Doença cardíaca isquémica : revisitar o estudo WISE
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/42393 |
Resumo: | Trabalho final de mestrado integrado em Medicina, área cientifica de Cardiologia, apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra |
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Doença cardíaca isquémica : revisitar o estudo WISEDoenças das válvulas cardíacasCardiopatiasCardiologiaMulheresDomínio/Área Científica::Ciências MédicasTrabalho final de mestrado integrado em Medicina, área cientifica de Cardiologia, apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraA Doença Cardíaca Isquémica (DCI) é um distúrbio no qual existe um suprimento inadequado de sangue e oxigénio para o miocárdio. É a doença que acarreta maior mortalidade e morbilidade na generalidade dos países desenvolvidos. Apesar da significativa diminuição da mortalidade por DCI que se tem verificado nas últimas três décadas, os avanços recentes não conduziram a um decréscimo tão notório da taxa de mortalidade em mulheres, quando comparado com o declínio considerável verificado nos homens. A aterosclerose coronária constitui a causa mais importante da isquemia miocárdica. Os seus principais factores de risco coadunam-se com os hábitos e estilo de vida típicos dos países desenvolvidos: a dieta hipercalórica e a obesidade, a diabetes mellitus tipo II, o tabagismo e o sedentarismo, cuja prevalência tem vindo a aumentar. Existem ainda factores de risco não modificáveis, como a história familiar, a idade e o género. As investigações iniciais, que se focavam em populações de meia-idade, verificaram que as mulheres pré-menopausa apresentavam uma prevalência muito menor de DCI que os homens, possivelmente devido ao efeito protector do estrogénio. Esta hormona eleva os níveis de colesterol-HDL, tem efeitos vasodilatadores e até anti-aterogénicos e anti-inflamatórios a nível da parede vascular e, consequentemente, previne a evolução da doença aterosclerótica. Verificou-se, portanto, que as mulheres desenvolvem DCI sintomática cerca de uma década mais tarde que os homens. Contudo, à medida que os estudos envolveram populações mais idosas, verificou-se que a diferença encontrada nos mais jovens se esbate e até se inverte de forma marcada. Ainda no que se refere a diferenças entre géneros, a disfunção endotelial e a doença microvascular, outras das causas de cardiopatia isquémica, parecem representar um papel Doença Cardíaca Isquémica – Revisitar o Estudo WISE preponderante nas apresentações sintomáticas da doença nas mulheres sem obstrução coronária relevante. Estas e outras diferenças entre géneros no que se refere aos mecanismos fisiopatológicos, factores de risco, apresentação e detecção de DCI foram alvo de vários estudos, nomeadamente o Women's Ischemia Syndrome Evaluation (WISE), com o objectivo de compreender as especificidades das mulheres, definir abordagens diagnósticas alternativas e eficazes e direccionar a terapêutica de forma a melhorar o prognóstico desta patologia no sexo feminino. O objectivo deste trabalho de revisão é, por um lado, revisitar o referido estudo, expondo e analisando as suas principais conclusões e, por outro, mostrar alguns dos avanços feitos nos últimos anos para responder às questões levantadas pelo estudo WISE, procurando assim um maior e melhor entendimento no que concerne à caracterização da DCI nas mulheres.The Ischemic Heart Disease (IHD) is a disorder in which there is an inadequate supply of blood and oxygen to the myocardium. It is the disease that leads to higher mortality and morbidity in most of the developed countries. Despite the great decrease in mortality caused by IHD that has been evident over the past three decades, recent advances have not shown such a significant decrease in the women mortality rate when compared with the considerable decline observed in men. The atherosclerotic coronary disease is the most important cause of myocardial ischemia. Its main risk factors are consistent with the habits and the typical lifestyle of developed countries: a high calorie diet and obesity, type II diabetes mellitus, cigarette smoking and physical inactivity, whose prevalence is increasing. There are also non- modifiable risk factors, such as family history, age and gender. Prior investigations that focused on middle-aged populations found that premenopausal women had a much lower prevalence of IHD than men, possibly due to the protective effect of estrogen. This hormone increases the HDL-cholesterol levels, has vasodilator and even anti-atherogenic and anti-inflammatory effects at the vessel wall and therefore prevents the development of atherosclerosis. Thus, women develop symptomatic IHD about a decade later than men. However, when the studies involved elderly populations, it was observed that the difference found in young ones fades and even reverses markedly. Still with regard to gender differences, endothelial dysfunction and microvascular disease, other causes of IHD, appear to represent a major role in the symptomatic traits of the disease in women without significant coronary stenosis. These and other gender-related differences in regard to the pathophysiological mechanisms, risk factors, presentation and detection of IHD have been subject of several Doença Cardíaca Isquémica – Revisitar o Estudo WISE studies, including the Women's Ischemia Syndrome Evaluation (WISE), in order to understand gender-specificities, to set alternative and efficient diagnostic approaches and to guide the treatment to improve outcomes for female gender. The purpose of this review is to revisit the WISE study, explaining and analyzing its main conclusions and, on the other hand, to show some of the advances made in recent years to answer the questions raised by this study, seeking a greater and a better understanding regarding the characterization of the IHD in women.2012-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/42393http://hdl.handle.net/10316/42393porCarvalho, José João Teixeirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:44Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/42393Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:45:13.688489Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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