Relação entre a doença do disco intervertebral e as malformações vertebrais congénitas no Bulldog francês
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/4797 |
Resumo: | A Doença do Disco Intervertebral (DDI) é muito comum em cães de raça condrodistrófica (CD). A extrusão (Hansen tipo I) do Disco Intervertebral (DI) é o tipo de herniação com maior incidência em raças CD. Uma das raças CD com uma elevada prevalência da DDI são os Bulldogs franceses. Esta raça também apresenta uma elevada prevalência de malformações vertebrais congénitas (hemivértebras e vértebras em forma de borboleta). Por esse motivo, neste trabalho foi desenvolvido um estudo acerca da possível relação entre a DDI e as malformações vertebrais congénitas em Bulldogs franceses. Para isso foram recolhidos dados médicos de todos os Bulldogs franceses, que realizaram mielografia lombar, entre janeiro de 2012 e maio de 2014, no hospital veterinário de referência ARS Veterinaria (Barcelona, Espanha). A amostra de animais do presente estudo foi incluída num grupo e os dados dos Bulldogs franceses do estudo de Aikawa e colaboradores (2014) em outro para posterior análise estatística. Os Bulldogs franceses deste estudo apresentaram diferenças altamente significativas (P<0,001) em relação à idade média, graus de sinais clínicos neurológicos, distribuição das extrusões do DI na coluna vertebral, e, a proporção de cães com afastamento do DI estruído (de 2 a 10 discos) e a malformação congénita vertebral, em relação ao publicado por Aikawa e colaboradores (2014). Por outro lado, a proporção de machos e fêmeas do presente estudo é semelhante (P>0,05) à proporção de machos e fêmeas esperados por Aikawa e colaboradores (2014). A maior tendência à ocorrência da extrusão do DI a nível lombar no estudo de Aikawa e colaboradores (2014) foi também verificado nos Bulldogs franceses deste estudo. Apesar de a frequência de malformações vertebrais congénitas dos cães deste estudo (66,7%) ser estatisticamente menor que na publicação de Aikawa e colaboradores (2014), é uma frequência bastante elevada comparando com outras raças de cães. Neste estudo, todas as localizações das extrusões do DI dos Bulldogs franceses com malformações vertebrais congénitas ficavam com um afastamento de 2 a 10 discos em relação à anomalia vertebral congénita, o que não suporta a hipótese do “efeito dominó”. Nos animais estudados não foi encontrada uma relação clara entre o surgimento de extrusões do DI numa determinada localização e a presença de malformações vertebrais congénitas. |
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Relação entre a doença do disco intervertebral e as malformações vertebrais congénitas no Bulldog francêsDoença dos discos vertebraisAnormalidades cogénitasColuna vertebralBulldog françêsA Doença do Disco Intervertebral (DDI) é muito comum em cães de raça condrodistrófica (CD). A extrusão (Hansen tipo I) do Disco Intervertebral (DI) é o tipo de herniação com maior incidência em raças CD. Uma das raças CD com uma elevada prevalência da DDI são os Bulldogs franceses. Esta raça também apresenta uma elevada prevalência de malformações vertebrais congénitas (hemivértebras e vértebras em forma de borboleta). Por esse motivo, neste trabalho foi desenvolvido um estudo acerca da possível relação entre a DDI e as malformações vertebrais congénitas em Bulldogs franceses. Para isso foram recolhidos dados médicos de todos os Bulldogs franceses, que realizaram mielografia lombar, entre janeiro de 2012 e maio de 2014, no hospital veterinário de referência ARS Veterinaria (Barcelona, Espanha). A amostra de animais do presente estudo foi incluída num grupo e os dados dos Bulldogs franceses do estudo de Aikawa e colaboradores (2014) em outro para posterior análise estatística. Os Bulldogs franceses deste estudo apresentaram diferenças altamente significativas (P<0,001) em relação à idade média, graus de sinais clínicos neurológicos, distribuição das extrusões do DI na coluna vertebral, e, a proporção de cães com afastamento do DI estruído (de 2 a 10 discos) e a malformação congénita vertebral, em relação ao publicado por Aikawa e colaboradores (2014). Por outro lado, a proporção de machos e fêmeas do presente estudo é semelhante (P>0,05) à proporção de machos e fêmeas esperados por Aikawa e colaboradores (2014). A maior tendência à ocorrência da extrusão do DI a nível lombar no estudo de Aikawa e colaboradores (2014) foi também verificado nos Bulldogs franceses deste estudo. 