positiva de um dos momentos mais marcantes na vida de uma mulher/casal, pelo que optamos pelo estudo da perceção da dor após aplicação de técnicas não farmacológicas. Objetivos: Os objetivos principais deste estudo são avaliar quais as técnicas não farmacológicas de alívio de dor mais implementadas, qual o impacto destas técnicas no alívio da dor, qual o impacto das variáveis sociais (idade, profissão, residência, situação profissional, estado civil e habilitações literárias) na perceção da dor após a aplicação das técnicas não farmacológicas de alívio da dor e qual o impacto das variáveis obstétricas (número de gravidezes, número de filhos, gravidez atual, programas de preparação para o parto e parentalidade e tipo de parto) na perceção da dor após a aplicação das técnicas não farmacológicas de alívio da dor. Métodos: Este é um estudo analítico, descritivo-correlacional, transversal, quantitativo, com amostra não probabilística, intencional por conveniência constituída por 200 puérperas, com uma média de idade de 29,67 anos (Dp=5,43). O instrumento de colheita de dados foi um questionário que permitiu fazer a caracterização sociodemográfica (idade, profissão, residência, situação profissional, estado civil e habilitações literárias), obstétrica (número de gravidezes, número de filhos, gravidez atual, programas de preparação para o parto e tipo de parto) da amostra. Foi ainda incluída uma escala “Impacto das técnicas não farmacológicas no alívio da dor no trabalho de parto” (construída para o efeito). Resultados: Foram encontrados os seguintes valores de alpha global para cada técnica não farmacológica (Bola de pilates = 0,852; Deambulação = 0,849; Massagem = 0,920; Duche quente = 0,904; Musicoterapia = 0,964. As técnicas não farmacológicas de alívio da dor mais implementadas e motivadas pelos enfermeiros foram o duche quente (25%), a deambulação (28,5%) e a bola de pilates (33%). A contrapressão revelou-se a técnica mais eficaz, seguida do duche quente e da deambulação. Segue-se a bola de pilates e a massagem. Constatou-se um claro domínio das participantes em que o nível da dor diminuiu após aplicação das técnicas. As variáveis sóciodemográficas que influenciaram a perceção da dor, após a aplicação das técnicas não farmacológicas de alívio da dor foi apenas a situação profissional, nomeadamente para o duche quente (p=0.016). As variáveis obstétricas que influenciaram a perceção da dor, após aplicação das técnicas não farmacológicas foi apenas o número de gravidezes, nomeadamente para a massagem (p=0.050) e os programas de preparação para o parto, na deambulação (p=0,050). Conclusão: Os Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, pelo papel privilegiado que desempenham no acompanhamento da parturiente, têm o dever de informar as mulheres sobre as técnicas não farmacológicas de alívio da dor existentes, colocando-as ao dispor e em prática, durante o trabalho de parto, contribuindo desta forma para uma experiência mais gratificante do trabalho de parto e parto e também para uma transição positiva para a parentalidade. Palavras-chave: Dor; Trabalho de parto; Parturientes; Técnicas não farmacológicas.Abstract Background: This report aims to describe my professional internship as a student of the 6th CMESMO and 11th CPLESMO. It was designed based on a retrospective analysis of the process of acquisition and development of competencies inherent to the acquisition of the title of EEESMO by the Ordem dos Enfermeiros. The internship was developed in contexts that allowed caring for women/family during the pregnancy-puerperal cycle: the delivery room; the puerperium; pregnancy pathology; gynecology and neonatology. This report describes the experiences lived during the internship, the interventions made, their confrontation with the best scientific evidence, as well as the critical and reflective analysis, which enabled not only my growth as a future ESMO, but also my personal growth. In this report, we also present a research study with the theme "Puerperae's perception of non-pharmacological pain relief techniques" since we believe that pain management during labor is a duty of health professionals and a right of parturients. This is a way to promote a rewarding and positive experience of one of the most remarkable moments in the life of a woman/couple, so we chose to study the perception of pain after the application of nonpharmacological techniques. Objectives: The main objectives of this study are to assess which non-pharmacological pain relief techniques are most commonly implemented, what is the impact of these techniques on pain relief, what is the impact of social variables (age, occupation, residence, employment status, marital status and education) on pain perception after the application of non-pharmacological pain relief techniques, and what is the impact of obstetric variables (number of pregnancies, number of children, current pregnancy, childbirth and parenting preparation programs, and type of delivery) on pain perception after the application of non-pharmacological pain relief techniques. Methodology: This is an analytical, descriptive-correlational, cross-sectional, quantitative study, with a non-probability, intentional-for-convenience sample consisting of 200 puerperae with a mean age of 29.67 years (SD = 5.43). The data collection instrument was a questionnaire that allowed the sociodemographic (age, profession, residence, employment status, marital status and education), obstetric (number of pregnancies, number of children, current pregnancy, childbirth preparation programs and type of delivery) characterization of the sample. A scale "Impact of nonpharmacological techniques on pain relief in labor" (constructed for this purpose) was also included. Results: The following global alpha values were found for each non-pharmacological technique (Pilates ball = 0.852; Ambulation = 0.849; Massage = 0.920; Hot shower = 0.904; Music therapy = 0.964. The non-pharmacological pain relief techniques most implemented and motivated by nurses were hot shower (25%), ambulation (28.5%) and pilates ball (33%). Counterpressure proved to be the most effective technique, followed by hot shower and walking. This was followed by pilates ball and massage. There was a clear domination of the participants in that the level of pain decreased after the application of the techniques. The sociodemographic variables that influenced the perception of pain after the application of non-pharmacological pain relief techniques were only the professional situation, particularly for the hot shower (p=0.016). The obstetric variables that influenced the perception of pain, after the application of non-pharmacological techniques, were only the number of pregnancies, namely for massage (p=0.050) and birth preparation programs for ambulation (p=0.050). Conclusions: The Specialist Nurses in Maternal and Obstetric Health Nursing, due to the privileged role they play in monitoring the parturient woman, have the duty to inform women of the existing non-pharmacological pain relief techniques, making them available and in practice during labor, thus contributing to a more rewarding experience of labor and delivery and also to a positive transition to parenthood. Keywords: Pain; Labor; Parturients; Non-pharmacological techniques.Nelas, Paula Alexandra de Andrade BatistaRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuTeixeira, Ana Cristina Esteves2023-03-072022-052025-03-07T00:00:00Z2023-03-07T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/7794TID:203288599porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-05-27T02:30:35Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/7794Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:56:20.121254Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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