Sentir-se em casa em estruturas residenciais para pessoas idosas: O papel do ambiente físico na qualidade de vida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Luís Francisco da Silva
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/10138
Resumo: Enquadramento: A avaliação da qualidade em estruturas residenciais para pessoas idosas tem focado a prestação directa de cuidados. Contudo, a qualidade de vida e a experiência de sentir-se em casa são indicadores de resultado que condensam o impacto que a estrutura e os processos têm nos residentes. O ambiente físico é uma variável importante que influencia o bem-estar dos residentes. Objectivos: Avaliar a influência do ambiente físico na qualidade de vida e experiência de sentir-se em casa e a diferença de resultados destes indicadores por estrutura residencial. Iniciar o processo de validação da escala de experiência de sentir-se em casa para a população portuguesa. Métodos: Aplicação de questionário contendo variáveis sócio-demográficas, competências funcionais, satisfação com a vida, qualidade de vida e experiência de sentir-se em casa a 58 indivíduos de 3 estruturas residenciais para pessoas idosas. Avaliação do ambiente físico dos 3 equipamentos através de uma grelha de observação, conduzida por dois arquitectos. Resultados: Verificaram-se diferenças significativas entre as três estruturas residenciais para pessoas idosas nos scores globais de qualidade de vida e experiência de sentir-se em casa. Níveis mais elevados no ambiente físico e satisfação com a habitação encontram-se associados a resultados médios superiores na qualidade de vida e experiência de sentir-se em casa, depois de tomadas em consideração as variáveis de controlo. Conclusões: A avaliação da qualidade de vida e experiência de sentir-se em casa são instrumentos úteis na gestão de instituições geriátricas. Para além de expressarem o impacto que a estrutura e os processo têm nos residentes, permitem avaliar necessidades de ordem superior que não se reflectem na avaliação típica da prestação de cuidados. A associação de resultados diferenciados na avaliação destes indicadores por estrutura residencial a níveis distintos na qualidade do ambiente físico sugere que esta variável tem impacto no bem-estar dos indivíduos.
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