Comércio internacional de serviços na economia portuguesa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, João Miguel Santos
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/10257
Resumo: Através de uma análise qualitativa de dados estatísticos com vista a identificar as tendências de evolução do comércio mundial de serviços e do posicionamento que a economia portuguesa ocupa no mesmo, infere-se que, na última década, Portugal reorientou a sua especialização e apresenta vantagens comparativas na exportação de serviços e, simultaneamente, um recuo generalizado da quota e do desempenho das exportações de mercadorias, sendo de realçar o contributo das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) que, de forma crescente, vêm transformando serviços “não transacionáveis” em serviços “transacionáveis”. Os serviços, pela sua natureza, são menos dependentes de importações derivado da reduzida incorporação de bens intermédios, apresentam baixo consumo de recursos energéticos, são mais intensivos em conhecimento e apresentam maior produtividade e valor acrescentado, a par de gerarem externalidades para os outros sectores da economia, potenciando rendimentos crescentes de forma transversal às diversas actividades económicas. O facto de as condições para o seu desenvolvimento se integrarem nos factores chave para a obtenção de crescimento económico das nações, permite estabelecer a hipótese de este ser um sector estratégico para a economia portuguesa. Ao especializar-se nas actividades que constituem este sector, a economia portuguesa poderá aproveitar o desenvolvimento revelado desde a adesão à União Europeia (UE) em termos de abertura, infra-estruturas, capital humano, tecnologia e Investigação e Desenvolvimento (I&D), a par da vantagem do rácio custo/qualificação da mão-de-obra portuguesa, para se integrar de forma mais significativa nas cadeias de valor globais e, paralelamente, se afirmar como uma plataforma mais relevante para o Investimento Direto Estrangeiro (IDE), constituindo este um caminho para a promoção do crescimento na sua economia.
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