Protocolos seguidos na Interrupção Voluntária da Gravidez por Opção da Mulher em Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Mariana Sofia dos Santos
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/4890
Resumo: Introdução: Apesar de estarem definidos os princípios gerais e existirem normas específicas, as condições técnicas e logísticas de realização do procedimento de IVG podem não ser uniformes, pelo que há necessidade de se conhecerem os protocolos que estão a ser seguidos e aplicados nos diferentes centros médicos do país. O objetivo deste estudo é conhecer como é abordada a IVG nas unidades autorizadas e analisar o seu enquadramento nas normas nacionais. Materiais e Métodos: Estudo observacional, descritivo, transversal e quantitativo, com base num questionário elaborado especificamente para o efeito de preenchimento anónimo pelos responsáveis do procedimento de IVG em cada um dos centros creditados para tal. Foram incluídos 45 centros públicos a nível nacional. Resultados: Responderam 25 dos 45 centros abordados. Na maioria (76%) dos centros a procura é da iniciativa própria da grávida. Em 2012, os tempos de espera para a marcação da primeira consulta foram superiores a 5 dias em 36% dos centros, sendo que na maioria (76%) a Consulta prévia é realizada sempre, independentemente de ter tido lugar ou não no Centro de Saúde. O Formulário de Consentimento Livre e Esclarecido é entregue às utentes na maioria (76%) dos centros no momento da primeira consulta. Todos os centros têm apoios psicológico e social disponíveis para as grávidas que os solicitem. Em 60% dos centros é utilizada preferencialmente a interrupção medicamentosa. O controlo pós-IVG é feito em 88% dos centros a todas as utentes, sendo em 96% deles utilizada ecografia para esse efeito. Em 68% dos centros é feita consulta de seguimento a todas as utentes, embora todos garantam que a mesma se faz, quer seja em Centro de Saúde ou em consulta de Planeamento Familiar. Após a IVG, 52,0% dos centros realizam controlo da cobertura anticoncecional em todas as utentes, sendo que os restantes reencaminham para o Centro de saúde da área da residência, contudo, quase a totalidade (92%) dos centros realiza aconselhamento anticoncecional aquando da consulta prévia. Conclusão: Apesar de existirem variantes de realização da Consulta Prévia a maioria dos procedimentos são uniformes em todos os centros, como a disponibilização de apoios psicológico e social, a existência de controlo pós-IVG, a consulta de seguimento e o aconselhamento anticoncecional, quer seja no próprio Serviço ou no Centro de Saúde. Subsistem, contudo, algumas diferenças, nomeadamente em relação a tempos de espera para as diferentes consultas, as quais não têm perfil uniforme em todos os centros.
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spelling Protocolos seguidos na Interrupção Voluntária da Gravidez por Opção da Mulher em PortugalAbortoAnáliseIvgPortugalProtocolosDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: Apesar de estarem definidos os princípios gerais e existirem normas específicas, as condições técnicas e logísticas de realização do procedimento de IVG podem não ser uniformes, pelo que há necessidade de se conhecerem os protocolos que estão a ser seguidos e aplicados nos diferentes centros médicos do país. O objetivo deste estudo é conhecer como é abordada a IVG nas unidades autorizadas e analisar o seu enquadramento nas normas nacionais. Materiais e Métodos: Estudo observacional, descritivo, transversal e quantitativo, com base num questionário elaborado especificamente para o efeito de preenchimento anónimo pelos responsáveis do procedimento de IVG em cada um dos centros creditados para tal. Foram incluídos 45 centros públicos a nível nacional. Resultados: Responderam 25 dos 45 centros abordados. Na maioria (76%) dos centros a procura é da iniciativa própria da grávida. Em 2012, os tempos de espera para a marcação da primeira consulta foram superiores a 5 dias em 36% dos centros, sendo que na maioria (76%) a Consulta prévia é realizada sempre, independentemente de ter tido lugar ou não no Centro de Saúde. O Formulário de Consentimento Livre e Esclarecido é entregue às utentes na maioria (76%) dos centros no momento da primeira consulta. Todos os centros têm apoios psicológico e social disponíveis para as grávidas que os solicitem. Em 60% dos centros é utilizada preferencialmente a interrupção medicamentosa. O controlo pós-IVG é feito em 88% dos centros a todas as utentes, sendo em 96% deles utilizada ecografia para esse efeito. Em 68% dos centros é feita consulta de seguimento a todas as utentes, embora todos garantam que a mesma se faz, quer seja em Centro de Saúde ou em consulta de Planeamento Familiar. Após a IVG, 52,0% dos centros realizam controlo da cobertura anticoncecional em todas as utentes, sendo que os restantes reencaminham para o Centro de saúde da área da residência, contudo, quase a totalidade (92%) dos centros realiza aconselhamento anticoncecional aquando da consulta prévia. Conclusão: Apesar de existirem variantes de realização da Consulta Prévia a maioria dos procedimentos são uniformes em todos os centros, como a disponibilização de apoios psicológico e social, a existência de controlo pós-IVG, a consulta de seguimento e o aconselhamento anticoncecional, quer seja no próprio Serviço ou no Centro de Saúde. Subsistem, contudo, algumas diferenças, nomeadamente em relação a tempos de espera para as diferentes consultas, as quais não têm perfil uniforme em todos os centros.Introduction: Although the general principles have already been defined and the specific standards created, the technical and logistical conditions of the ITP procedure may not be uniform, and because of that is necessary to know which protocols are being followed and applied in the different centers nationwide. The main point of this study is to know how the induced termination of pregnancy is addressed in the authorized units, analyze their environment in the national standards, and compare with those of the European Union. Materials and methods: Observational, descriptive, transversal and quantitative study, based on a questionnaire specifically designed for this purpose, anonymous, filled by the person responsible for the abortion procedure in each of the centers accredited for so. In the study 45 public centers nationwide were included. Results: We received 25 responses. The majority (76%) of the centers indicated as the most frequent demand the initiative of the pregnant. In 2012, the waiting period for the first consultation was more than 5 days at 36% of the centers. It was found that the majority of centers (76%) indicated that the so called “Prior Consultation” is always performed, regardless of whether or not carried out by the General Practitioner (GP). Form of Consent is delivered to the patient in the majority (76%) of the centers at the time of first consultation. All centers have psychological and social support available to pregnant women who request it. In 60% of the centers is preferably used the medical procedure. It was found that 88% of the centers do a post-ITP control to all users, and 96% use ultrasound for this purpose. In 68% of the centers a follow-up visit is held, although all centers ensure post-ITP follow-up, whether with their GP or at the Family Planning clinic. After the procedure, 52% of the centers perform birth control counseling in all users, while the remaining forward the patient to the GP clinic, however, almost all (92%) of the centers advice on birth control during the Prior Consultation. Conclusion: There are commonalities between the great majority of the centers, as the elements of the Prior Consultation, the provision of psychological and social support, as well as the existence of post-abortion control, follow-up visit and birth control counseling, whether in the center itself or at the GP clinic, however, some differences, particularly in relation to waiting periods for different consultations, which are not homogeneous for all centers.Oliveira, José António Martinez Souto deDuarte, PaulouBibliorumMartins, Mariana Sofia dos Santos2018-07-09T14:45:58Z2014-5-152014-06-242014-06-24T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/4890TID:201639165porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:42:20Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/4890Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:45:55.449024Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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