Reabilitação de quatro fogos no núcleo histórico de Albufeira : apartamentos de autonomização

• Autor(a) principal: Beja, Susana Isabel do Ó Costa
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/13578
• topic: MESTRADO INTEGRADO EM ARQUITETURA; ARQUITETURA; REABILITAÇÃO ARQUITETÓNICA; REABILITAÇÃO URBANA; EDIFÍCIOS HABITACIONAIS; CONSERVAÇÃO ARQUITETÓNICA; ALBUFEIRA; ARCHITECTURE; ARCHITECTURAL REHABILITATION; URBAN REHABILITATION; RESIDENTIAL BUILDINGS; ARCHITECTURAL CONSERVATION

A arquitectura popular carregada de significado, história, crenças e tradições está extinta na sua essência, sendo os seus exemplos existentes muito precários, danificados e devolutos. Os fenómenos de migração das zonas rurais para as zonas urbanas e a informação perturbaram a pacatez da vida no campo e contribuíram para o abandono de um estilo de vida profundamente enraízado nos costumes da terra, do plantar, do cuidar e do colher. O núcleo histórico de Albufeira, intramuros, conserva ainda alguns exemplos de uma arquitectura popular de tendências urbanas mas com grande proximidade morfológica e tipológica aos edifícios em contexto rural. Estes edifícios têm ainda a particularidade de estabelecer uma relação íntima com o único vestígio da muralha medieval possívelmente herdada do período muçulmano, por questões de proximidade com a mesma. Estes edifícios de carácter popular são quatro fogos situados na Rua Henrique Calado, números 13, 15, 17 e 19 propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira que estipulou que a sua função futura seria a de apartamento de autonomização de transição para a vida activa como medida de promoção para autonomia de jovens com idade superior a dezasseis anos, entregues ao cuidado desta instituição. Este trabalho faz uma abordagem à temática da reabilitação através de uma proposta de projecto de reabilitação dos quatro edifícios no sentido de transformá-los em apartamentos de autonomização e estabelecer uma relação de continuidade entre a casa rural extinta e a nova sociedade activa que habita ou pode vir a habitar o centro da cidade de Albufeira e as exigências funcionais e de conforto do habitar contemporâneo. O projecto parte dos princípios da arquitectura popular e da sua essência, é-lhe fiel e tenta preservá-la tanto quanto possível, no entanto, devido às exigências estruturais e de conforto em vigor na actualidade o projecto faz uma apropriação contemporânea deste espaço enraízado nos saberes da terra, da cultura e da vivência popular.