Crise económica, saúde e doença

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Antunes,José António Pereira de Jesus
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862015000200011
Resumo: As crises económicas produzem impactos na saúde das populações. Os fatores de risco para a saúde aumentam enquanto os fatores protetores diminuem. Os efeitos manifestam-se em diferentes fases ao longo do tempo e podem ser prevenidos e mitigados. No sentido de estudar os efeitos negatives das crises económicas na saúde das populações e as formas de os prevenir procurámos na MEDLINE e em outros sites de Medicina baseada na evidência artigos publicados entre Janeiro de 2000 e Junho de 2013 usando os termos Mesh: Crise económica, Crise financeira, Saúde e Saúde Mental. A produção científica publicada mostra os efeitos das crises económicas na saúde. A mortalidade infantil e a mortalidade relacionada com homicídios e suicídios aumentam enquanto a mortalidade por acidentes rodoviários diminui. O aumento do desemprego está associado a um aumento das taxas de suicídio. Os grupos mais vulneráveis são particularmente afetados em épocas de crise económica. Os efeitos das crises económicas podem ser mitigados. Investimentos em políticas activas de emprego diminuem o impacto da recessão na saúde mental das populações amortecendo as suas consequências negativas e diminuindo o suicídio. Sistemas de proteção social fortes tornam as sociedades mais aptas a resistir às adversidades. Programas de apoio às famílias de baixos rendimentos, a instituições capazes de criar e promover redes sociais, medidas para combater o sobre-endividamento, diminuir a acessibilidade ao álcool e centros de saúde mental de proximidade podem fazer a diferença. Os efeitos adversos das crises económicas nas populações são previsíveis e podem ser mitigados com medidas apropriadas.
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