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This breed also present a high prevalence of congenital vertebral anomalies (hemivertebrae and butterfly vertebra). For this reason, in this work was to study the possible association between the IVDD and the congenital vertebral malformations. For that, were collected medical records of all French Bulldogs, who had performed a lumbar myelography, between January 2012 and May 2014, in the referral veterinary hospital ARS Veterinaria (Spain, Barcelona). The sample of animals in this study were included in one group and the data of French Bulldogs presents in the publication of Aikawa and collaborators (2014) were included in another group, for statistical analysis. The French Bulldogs in this study showed high significantly differences (P<0,001) associated with median age, severity of neurologic dysfunction, intervertebral disc extrusions sites and proportion of dogs with intervertebral disc extrusions 2 to 10 discs away from congenital vertebral anomalies, in relation to French Bulldogs in the Aikawa and collaborators (2014) publication. In the other hand, the proportion of males and females in this study was similar (P>0,05) to the expected in the Aikawa and collaborators (2014) publication. The frequency of extrusion within the lumbar spine in the study of Aikawa and collaborators (2014) was verified in the French Bulldogs in this study. Despite of the frequency of congenital vertebral anomalies in the dogs of this study (66,7%) to be significantly less than Aikawa and collaborators (2014) work, it is a high frequency compared with another breeds. In this study all of the intervertebral disc extrusion sites in French Bulldogs with congenital vertebral anomalies were 2 to 10 discs away from congenital vertebral anomalies, and this distribution did not support the “domino effect” hypothesis. In all French Bulldogs in this study did not was found a clear relationship between intervertebral disc extrusion in determined site and the presence of congenital vertebral anomalies.2015-08-05T11:43:26Z2014-01-01T00:00:00Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/4797porRodrigues, João Miguel Catarino de Friasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:39:24Zoai:repositorio.utad.pt:10348/4797Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:02:19.642744Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A Doença do Disco Intervertebral (DDI) é muito comum em cães de raça condrodistrófica (CD). A extrusão (Hansen tipo I) do Disco Intervertebral (DI) é o tipo de herniação com maior incidência em raças CD. Uma das raças CD com uma elevada prevalência da DDI são os Bulldogs franceses. Esta raça também apresenta uma elevada prevalência de malformações vertebrais congénitas (hemivértebras e vértebras em forma de borboleta). Por esse motivo, neste trabalho foi desenvolvido um estudo acerca da possível relação entre a DDI e as malformações vertebrais congénitas em Bulldogs franceses. Para isso foram recolhidos dados médicos de todos os Bulldogs franceses, que realizaram mielografia lombar, entre janeiro de 2012 e maio de 2014, no hospital veterinário de referência ARS Veterinaria (Barcelona, Espanha). A amostra de animais do presente estudo foi incluída num grupo e os dados dos Bulldogs franceses do estudo de Aikawa e colaboradores (2014) em outro para posterior análise estatística. Os Bulldogs franceses deste estudo apresentaram diferenças altamente significativas (P<0,001) em relação à idade média, graus de sinais clínicos neurológicos, distribuição das extrusões do DI na coluna vertebral, e, a proporção de cães com afastamento do DI estruído (de 2 a 10 discos) e a malformação congénita vertebral, em relação ao publicado por Aikawa e colaboradores (2014). Por outro lado, a proporção de machos e fêmeas do presente estudo é semelhante (P>0,05) à proporção de machos e fêmeas esperados por Aikawa e colaboradores (2014). A maior tendência à ocorrência da extrusão do DI a nível lombar no estudo de Aikawa e colaboradores (2014) foi também verificado nos Bulldogs franceses deste estudo. Apesar de a frequência de malformações vertebrais congénitas dos cães deste estudo (66,7%) ser estatisticamente menor que na publicação de Aikawa e colaboradores (2014), é uma frequência bastante elevada comparando com outras raças de cães. Neste estudo, todas as localizações das extrusões do DI dos Bulldogs franceses com malformações vertebrais congénitas ficavam com um afastamento de 2 a 10 discos em relação à anomalia vertebral congénita, o que não suporta a hipótese do “efeito dominó”. Nos animais estudados não foi encontrada uma relação clara entre o surgimento de extrusões do DI numa determinada localização e a presença de malformações vertebrais congénitas. |
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