O futuro do envelhecer no passado de uma vida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Carla
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11796/1433
Resumo: As alterações demográficas a que temos vindo a assistir, a par do progressivo aumento da esperança média de vida, originam um conjunto de interrogações relativas à vivência da velhice. A formulação dessas interrogações, e as respetivas propostas de resposta, teve como base a realização de um estudo de caso que envolveu: - nove pessoas idosas, com idades compreendidas entre os 74 e os 90 anos; - as respostas sociais de Centro de Dia (3) Centro de Convívio (3) e Serviço de Apoio Domiciliário (3); - três cuidadores informais. Como instrumento de recolha dos dados foi utilizada a entrevista semiestruturada que permitiu conhecer e explorar se o percurso individual da pessoa ao longo dos anos configura o modo como ela vive a velhice. As conclusões mostram que são os distintos momentos/experiências da trajetória vivida, como passado e como recordação, que determinam as práticas presentes e preditoras do futuro. O dinamismo com que as pessoas ocuparam as suas vidas em fases anteriores encontra paralelo com o dinamismo com que ocupam as suas vidas na velhice. Uns adotam uma atitude mais positiva de desfrute, apesar das dificuldades provenientes do processo de envelhecimento (normal e secundário), e outros menos otimistas, fruto essencialmente dos problemas de saúde, vivem de forma sofrida, não encontrando um sentido para a sua existência. Com os cuidadores informais foi-nos possível perceber como é entendido e percecionado o cuidado, bem como as principais necessidades relativas aos níveis do Saber (necessidade de informação/formação), do Saber - Fazer (dificuldades na prestação de cuidados) e do Saber-Estar (dificuldades emocionais que advêm da prestação de cuidados). 6 Do conjunto das análises que este estudo de caso implicou há que realçar a necessidade de intervenção comunitária atenta às singularidades de cada pessoa na qual a promoção da saúde (neste trabalho salientamos a dimensão emocional e a reminiscência) se torna uma estratégia fundamental de intervenção.ABSTRACT Demographic changes that we have seen, along with the progressive increase in average life expectancy, originate a set of questions relating to the experience of old age. The wording of these questions, and their respective proposed response was based on the realization of a case study that involved: - Nine elderly people, aged between 74 and 90 years of age; - The social responses of Day Centre (3) Social Centre (3) Home Care Services (3); - Three informal caregivers As a tool for collecting data it was used semi-structured interview which allowed to know and explore if the person's individual journey through the years configures the way she lives old age. The findings/ conclusions show that there are distinct moments / experiences in the trajectory lived, as past recollection, that determine the present practices and predicting the future The dynamism with which people occupied their lives at earlier stages is paralleled with the dynamism in which they occupy their lives in old age. Some adopt a more positive attitude to enjoy, despite the difficulties arising from the aging process (normal and secondary), and other less optimistic, due essentially to health problems, live by suffering, not finding a meaning to their existence. With informal carers it was possible to realize how it is understood and perceived the care, as well as major requirements on the levels of Knowledge (need for information / training), of the Knowledge - Doing (difficulties in providing care) and Knowledge-Being (emotional distress arising out of the provision/providing of care). From all the analyzes that led to this case study there is the need to highlight the community intervention careful to the singularities of each person in which health promotion (this study emphasizes the emotional dimension and reminiscence) becomes a key intervention strategy.
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