Igreja do Convento de N. S. das Virtudes: base para uma proposta de recuperação e valorização

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bota, Adelaide Maria de Almeida
Data de Publicação: 1998
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/13437
Resumo: Introdução - Em lugares escondidos do nosso país existem muitos pedaços da nossa História que nos são completamente desconhecidos. Abandonados e esquecidos uns, maltratados e alterados outros... Grande é a incúria dos povos perante a maior riqueza que podem deixar sobre a face da Terra - a sua Cultura. Todos devemos responsabilizarmo-nos .pela sua transmissão às gerações vindouras e ensinar-lhes a perpetuar esse lavor. O sentido de Cultura, como sendo a herança de um povo, e o dever de a preservar para a ceder ao futuro, obteve maior consciencialização no início do século XX. Organizaram-se documentos como a Carta de Atenas, de 1931. Foi o seu maior objectivo despontar um movimento internacional de princípios a cumprir, para que a humanidade pudesse continuar a usufruir da sua herança cultural. Outros diplomas se redigiram de tão digna importância, mas são sobretudo os artigos da Carta de Veneza, como Carta Internacional sobre a Conservação e o Restauro de Monumentos e Sítios, efectuada em 1964, que nos irão orientar no trabalho que nos propomos iniciar.' Fazemos jus às nossas considerações, escolhendo para estudo uma das mais arruinadas memórias da nossa História, a Igreja do Convento de Nossa Senhora das Virtudes, no concelho de Azambuja. Contribuindo positivamente para a sua valorização e propalação, regemo-nos pelas directrizes magnânimas da Carta de Veneza, quando esta nos lembra, no seu artigo terceiro: A conservação e o restauro dos monumentos têm como objectivo salvaguardar tanto a obra de arte como as respectivas evidências históricas. Um imóvel destelhado é o que se mantém da Igreja que pertenceu a um espaço conventual franciscano, do século XV. É um marco histórico, com identidade nacional, que se encontra ao abandono desde a extinção das ordens religiosas, em 1834. Como parte integrante da nossa História merece, por si só, uma abordagem nos vários campos do conhecimento actual. Na área histórica, técnica e científica o contributo deve ser enriquecedor para o melhor discernimento do monumento. Aos esforços do Professor Dr. Virgolino Ferreira Jorge e da Junta Distrital de Lisboa, na pessoa da Dra. Maria Micaela Ramos Trindade Soares, se deve a classificação do monumento. Desde 1985 iniciaram a dura batalha da sua classificação, sendo hoje Imóvel de Valor Concelhio, legislado pelo Decreto d. 2/96, de 6 de Março. Ao decidirmos abarcar este trabalho, imbuímo-nos no mesmo sentimento que o Professor Catedrático Luis Aires-Barros, quando escreveu sobre a questão do património cultural construido: Seria estultícia da minha parte pretender tratar em profundidade tal tema, pois para tanto não me chega nem engenho, nem arte, nem tempo. O nosso trabalho tocará mais nos aspectos morfológicos e construtivos que nos são dados observar. Face aos escassos documentos encontrados que abordam o nosso objecto de estudo, a pilhagem e destruição de arquivos, verificados durante as invasões francesas, em oitocentos, ou depois, a extinção das ordens religiosas, talvez estejam exploradas, senão todas, quase todas as fontes bibliográficas existentes sobre o nosso tema de reflexão. Independentemente da função que se poderá vir a verificar, apresentar uma metodologia de intervenção, conjuntamente com uma proposta de recuperação e conservação é uma etapa dentro da valorização do monumento. Se de alguma forma este trabalho contribuir para a realização do projecto de obra, daremos assim por atingido o nosso maior objectivo.
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