Aneurismas micóticos das carótidas extracranianas - revisão sistemática da literatura
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2020000400290 |
Resumo: | Resumo Introdução: Os aneurismas micóticos das carótidas na sua porção extracraniana são extremamente raros, sendo que o conhecimento sobre essa patologia incide apenas na descrição de casos clínicos. Apenas cerca de 100 casos estão publicados na literatura. Os autores propõem apresentar uma revisão sistemática com a intenção de delinear uma compreensão mais generalizada desta patologia. Métodos: Foram consultadas as bases de dados PubMed e EmBase utilizando as palavras-chave “infected aneurysm” e “carotid artery”. Foram incluídos todos os trabalhos em inglês até 2019. Os estudos que descrevem casos sobre aneurismas carotídeos intracranianos ou pseudoaneurismas traumáticos foram excluídos, tal como as lesões secundárias a complicações de cirurgia vascular. Resultados: Foram incluídos 55 trabalhos entre 1979-2019, relatando dados de 58 doentes. A mediana da idade foi de 63 anos (mín. 9 meses; máx. 88 anos), sendo 67% do sexo masculino. Cerca de 70% apresentaram histórico de infeções bacterianas prévias ou imunossupressão. A localização mais frequente foi a carótida interna seguida pela carótida comum, quase exclusivamente na proximidade da bifurcação carotídea. O aparecimento de uma massa cervical foi a apresentação mais habitual (46%) seguida por síndromes compressivos (38%) e AVC/AIT (11%). Os agentes identificados na maior proporção dos casos foram o Staphylococcus aureus (26%) e Salmonella spp (19%). A interposição de enxertos autólogos foi a técnica mais utilizada para correção cirúrgica. Foi relatada a morte de 7 doentes (14%). Conclusão: Os aneurismas micóticos das carótidas são raros e o diagnóstico pode ser difícil. O seu tratamento implica restituição do inflow carotídeo e remoção do tecido infetado, pelo que a utilização de enxertos autólogos é a estratégia preferida. Apesar das técnicas endovasculares poderem ser usadas em casos selecionados, deve ser considerada a possibilidade de o material protésico ser um nicho para crescimento bacteriano. A morbimortalidade poderá ser maior que a descrita no presente trabalho pelo viés de publicação. |
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