Estudo preliminar aos níveis de eliminação em ovinos das raças merina branca e merina preta por estrongilídeos gastrointestinais .

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Veronesa, J.
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Bettencourt, CMV, Pinheiro, C., Castro, J.L., Padre, L. N.
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/10628
Resumo: As raças Merina Branca e Merina Preta apresentam um potencial de produção de carne assinalável, aliado a características de rusticidade, longevidade e resistência a doenças. Animais explorados em regimes extensivos, muitas vezes associados ao ecossistema montado, poderão ter um papel importante no âmbito dos novos modos de produção sustentada (Programa de conservação / Melhoramento Genético, 2007). As estrongiloses nos ovinos são responsáveis por importantes perdas económicas ao nível dos sistemas de produção. Estas perdas reflectem as alterações dos índices produtivos e reprodutivos, assim como no bem-estar e saúde animal. No controlo das estrongiloses gastrointestinais é necessário uma abordagem integrada que contribua para uma produção animal sustentável. Foi objectivo avaliar os níveis de eliminação de ovos/g de EGI (OPG) em ovinos das raças Merina Branca e Merina Preta e determinar a abundancia proporcional média dos diferentes géneros presentes. Procedeu-se à colheita de amostras coprológicas individuais directamente da ampola rectal a 40 fêmeas jovens e a 40 fêmeas adultas. Foram determinados os níveis de eliminação de OPG através da técnica modificada de Mackmaster (Hammond & Sewel, 1978). A abundancia proporcional média foi calculada após estudo morfométrico das L3 obtidas em coprocultura. No tratamento dos dados recorreu-se à análise de variância e análise descritiva. Nos níveis de eliminação de OPG verificaram-se diferenças significativas entre raças. Nas fêmeas jovens os valores obtidos revelaram uma diferença altamente significativa (p <0,01) entre as raças. Nas fêmeas adultas as diferenças verificadas foram apenas significativas (p <0,05). Após obtenção das L3 em coprocultura, foram identificados 3 géneros de EGI: Trichostrongylus sp.; Teledorsagia sp. e Oesophagostomum sp.. Na determinação da abundancia proporcional média dos géneros presentes, observou-se que a Teledorsagia sp. foi o género mais abundante nas fêmeas jovens enquanto que, Trichostriongylus sp. revelou-se como o mais abundante nas fêmeas adultas. Os resultados obtidos parecem expressar uma diferente capacidade de resistência à infecção por EGI nas duas raças. Sendo a resistência aos EGI um processo multifactorial, deverão ter-se em consideração factores não abordados neste estudo.
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