Caracterização da propagação da maré ao longo da costa ocidental portuguesa

• Autor(a) principal: Silva, Frederico Miguel Graça Ramos da
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/42167
• topic: Concordâncias de maré; Constituintes harmónicas; Constituintes não harmónicas; Dados maregráficos; Maré; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências Sociais

A configuração dos fundos e da linha de costa em Portugal Continental influenciam a propagação da onda de maré junto à costa. Os registos maregráficos, obtidos nas estações da Rede Maregráfica Nacional, permitiram caracterizar o tipo de maré e efetuar a análise e previsão da maré astronómica nos principais portos nacionais. Na costa de Portugal, a maré é do tipo semidiurno regular, o que permite deduzir certas relações entre a amplitude e o retardo, das principais constituintes semidiurnas, pelo método não-harmónico. No presente trabalho, apresentam-se comparações e concordâncias entre marégrafos próximos, para diferentes áreas e portos principais, para ser possível ter uma perceção de como se propaga a maré ao longo da costa. Para isso foi utilizado o software R e folhas de cálculo Excel para calcular as concordâncias dos portos. Foram também analisadas possíveis alterações das relações entre portos ao longo do tempo. O objetivo principal do presente trabalho foi cumprido tendo sido obtidos numerosos dados e gráficos com boa qualidade e passíveis de uma boa análise crítica onde se pode perceber como se propaga a maré na costa ocidental portuguesa. Destacam-se vários aspetos inovadores neste trabalho, nomeadamente as concordâncias entre portos principais que é algo que não foi encontrado em mais nenhum trabalho ou estudo, e o facto de ter sido analisado um longo período de dados permitindo não só perceber como evoluiu a propagação da maré e as suas constituintes ao longo dos anos, mas como se propaga agora no presente e quais são as diferenças que daí advêm. Entre várias conclusões retiradas com este trabalho as mais significativas foram: o marégrafo de Aveiro não é favorável para concordâncias entre portos principais, a onda de maré propaga-se de Sul para Norte na costa ocidental portuguesa demorando 26′ 15′′, entre Sines e Leixões, com velocidade de, aproximadamente, 821 km/h.